Ålborg Ano 4 # 1309 |
Ålborg se veste de sol nesses dias nos quais me despeço dela. Ontem foi um dia lindamente ensolarado. Já escrevi o quanto a luz refletida pela alva neve tem brilho muito especial.
Esta blogada -- postada com oito graus negativos -- está tecida em dois tempos: ontem e hoje. No primeiro, trago dois destaques da quarta-feira (The Franciscan Friary Museum e a viagem a Skørping ) e no segundo faço reverência ao tema que título da edição.
Das Museum des Grauen Klisters é uma atração muito original em Ålborg. A originalidade começa por ser o primeiro museu onde o valor do ingresso é definido pelo peso da pessoa e também a única situação em que enquanto visitante do museu não tive contato com nenhuma outra pessoa (do staff do museu e/ou visitante como eu). O acesso ao museu se dá por elevador na movimentada Algade – uma rua de comércio muito sofisticado – Coloca-se 20 DKK (cerca de 8 reais) em uma máquina (aqui quase tudo é self-service) e se recebe um tíquete que permite o acesso de até 500 kg no elevador (digamos seis pessoas). Como estava sozinho paguei as 20 DKK. Entra-se no elevador e se desce três metros, onde se encontra resultados de descobertas e escavações realizadas em 1994-95 que fizeram aflorar um Convento de Frades Franciscanos que vieram da Alemanha em 1232 e ai construíram duas igrejas e um convento. As escavações encontraram casas e objetos mais antigos; aquelas datadas de 1050 a 1250 e estes de 900 a 1050. Em 1530 os freis deixaram o local e tudo terminou soterrado ao longo de mais 400 anos.
Quando se chega à parte subterrânea se encontra restauradas partes de
igrejas, celas cemitérios com uma boa coleção de objetos sacros e domésticos. Há esqueletos em urnas mortuárias. No dia que falei aqui da construção da torre de Babel, encontrei uma miniatura datada 1250 que mostra o tema com muita criatividade de seu desconhecido autor. Tentei capturar uma imagem para meus leitores.
À tarde, carinhosamente buscados pelo Ole Skovsmose e por seu filho Nykolai, estudante de Economia da AAU, fomos a Skørping, uma acolhedora cidadezinha a 30 km de Ålborg. Foi muito bem desfrutar de novas paisagens e conhecer a casa onde o Ole vive quando está na Dinamarca, já que uma parte do ano mora com sua esposa Mirian, em
Rio Claro, São Paulo. A casa é daquelas que se diz (de maneira um pouco tola) agora sei como esse cara é tão produtivo. Estivemos também no atelier onde estão sendo produzidas obras muito originais. Nykolai, que nos brindou com execuções ao piano, e o Ole prepararam uma gostosa janta com acepipes a base de hering que saboreamos com variedades de schanaps e cervejas. Às 20h30min tomamos o trem que nos deixou próximos ao edifício onde moramos. Um pouco depois das 21h estávamos em ‘casa’.
Depois de falar de ontem, o assunto agora é o hoje.
Na Universidade dinamarquesa (e em outras universidades européias) o cargo mais elevado é de Professor. Pois hoje na Ålborg Universitet Paola Valero – a colega que nos convidou para esta estada como professores visitantes – tem a celebração solene da outorga deste título conquistado após um longo processo seletivo. A apresentação de uma aula magna pela titulada é uma das culminâncias da celebração de hoje. Adiante forneço detalhe de como acompanhar essa aula.
Querido Chassot,
ResponderExcluirViajei contigo também pelo elevador os três metros abaixo. Deve ter sido um sensação fantástica!
Quanto ao jantar o que é acepipes?
Desejo sucesso a Paola Valero.
Saudades!!!!
Mestre Chassot, parece-me que a Torre de Babel tornou-se o mascote dessa empreitadanórdica. Há algumas edições nós comentamos sobre ela, e agora ela se apresenta na forma de uma pintura.
ResponderExcluirQue tudo continue correndo bem nesses últimos dias na AAU.
Ótimo dia.
Joélia querida,
ResponderExcluirobrigado pela companhia e pelos votos à Paola.
A tua pergunta pode ser assim respondida: Acepipe
1. Tipo delicado de alimento, em pequenas porções servidas como aperitivo.
2. Designação geral de qualquer alimento apetitoso, preparado com capricho; IGUARIA; PETISCO; PITÉU; QUITUTE
Um afago do
attico chassot
Meu caro Marcos,
ResponderExcluirNa tarde/noite que passou bati meu recorte no amaldiçoar a alternativa de Jeová em confundir as línguas.
Mas termino me superando.
Uma muito boa sexta-feira
attico chassot
Professor Attico.
ResponderExcluirNossa. Que mundo pequeno. Sou a Angela Russo, uma das intérprete de Libras do IPA. Estava vasculhando seu blog pois soube que o senhor é um blogueiro e tanto e vejo que o senhor está em Alborg, na mesma cidade em que meus irmãos moram. Não é mesmo muita coincidência.
Bom, na verdade entrei aqui para conhecer seu blog e pedir umas dicas de como fazer um para a Sala de Recurso, que estamos iniciando.
Estou lhe mandando um e-mail instituicional para conversarmos.
Abraços
Angela Russo
Prezada colega Angela,
ResponderExcluirprimeiro espero que chegue a sala de recurso essa mensagem, pois o blogspot tem uma desvantagem que ele não apresenta o endereço do autor do comentário. Intuí um endereço. Segundo, não estou mais em Ålborg, onde moram os teus irmãos (que tem bom gosto na escolha da cidade), pois meu tempo de professor visitante na AAU foi de apenas três semanas.
Não tenho expertise em blogues. Escrevi acerca do assunto, um texto que está em (*). Se não encontrares na Biblioteca do Centro Universitário Metodista - IPA me escreve que te mando cópia.
Estou disponível para ir a Sala de Recursos para conversarmos. Tenho uma admiração e respeito pelo trabalho de vocês,
Com expectativa
attico chassot
(*)CHASSOT, Attico. Blogues como artefatos culturais pós-modernos para fazer alfabetização científica. Competência: Revista da Educação Superior do Senac-RS. p. 11-28. V.2, N.2 Julho de 2009 ISSN 1984-2880