TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

23.- Mexendo na ceia natalina


Porto Alegre Ano 5 # 1603


Abro esta edição com uma nota fúnebre.

No entardecer de ontem chegou desde Passo Fundo, a notícia que inquietava há mais de uma semana.

Morreu a Jane.

Jane Noeli Chassot era casada com meu irmão José Maria (*1948 +1996). A Jane, precocemente viúva foi mãe dedicada da Suzana, Carolina e Patrícia e muito concorreu na formação de seus quatro netos: Julie, Edwiges, Alice e Artur, em Salto do Jacuí. Os quatro nasceram bem depois da morte do Zé Maria. Entre suas muitas habilidades manuais, guardo a lembrança da hábil crocheteira que era.

Nesta manhã meus irmãos e irmãs, filhos, sobrinhos, Gelsa e eu estaremos juntos com a Suzana, Carolina e Patrícia, no crematório de São Leopoldo, para despedir-nos da Jane.


Ontem anunciei que traria um destempero para alguns pantagruélicos jantares destas festas de fim de ano. Um jornal diário ontem mostrava como devem ser os cortes para os churrascos destes dias.

Vou em direção contrária, comer menos carne pode salvar 45 mil vidas por ano. Pesquisa britânica afirma que cortar o consumo de carne para 210 gramas por semana poderia reduzir as mortes por doenças cardíacas e câncer, além de ajudar na preservação de florestas. Apresento a seguir um texto que foi publicado nesta segunda-feira no Caderno Nosso mundo sustentável, do jornal Zero Hora.

Mais de 45 mil vidas por ano poderiam ser salvas se todos começassem a comer carne, no máximo, duas ou três vezes por semana, afirmam especialistas em saúde e a organização Friends of the Earth (FoE).

Difundida, a mudança para dietas à base de pouca carne evitaria a morte precoce de 31 mil pessoas por doenças cardíacas, 9 mil por câncer e 5 mil por derrame. Isso, segundo a análise dos hábitos alimentares dos britânicos pelo especialista em Saúde Pública Mike Rayner, publicada no relatório da FoE.

Uma dramática redução no consumo de carne também ajudaria a diminuir as mudanças climáticas e a devastação na América do Sul, onde florestas tropicais são derrubadas para criar pastagens de gado, cuja carne tem como destino a Europa.
Comer muita carne, particularmente a processada, é ruim para a saúde porque esse hábito envolve ingerir mais gordura, gordura saturada e sal do que o recomendado. A FoE não defende o afastamento completo da carne da dieta, mas estimula que as pessoas não comam esse alimento mais do que duas ou três vezes na semana, com o consumo não excedendo 210 gramas – o equivalente a meia salsicha por dia. A média de consumo semanal é de entre sete e 10 porções de 70 gramas.
Tomar essa atitude pode salvar 45.361 vidas por ano, de acordo com a pesquisa de Rayner e seus colegas da Fundação Britânica do Coração para Pesquisa em Saúde na Universidade Oxford.
Eles calcularam que a mudança do consumo de carne para no máximo cinco vezes por semana pode prevenir 32.352 mortes. São 228 mil mortes por ano decorrentes de três condições nas quais o consumo alimentar representa um papel-chave: doença cardíaca, derrame ou tipos de câncer relacionados à dieta, como o de intestino.
– Não precisamos virar vegetarianos para preservar o planeta ou a nós mesmos, mas precisamos diminuir a carne – disse Craig Bennett, diretor de Política e Campanhas da Foe.

Mesmo que todos possam colocar em dúvidas esse números, especialmente seu absolutismo, vale pensar sobre eles e, se possível fazer algo na direção sugerida. Desejo a melhor quinta-feira para casa um. Permito-me antecipar para manhã um amoroso (e sensual) conto garimpado na internet: Missa do galo pós-moderna.

2 comentários:

  1. Meu caro amigo prof. Chassot:

    Não tenho me comunicado mas - pode crer - estou atualizadissimo com a leitura do blog. A lamentar a morte de sua cunhada e que me suscita uma curiosidade: onde e a que distância fica São Leopoldo de Porto Alegre?

    Estamos lambendo a nossa cria Ana Carolina, que veio de São Paulo passar dez dias conosco. E hoje vamos a Castanhal visitar mamãe que, desde que fez a cirurgia, readquiriu a qualidade de vida que desfrutava antes. Viva!

    E nós mesmos, a partir de hoje, estamos em clima de festejos natalinos. Se eu pudesse reduzia um pouco mais a amplitude desses festejos em todo canto, mesmo sabendo que é uma das principais engrenagens a mover a economia mundial. Nada a fazer, portanto, não é?
    Mas serão duas semanas de trânsito, comércio e bares e restaurantes congestionados. Mas em cima de tudo isso, a leitura do seu blogue me levou a tomar, agora, uma decisão para o ano que vem: reduzir o consumo de carne, o que já vinha fazendo "suavemente".

    Para finalizar, registro meus votos de excelente final de ano, aqui incluido o natal e o ano novo, em torno de tantos que lhe são caros.
    Meu melhor e fraternal abraço,

    José Carneiro

    ResponderExcluir
  2. Meu caro José,
    que bom ter essas queridas notícias belemitas. Obrigado por tuas condolências. São Leopoldo dista 30 quilômetros de Porto Alegre. Busquei por crematórios no Rio Grande do Sul e localizei apenas cinco, todos na grande Porto Alegre (Viamão, Canoas, São Leopoldo). Meninas moram a quase 300 km de Porto Alegre, e fazem uma longa jornada para atenderem o desejo da Mãe que pediu para ser cremada.
    Vibro com restabelecimento pós operatório de tua mãe. Recordo minha estada com ela em Castanhal. Abençoada curtição do avonado nestes dias festivos.
    Exalto tua sábia decisão de diminuir, um pouco a carne vermelha. Vejo o blogue cumprindo sua missão de fazer alfabetização científica.
    Pontofinalizando, votos de boas festas e um 2010 de muita paz para ti e os teus,
    com continuada admiração
    attico chassot

    ResponderExcluir