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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

06.- Censo 2010: algumas revelações

Porto Alegre Ano 5 # 1586

É a primeira segunda-feira de dezembro. Mesmo que um supermercado que fomos ontem quase me expulsasse por uma música natalina imbecil e de muito mau gosto, esse dezembro ainda tem muitos fazeres acadêmicos pré-natalinos, especialmente em bancas.

Assim, esta tarde, estou virtualmente na qualificação de mestrado de uma leitora e eventual comentarista deste blogue, a professora de Química Neusa Nogueira. Ela apresenta a uma banca a proposta dissertação Formação do professor de Química e a utilização das TIC’S: novos caminhos para uma prática inovadora" na qual este blogue tem quatro páginas de citação, além de outros textos meus. Esta sessão de qualificação ocorre no Programa de Mestrado em Educação do Centro de Teologia e Ciências Humanas na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba, simultaneamente a minha participação em atividade na UAM - Universidade do Adulto Maior do Centro Universitário Metodista – IPA.

Temos recebido os primeiros resultados do Censo de 2010. É como tomar conhecimento dos resultados de um exame que fizemos. Há muitas respostas a nossas interrogações. Ofereço aos meus leitores uma análise publicada na p. C-8 da Folha de S. Paulo do último sábado. O texto é assinado por José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas.

Dados do Censo 2010 mostram o bom momento da demografia brasileira

O Censo 2010 contabilizou 190.732.694 habitantes no Brasil em 1º de agosto. Em uma década, o número de brasileiros cresceu 20,8 milhões. Parece muito, mas o aumento anual foi de apenas 1,2% ao ano.
Em 1950, éramos 52 milhões e passamos para 70 milhões em 1960 -crescimento de 35% na década, ou 3% ao ano. Naquele ritmo, seríamos 307 milhões em 2010.
A redução do número de nascidos vivos, mesmo em um quadro de aumento da esperança de vida, explica o ritmo do menor crescimento.
A queda da fecundidade tem provocado duas mudanças positivas na estrutura etária brasileira.
Em primeiro lugar, tem possibilitado a redução do número absoluto e relativo de crianças e jovens em idade escolar, favorecendo as políticas de universalização de creches e educação infantil, além de facilitar os investimentos na melhoria da qualidade do ensino.

Em segundo lugar, a nova estrutura etária aumentou o percentual de pessoas em idade produtiva e reduziu a carga de dependência demográfica.
Essa situação favorável tem permitido a elevação das taxas de poupança e de investimento, contribuindo para o crescimento econômico e para a redução de pobreza e desigualdades sociais.
Os dados também mostram o crescimento das cidades, o aumento do superavit de mulheres e a elevação da idade mediana da população. A cada dia, o Brasil fica mais urbano, mais feminino e mais envelhecido.
Os dados do Censo 2010 confirmam o novo padrão demográfico brasileiro. Seria bom que os formuladores de políticas públicas e os diretores de planejamento estratégico das empresas conhecessem essa nova realidade. O Censo é uma conquista. É preciso saber utilizá-lo.

Acredito que há muito boas inferências possíveis com estas informações. Votos de uma boa segunda-feira, de preferência sem xaroposos jingle Bells. Até amanhã.

4 comentários:

  1. Querido Mestre Chassot:
    Muito bom dia!!!
    Quanta honra ler algo sobre a minha dissertação em seu Blog, que é também comentado em meus textos.
    Sempre digo que vale a pena estar nesse mundo porque ainda existe excelentes pessoas e uma delas é o senhor.
    Quanto aos Jingle Bells tbém não acho muito graça, pois o espírito do Natal é bem outro. Além disso seria muito mais digno se as pessoas ajudassem os necessitados em todas as épocas do ano e não apenas no Natal... não é?
    Obrigada pela atenção de sempre e tenha uma linda semana.
    Bjo gordo,
    Neusa

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  2. Estimada Neusa,
    estou muito na torcida por tua qualificação nesta tarde. Como se pedia o parecer para dia 3 de dezembro (encaminhei dia 26 de novembro) refiro no mesmo que estaria em Roraima. Afora isso espero que o texto contribua para realmente ‘qualificar’ tua teu trabalho.
    Muito na torcida e um afago do

    attico chassot

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  3. Querido Chassot!

    Venho com muita alegria te contar que passei no doutorado com o professor Eduardo Fleury Mortimer.

    Beijos

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  4. Viva!!!
    Ana Carolina querida, esta é uma grande vitória.
    Obrigado por a partilhares aqui.
    Vibro contigo
    attico chassot

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