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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

07.- Sobre pesquisas

Porto Alegre Ano 5 # 1587

Meu retorno, após a semana de Roraima foi intenso no Centro Universitário Metodista - IPA. Pela manhã tive encontro de Prática Pedagógica do Curso de Filosofia e à tarde participei do encerramento das atividades do 9º ano da UAM - Universidade do Adulto Maior, mesmo que ainda na próxima segunda-feira tenha aula com grupo, quando encerro o meu frutuoso primeiro ano de UAM.

Por mais de três horas podemos nos encantar com aquilo que reputo como uma das maiores realizações do Centro Universitário Metodista - IPA e para mim pessoalmente o ápice de meu fazer acadêmico. Trago um micro resumo da tarde.

As atividades, no auditório da Biblioteca se iniciaram com uma reflexão natalina da pastoral seguida de uma fala entusiasmada do Reitor. Logo em seguida se apresentaram dois corais convidados: Sogipa e Grêmio Náutico Gaúcho que cantaram músicas marcadas pelo espírito de fraternidade das festas de fim de ano.

O momento seguinte foi a rica apresentação das atividades produzidas nas disciplinas e oficinas da UAM. Assim, apreciamos demonstrações das Oficinas de Fisioterapia Preventiva, Natação e Hidroginástica.

A disciplina de Inglês apresentou uma linda coreografia em torno da música Imagine (John Lennon e a Oficina Movimento e Ritmo apresentou o musical New York, New York.

Ainda houve, dentro da disciplina Enfoque Biológico do envelhecimento, a apresentação do tema envelhecimento da pele e cuidados preventivos. A Mestre Sarisa da Rosa Barbosa, trouxe com competência um excerto de sua dissertação: A Universidade do Adulto Maior do Centro Universitário Metodista do IPA: um estudo etnográfico.

Os trabalhos foram encerrados com um show musical do Grupo Revivendo a Vida do Centro Universitário Uniritter. Após houve uma confraternização com especial júbilo pelos 90 anos do aluno Dr. João Rubião. Foi uma tarde para encantarmo-nos com trabalho coordenado com competência pela Professora Rosane Papaleo Freire.

Todos nós, usualmente, olhamos com ceticismos pesquisa, principalmente aquelas de opinião. Talvez o nosso ceticismo paire pela não possibilidade de verificar os resultados. Assim a preferência pelos cereais matinais Bom Dia é 83,3% entre as mulheres e 79,7% entre os homens. Quem comprova isso? Há um tipo de pesquisa cujos resultados podem ser comprovados imediatamente: pesquisas eleitorais. Entre estas, aquelas de boca de urna têm verificabilidade quase imediata.

Mesmo eivadas de descrenças, sempre nos detemos em análises de pesquisas, mesmo que muitas vezes essas tratem de situações inimagináveis. Há dias, surpreendi-me lendo que escrever melhora resultado das mulheres em Ciências Exatas. Para pesquisadores dos EUA, redação aumenta a autoconfiança feminina. Em estudo, alunas que escreveram sobre as próprias capacidades conseguiram melhor desempenho em física. Eis um texto de Sabine Righetti, na Folha de S. Paulo

Participar de uma atividade de redação antes da aula propriamente dita pode melhorar o desempenho das mulheres na matemática e na física. Essa é a conclusão de pesquisadores americanos, publicada na "Science".
Para eles – três homens e três mulheres –, o ato de escrever funciona como uma espécie de exercício de autoafirmação dos estudantes.
Isso livraria as mulheres de estereótipos sexistas (em que elas são inferiores nas ciências exatas) e lhes daria segurança para competir com os homens na carreira.
Foram estudados 399 estudantes universitários dos EUA, de ambos os sexos.
Parte desses alunos, selecionados aleatoriamente, teve de escrever sobre seus valores pessoais mais importantes, como a convivência com amigos e familiares. Isso foi feito numa espécie de disciplina introdutória à física.
O outro grupo, de controle, não participou da atividade de escrita e foi direto ao início do curso de física.
As mulheres que escreveram se saíram melhor do que as do outro grupo, posteriormente, nas provas de física.
Entre os homens, não houve diferenças significativas.
Para Akira Myiake, um dos autores do trabalho, a consciência dessa diferença entre os sexos pode afetar negativamente o desempenho das mulheres em seus exames.
Na opinião de Myiake, esse tipo de redação não funciona porque escrever seja uma coisa feminina, "mas porque ajuda mulheres a reafirmar sua autoestima diante de uma adversidade".

Termino então com uma recomendação: Mulheres, escrevei! E tenham, homens e mulheres, uma excelente terça-feira.

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