ANO
8 |
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EDIÇÃO
2705
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A blogada de hoje se
apropria do texto Fãs e 'fakes' do Facebook de Marion
Strecker publicado na p. C10, da Folha de S. Paulo, de segunda-feira, 03MAR14.
Vale fruí-lo e até encontrar sugestões de como ampliar o número de ‘facefriends’:
A cultura de fachada
do Facebook criou uma indústria paralela que se espalha pelos quatro cantos do
planeta. Quem buscar no Google vai encontrar muitas empresas no Brasil e no
exterior que vendem o que muitos dão de graça: "fãs" e
"curtidas". Em vez de construir uma reputação ou marca, o que dá
trabalho e exige tempo, uma pessoa ou empresa pode simplesmente comprar esses
"resultados". É fácil e barato.
No
mercadonline.com.br, por exemplo, mil fãs ou curtidas custam R$ 49,99. Se esses
números parecem coisa de amador, que tal 250 mil fãs ou curtidas por R$
2.999,99? Também tem. Assim, qualquer aspirante a "celebridade" pode
parecer famosérrimo. E qualquer produto pode parecer superpopular, ainda que
não seja.
Os
"gênios" das estratégias de marketing digital parecem estar com a
vida ganha. O problema não é específico do Facebook. Desde que o mundo digital
é mundo, robôs são criados para ampliar a escala da ação humana ou fazer
estragos. É assim com propaganda por e-mail, que custa muito menos para quem
dispara do que para quem recebe. Ainda mais no Brasil, onde nada acontece
contra empresas que desrespeitam regras elementares de boas maneiras, como não
mandar lixo eletrônico para quem não quer receber.
A cada vez que um
marqueteiro executa um disparo de spam (propaganda não solicitada), milhões de
pessoas perderão tempo lendo, apagando a porcaria e pagando pela conexão. Se um
percentual ínfimo de todos os atacados pelo spam acabar comprando um produto
anunciado, terá saído baratíssimo para quem disparou a propaganda em massa.
Alguém já viu um marqueteiro informar na prestação de contas ao cliente a raiva
do público e o dano que o spam causa à imagem de uma marca?
Mencionei robôs,
assim como poderia ter mencionado aplicativos, mas nem tudo funciona na base da
automação. O business inclui as chamadas "fazendas" de
"likes". Ou seja, seres humanos são contratados para criar perfis em
redes sociais (não necessariamente falsos) e vender cada clique dado por alguma
fração de centavo. O negócio é internacional e recruta mão de obra barata onde
houver.
Além do e-mail e do
Facebook, o Twitter e o Google+ também se prestam a empulhações, ainda que não
queiram. Apesar de contribuírem para a audiência desses serviços, as fraudes
acabam tirando a graça das redes sociais e arranhando a credibilidade do
sistema.
Na buyfacebook-likes.org,
mil fãs ou curtidas custam US$26; 5.000 seguidores no Twitter custam US$ 32; e
mil votos no Google+ custam US$ 75,50. Prometem entregar os resultados num
prazo de 24 a 72 horas. O serviço está ficando tão sofisticado que vendem fãs
segmentados por região geográfica.
Para completar a
palhaçada, as redes sociais estão sendo infestadas por mensagens como
"Retribuo likes em dobro", "Troco 50 likes" e
"SDV", que significa "sigo de volta", em que maníacos do
"selfie" trocam "prestígio". É o que fazem nos comentários
de fotos no Instagram de Neymar (instagram.com/neymarjr), para desgosto do
jogador, com mais de 4 milhões de seguidores. Ridículo é pouco.
Tenho tido oportunidade de observar como determinadas pessoas se transmutam no ambiente do facebook. Moças recatadas e acanhadas de poucas palavras com vestuário e gestos comedidos, postam poses sensuais apresentando modelitos que nada coadunam com a imagem que temos da mesma. Observo também um dado impressionante, mesmo no ambiente de uma universidade temos diversos analfabetos funcionais, e quando falo ambiente incluo alunos e professores. Enfim entre estragos e benesses o facebook é inegavelmente um instrumento formidável de comunicação dos novos tempos.
ResponderExcluirAbraços
Assim como 'nada é por acaso' também 'tudo tem seu preço', bem como ' prós e contras'. Haja perspicácia, inteligência e boa orientação para discernir. As 'armadilhas' estão aí...
ResponderExcluirWEB TRAMPA
ResponderExcluirRedes sociais, trampa planetal
Que a todos acolhe nos braços
É monstruoso universo virtual
Da loucura à frente uns passos.
“Amigos” poderá ter um milhão
Ao seu livre arbítrio de escolha
Porém existe sempre um senão
Isso tudo é apenas uma bolha.
Ainda que navegar você goste
De na rede sentir-se integrado
Na seriedade da web não aposte
A verdade tem mais de um lado
Que talvez não interesse à hoste
Pois você é somente mero gado.