Porto Alegre Ano 4 # 1426 |
sábado. O jogo de ontem fez que apenas viessem – não sem lamentos – quatro alunas dos 30 da UAM - Universidade do Adulto Maior. Dei aula como se todos estivessem. O Ivan Pinheiro Machado, diretor da Editora L&PM, contou-me ontem à tarde, que esse anestesiar imposto pelos jogos diminui, de maneira significativa, o consumo de livros no país.
Sou do tempo que a data de hoje era dia santo católico e se associava à celebração do dia de São Pedro e de São Paulo a comemoração do dia do Papa. Mas já superei minha cota de igrejeiro. Recordo de um 29 de junho de junho muito especial.
Tenho algumas referências balizadas por copas do mundo. Lembro muito das transmissões por rádio da copa de 1958, na Suécia, com Brasil ganhando o primeiro título. Em 1962 se assistias os vídeos-teipe no dia seguinte, transportados pela Varig do Chile. Em 1966, na Inglaterra, quando durante os jogos, o regime militar editava as cassações políticas. 1970 no México as primeiras transmissões de televisão colorida. Para a Copa de 1974, na então Alemanha Ocidental (vencida pelo país anfitrião) compramos a nossa primeira televisão, ainda em preto e branco. Afinal o Bernardo e o André já tinham 6 e 4 anos.
Trago minhas evocações do dia 29 de junho de 1958, um domingo. Em 2008 nessa data, eu, como muitos brasileiros evoquei um 29 de junho de 50 anos passado, quando o Brasil ganhou pela primeira vez a Copa do Mundo na Suécia. Não vou comentar esse assunto, pois mereceu, em alguns jornais de então, suplementos especiais, com chamadas de capa, a meu juízo, tintadas de exagero: ‘o dia que o Brasil foi inserido no mapa-múndi’.
Por ser dia de São Pedro, padroeiro do Estado, desde que o Império conhecia suas terras mais ‘surenhas’ como Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, fora a data escolhida para inauguração do prédio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos na Praça Piratini. Desde março já tínhamos aulas nesse local, ainda em fase de acabamento, desprovido de vidraças. Eu era aluno do 1º Científico. Terminara o Ginásio em dezembro em Montenegro e vivia o meu primeiro ano de Porto Alegre. As solenidades foram pela manhã, marcadas por missa celebrada pelo arcebispo, entre dois magníficos leões de bronze, que aprendera serem os únicos salvados do incêndio que consumira o antigo prédio do Julinho que ficava na João Pessoa, onde é hoje a Faculdade de Economia da UFRGS.
Após a missa inaugural, voltei de bonde; primeiro da Azenha até a Riachuelo e desta descia a Borges de Medeiros, para na Praça Parobé tomar o bonde São João, para chegar à rua São Pedro com a Eduardo (nome como era conhecida a avenida Presidente Roosevelt) para ir até a Rua Ernesto Fontoura onde ficava o Bar Caçula onde eu morava e trabalhava. Então os rádios portáteis eram raros e não lembro que na viajada de quase uma hora houvesse ouvido algo acerca do que ocorria em Estocolmo. Em março deste ano vi o memorável estádio.
Não recordo muito do jogo. Acompanhávamos por rádio. A Rádio Guaíba, inaugurada no ano anterior, transmitia com esquema considerado inovador. O som ia da Suécia para Suíça e desta para o Rio de Janeiro e daí para Porto Alegre. O locutor era o Mendes Ribeiro que cunhara então um bordão: “Deus não joga, mas fiscaliza!”
A época não havia transmissão por televisão. Na Copa de 1966, no Chile, havia vídeo-taipes vindos de avião, transmitidos 24 depois. Recordo que em 1958 ter pintado um dístico na vitrine do Bar Caçula ‘Brasil Campeão do Mundo’. A maior emoção era o surgimento do “rei Pelé’ um ano mais jovem que eu.
Já que falo em amenidades, vale continuar com elas. Afinal as blogadas anteriores foram mais duras.
Esta noite recebo na Morada dos Afagos meus alunos e alunas de Prática Pedagógica em Filosofia. A eles se juntam alunos do Prof. Marco Antônio Azevedo, que nas noites de terças-feiras dá aulas aos meus alunos no segundo tempo. O Marco como médico e doutor em Filosofia, apresentará, na festiva sessão de encerramento de 2010/1, a mini-conferência “Filosofia e estética do vinho". O pano de fundo é artigo de David Hume "The standard of taste" e o tema é a possibilidade de um padrão de gosto. Essa exposição ele apresentou, recentemente com sucesso na Fundação Ecarta. Contaremos com a distinguida presença do Prof. José Luis Novaes, Coordenador Curso de Filosofia do Centro Universitário Metodista - IPA. Claro que não ficaremos só em teorizações; teremos vinhos para testar as ideias de Hume na azevediana exposição. Acepipes juninos farão parte da noite filosófica.
Quando recebo minhas alunas e alunos da graduação, a oportunidade me permite o registro de seus fazeres neste semestre. Cada um teve que ao correr do semestre apresentar quatro atividades, voltadas a Prática Pedagógica: um relato de recursos para o ensino de Filosofia; um relato de sala aula; uma resposta a um interrogante capital; e, uma micro-aula. A seguir apresento os distintos fazeres. A fotografia é por ocasião das respectivas Micro-aula.
Gabriela da Silva, em 13 de abril, apresentou o relato da presença de revistas e assemelhados como recursos para o ensino de Filosofia. Em 27 de abril, trouxe respostas à situação de em sala de aula: A história do ensino de Filosofia na Educação Básica no Mundo? Em 15 de junho respondeu ao seguinte interrogante: O Como a Filosofia pode garantir a transdiciplinariedade? E em 01 de junho deu uma micro-aula envolvendo o mito da caverna de Platão. |
Iona de Palma Santos em 20 de abril apresentou o relato da presença de livros didáticos e paradidáticos como recursos para o ensino de Filosofia. Em 04 de maio, trouxe respostas à situação de em sala de aula: Existe um ensino não formal de filosofia? Em 18 de maio respondeu ao seguinte interrogante: O que é mesmo filosofia? E em 08 de junho deu uma micro-aula sobre Filosofia e Psicanálise |
Lizandra Bulgaro Soares em 11 de maio apresentou o relato da presença de blogues filosóficos como recursos para o ensino de Filosofia. Em 06 de abril, trouxe respostas à situação de sala de aula: Qual situação da Filosofia no currículo? Em 08 de junho respondeu ao seguinte interrogante: O que se aprende em Filosofia? E em 15 de junho deu uma micro-aula envolvendo conceitos de ‘tempo’. |
Rommel Petersen Marques em 27 de abril apresentou o relato da presença de filmes como recursos para o ensino de Filosofia. Em 20 de abril, trouxe respostas à situação de sala de aula: A história do ensino de Filosofia na Educação Básica no Brasil? Em 01 de junho respondeu ao seguinte interrogante: Para que serve a Filosofia? E em 18 de maio deu uma micro-aula envolvendo situações de ‘Livre arbítrio’. |
Ronaldo Alves Oliveira em 6 de abril apresentou o relato da presença da filosofia na imprensa de massa como recursos para o ensino de Filosofia. Em 04 de maio, trouxe respostas à situação de sala de aula: As marcas das Igrejas no ensino de Filosofia? Em 18 de maio respondeu ao seguinte interrogante: O que é a Filosofia Oriental? E em 25 de maio deu uma micro-aula envolvendo interrogantes socráticos. |
Encero com votos de uma muito boa quarta-feira. E sigamos anestesiados em ritmo de copa. Amanhã nos encontramos, também, aqui.
Querido Chassot,
ResponderExcluirSaudades!!!!
Estive/estou um pouco atarefada devido aos últimos preparativos para minha defesa.
Apreciei muito o trabalho que desenvolveu com teus alunos e viva a São Pedro!!! Aqui em Jequié não se comemora mais esta data, só o feriado do São João prevalece.
Abraços,
Muito querida colega Joelia,
ResponderExcluirvibro com teu retorno. Interpretei teu silêncio há um possível envolvimento com as festas juninas aí em Jequié. Mas há uma razão muito nobre se sobrepondo. Estou na torcida pelo teu sucesso. Quando fiz duas blogadas (24 e 25 de junho) para uma aula de licenciatura em Química da UFV lembrei que talvez pudesses usá-la com teus alunos.
Com votos de uma muito boa terça-feira,
um afago do
attico chassot
Olá professor!
ResponderExcluirParabéns pelo neto lindo, espero que ele seja feliz e traga muitos e muitos anos de alegrias a vocês.
Abraços
Maria Helena
Estimada Maria Helena,
ResponderExcluirobrigado pelo carinho dos votos que fazes pelo Pedro.
Faço cópia desse agradecimento ao André e a Tatiana,
Um afago para uma juizforana querida
attico chassot