ANO
7
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EDIÇÃO
2506
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Vivemos
dias papais. Nesta semana gélida aqui no sul do país já consumi algumas horas
no acompanhar a visita. Já foi possível ver momentos curiosos.
Não
foi o papa vítima de um engarrafamento a que mais me impressionou. Mesmo tendo
me chamado a atenção, durante o ‘beija-mão’, a grosseria do Presidente do STF não
cumprimentando a Presidenta da República, para mim o grande lance está na cena em
que o papa sobe no avião em Roma levando sua bagagem.
Para mim este momento
superou o jogar para a torcida até o
lance — este parecia imbatível —, da volta ao hotel para pagar a conta no dia
imediato à eleição. Convençamo-nos, o
homem é um superstar.
Complemento
esta blogada pontifícia com algo exótico: Terra de Franciscos: A presença
do papa Francisco no Brasil faz aflorar curiosidades que traduzem a
religiosidade, e particularmente o afeto franciscano dos brasileiros. Estes sintonizam
com a escolha que fez o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio (nascido em
dezembro de 1936), quando em 13 de março deste ano, foi escolhido como o 266º papa
da instituição mais longeva do Ocidente.
A
Folha de S. Paulo, na sua edição do último domingo, mostrou que a devoção
aparece nos números. Segundo levantamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
enquanto os Franciscos e Franciscas são 2,8% do eleitorado brasileiro, no
sertão de Canindé, no Ceará, a porcentagem salta para 21%.
No
cadastro nacional único de dezembro de 2011, usado para o Bolsa Família (cerca
de 40% da população brasileira), 30,7% dos homens inscritos em Canindé se
chamam Francisco, recorde entre as cidades do país.
O
nome do santo em Canindé também está em lojas e escolas desde a fundação da
cidade cearense, no século 18. É dessa época o relato de um dos pedreiros que
construía a primeira igreja para são Francisco. Ele contou que, quando estava
prestes a morrer por cair do alto da obra, chamou pelo santo e acabou salvo.
Segundo
a tradição, foi essa a história que se espalhou pela região e fez surgir a
peregrinação, que hoje leva milhares à estatua de são Francisco. Inaugurada em
2005, ela mede cerca de 30 m, praticamente o mesmo que o Cristo Redentor, no
Rio (descontado o pedestal, de 8 m).
Moradores
da cidade, visitantes, chefes religiosos e políticos sonham que Canindé ganhe
um minuto da atenção do papa em sua visita ao Rio.
Vários
Franciscos participam do esforço de tentar informar o papa sobre a romaria que
atrai mais de meio milhão de pessoas à cidade entre setembro e outubro — a
maioria deles muito pobres.
"Nossa
romaria ainda não é um fenômeno nacional. Vem mais gente do Rio Grande do
Norte, do Piauí", diz o secretário de Cultura da Canindé, Francisco Jander
da Silva, que acredita que uma referência do papa ajudaria a tornar a cidade
conhecida nacionalmente. Coincidência ou não, os números mostram que nos Estados
citados a média de Franciscos inscritos no Bolsa Família supera de longe a
média nacional. No Ceará, são 17,5%; no Piauí, 11,5%; no Rio Grande do Norte,
10%. Já a média no Brasil é de 3,8%.
Ao
lado de Francisco Jander, o prefeito Francisco Celso Crisóstomo (PT), que é da
ordem secular dos franciscanos, diz estar empolgado com a possibilidade de o
papa colocar Canindé em evidência.
Os
romeiros têm uma devoção fortíssima. Agora que o papa escolheu o nome
Francisco, ele poderia em uma das falas fazer uma referência à Canindé e
projetar a romaria da cidade. A indicação está feita. Agora, é rezar e esperar o
milagre.
Limerique
ResponderExcluirQuando bebê temia o bicho papão
Comeu papinha tipo “olha o avião”
Por cardeais paparicado
Bergoglio papou o papado
Hoje conhecido como papa Chicão.
Mestre Chassot,
ResponderExcluirnota DEZ* pela edição de hoje.
Também nesta segunda-feira fiquei na televisão e na internet vendo as ‘papadas’.
Mas não vi a cena marqueteira que tanto o impressionou.
Realmente o Papa mesmo transportar sua mala parece mesmo uma muito bem sucedida jogada para a plateia.
Quero concordar que na operação boas vindas, além do discurso de palanque da Presidente, o ato mais ridículo foi do Presidente do STF. Fujo de ser preconceituoso. Mas ele fez valer um mote racista que eu abomino: “Negro quando não cgd na entrada cgd na saída!”
É lamentável isso.
Laurus Loureiro Lima
Na realidade a cena comentada pelo Mestre e avaliada pelo nosso amigo Laurus merece um pouco mais de nossa reflexão. Vivemos um momento delicado, o povo depara-se ante a nossa Bastilha esperando respostas, e convenhamos, nossos dirigentes ainda não sabem que respostas nos dar. Não acho que tenha sido a melhor postura a tomada pelo nosso ministro, nem a mais educada, porém acredito que entendi o recado.
ResponderExcluirAbraços
Antonio Jorge