ANO
7
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EDIÇÃO
2498
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Não
tenho (e não sei se há) um balanço mais denso do dia de ontem. Para a interrogação
que encerrava a última edição ¿Será este 11 de julho de 2013 um dia da dimensão de um 7 de setembro de
1822 ou 7 de abril de 1831? A resposta é certamente ‘Não’. Foi (talvez) mais um sonho que se esboroou.
Nesta
quinta-feira ouvi a “Voz do Brasil”. Poderia chamar-se a “Voz da Ilha da
Fantasia”. No primeiro segmento (a parte do executivo) não houve segundo de
menção de manifestações que houve no Brasil no dia 11JUL13.
Mas, algo
deve ter sobrado. Se pudesse sintetizar o alvo das críticas diria que são de
protestos contra os políticos corruptos e contra o capitalismo.
Há
propósito do segundo dos alvos trago, na contramão da história, excertos de uma
notícia que está na Folha de S. Paulo desta terça-feira:
Universidade oferece curso para difundir comunismo Um plano para
propagar o comunismo está em curso na região de Ouro Preto, berço da
Inconfidência Mineira —movimento que há 224 anos se rebelou contra a opressão
de Portugal à colônia.
Ali a doutrina
avança sem guerras nem luta de classes, mas por um programa de extensão da
Universidade Federal de Ouro Preto, que propaga ideias comunistas a estudantes
e moradores do interior mineiro desde 2012.
O programa do
chamado Centro de Difusão do Comunismo da UFOP tem cunho abertamente
ideológico, porém, deixa de lado a apologia da revolução contra o Estado.
O perfil dos
alunos tampouco lembra o de revolucionários engajados. A maioria é composta por
moças de classe média baixa e estudantes de serviço social de olho no mercado:
esperam que a teoria marxista tenha valia na profissão que escolheram.
No último dia
29, em Mariana (MG), o centro oferecia o curso "Relações Sociais na Ordem
do Capital". Ligado à escola de serviço social, o professor Alexandre
Arbia criticava a "avalanche neoliberal" e as centrais sindicais.
Coordenador do
Centro de Difusão do Comunismo, André Mayer, filiado ao PCB, diz que a
iniciativa permite aos participantes "colocar a sociedade em xeque".
"É uma
proposta muito clara de buscar as contradições dessa sociedade e
transformá-la", afirma.
Esta
notícia impensável na década de 70 do século 20. Eu, por exemplo, quando fiz
mestrado então, não estudei uma linha de Marx. O fato de o comunismo ter sido
desacreditado não significa que o capitalismo não esteja, cada vez mais, se
mostrando desacreditado, também. Ele continua a ser um sistema muito injusto,
assim como o marxismo continua a ser um valioso instrumento crítico dessas
injustiças.
O
valioso no marxismo é ser ferramenta eficaz para o diagnóstico do capitalismo.
É verdade que descobrimos que esse é o sistema mais eficiente, talvez mesmo o
único capaz de garantir prosperidade para um número imenso de pessoas. No
entanto, há grandes custos humanos embutidos nessa cada vez mais discutida eficiência.
Limerique
ResponderExcluirQuando entre "Ismos" há comparação
Ambos mostram que o outro é negação
Num exploram o homem
Noutro seus direitos somem
Mas nós sabemos que ambos têm razão.
Uma curiosidade sobre Marx, o pai do comunismo e da justiça social, já casado com Jenny Von Westphalen, traçou a empregada da família a moçoila Helena Demuth e com ela teve um filho. O Don Juan da foice e do martelo apelou para seu amigo Engels que assumiu a paternidade. Mesmo assim a criança foi criada em um terceiro lar a troco de, imaginem, retribuição financeira. Como tenho dito o capital sempre foi, e sempre será a desgraça da humanidade.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Grande Mestre Chassot: É lamentável cada dia mais me supreendo estamos vendo todos os dias uma revolta popular aumentando graças aos males da desigualdade social,promovida pelo capitalismo exarcerbado.. Um forte abraço. Ley
ResponderExcluirBóra visitar a Casa do Povo, professor? Hoje é o último dia da ocupação, estaremos amanhã, como desde o 1 dia, no aguardo dos funcionários do povo.
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