ITABAIANA Ano 5 # 1518 |
Dois problemas técnicos: Como ontem a parte inicial em caixa alta e a ausência de outras quatro fotos selecionadas, por sinal muito baixo de internet.
Dois problemas técnicos: Como ontem a parte inicial em caixa alta e a ausência de outras quatro fotos selecionadas, por sinal muito baixo de internet.
Estou desde a meia tarde de ontem em Itabaiana, distante 60 km da capital, Aracaju. É a quarta cidade de Sergipe em importância depois de Aracaju, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, as quais fazem parte da grande Aracaju. Não usufrui da cidade, mas recebo muitas turísticas em especial de sua serra. Nela se encontram cachoeiras e poços de águas cristalinas como o Poço da Moças. Alem disso recentemente a serra foi nomeada como Parque Nacional da Serra de Itabaiana, além do parque dos Falcões.
Se ontem referi aqui o ineditismo do desvio de rota em um dos meus voos, hoje posso contar das ensurdecedoras e longas carreatas políticas, que a noite pareciam invadir o quarto em um segundo andar de hotel na zona central. Nunca sofri uma agressão sonora semelhante.
Mas a registros bonitos de ontem: ao final da tarde fiz a palestra A Ciência como instrumento de Leitura para explicar as transformações da Natureza como abertura no II Encontro Estadual de Química – ENESQUIM no Campus da Universidade Federal de Sergipe UFS de Itabaiana. Foi muito grato receber as manifestações de agrado de alunos e professores, destes alguns colocando de quanto a fala tornava-se definidora de sua prática. Autografei vários exemplares de meus livros.
A manhã e parte da tarde foram preciosamente despendidas em turismo. A professora Edineia Tavares, uma mato-grossense que aqui é minha querida anfitriã e já me levou a Tangará da Serra para falar para 1.200 pessoas em um circo de lona, seu esposo, Jose Carlos Evangelista Andrade, um baiano de Ilhéus e a Professora Lia Maria Batista Lima, uma sergipana que sabe de seu Estado dedicaram-se de maneira comovente para que eu pudesse fruir da histórica São Cristovão, fundada em 1590, tem o título de quarta cidade mais antiga do Brasil. Foi a primeira capital de Sergipe, até a transferência para Aracaju em 17 de março de 1855.
São Cristóvão guarda da fase colonial alguns edifícios históricos e conserva suas tradições, como as romarias e as festas religiosas. Como a festa de Nosso Senhor dos Passos que atrai fiéis de vários estados do Brasil. Cidade histórica, considerada monumento nacional, São Cristóvão situa-se ao norte do estuário do rio Vaza-Barris, no litoral sergipano. Com quarenta e sete metros de altitude, distante 26 km de Aracaju. A paisagem urbana de São Cristóvão integra magistralmente a topografia acidentada do morro da Cidade Alta com a Cidade Baixa e o Rio Paramopama preservando a característica de implantação que herdou da época colonial.
Cheguei à cidade quando recém fora incluída a Praça São Francisco na Lista de Patrimônio Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO. O feito é motivo de justo orgulho para os sergipanos, pois representa “um reconhecimento à singularidade da formação do acervo cultural brasileiro”. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, ao fazer a indicação acatada pela UNESCO defendeu o Valor Universal Excepcional da praça, a melhor representação no Brasil do período da União Ibérica, no Século XVI, quando Portugal e Espanha eram uma só coroa. Para ele, “a Praça de São Francisco é exemplo único daquele momento histórico“, destacando-se ainda o contexto natural exuberante e preservado que confere à Praça uma paisagem construída singular.
s principais monumentos, na Cidade Alta, são cerca de 10 prédios em torno da praça que abriga também a Igreja e o Convento de São Francisco. A construção teve início em 1693 a partir das doações da comunidade aos franciscanos. Quando a cidade era a capital da Província, o convento abrigou a Assembléia Provincial e o salão da Ordem Terceira era ocupado pela Tesouraria Geral da Província. O Museu de Arte Sacra também fica no complexo histórico e abriga um acervo considerado o terceiro mais importante do país. Existe ainda o Museu de Sergipe composto por peças que pertenceram às famílias nobres da região. (Fonte: Consultei o sítio da UNESCO). Já na República, São Cristóvão também aquartelou as tropas do batalhão que combateu os seguidores de Antônio Conselheiro, em Canudos, em 1897.
Meus leitores poderão facilmente inferior em que mundo denso em História me inseri ontem. Visitamos primeiro o Museu, onde a Rozinha nos forneceu os mais preciosos ensinamentos acerca dos diferentes ambientes do Brasil colônia, restaurados e preservados no casarão da Praça São Francisco. Fomos recebidos também por Thiago Fragata, diretor do Museu que publicou no último número de História Viva um artigo acerca do título conferida pela UNESCO à Praça de São Francisco e, por extensão, à cidade de São Cristovão.
Depois da visita ao museu, cruzamos a Praça de São Francisco e fomos visitar sua centenária igreja e depois o Museu de Arte Sacra, instalado em ala do convento de São Francisco, fundado em 1657 e restaurado com o patrocínio da Petrobras. O museu éconsiderado um dos mais valiosos do Brasil pela qualidade das ecas históricas que detém em seu acervo. Foi dos momentos mais valiosos do dia.
Visitamos ainda outro convento onde se produz os famosos (e saborosos) bricelets, que são finos como uma folha de papel, crocantes como waffles, doces como casquinha de sorvete e dissolvem na boca. São conhecidos desde o século 16 e têm origem suíça. São biscoitos feitos à base de farinha de trigo, leite, açúcar, ovos, margarina e raspa de limão. A massa crua é colocada numa chapa de fabricação suíça e dela sai o biscoito. Por estarmos em zona de praia almoçamos peixes e camarões.
Meia tarde voltei em muito agradável conversação com o José Carlos, também o meu fotógrafo desta jornada, para Aracaju e depois para Itabaiana. Tive 45 minutos de hotel ‘para descansar e depois fui para o Campus da IFS onde preferi palestras.
Minha agenda de hoje prevê palestra para professoras e professores da Educação Básica da rede municipal e depois visita a feira. À tarde retorno a Aracaju, onde às 18h participo da banca de qualificação do mestrando Rafael de Jesus Santana “Formação e atuação do professor de química no contexto da transposição didática dos modelos atômicos” no Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, na UFS.
Encerro este relato desejando a melhor quarta-feira, que será o meu segundo dia do tríduo sergipano. Há a expectativa de amanhã nos lermos, uma vez mais de Aracaju.
Mestre!
ResponderExcluirÉ muito bom viajarmos por Aracaju atraves dos seus olhares...
com admiração
Elzira.
Muito estimada e amável leitora Elzira,
ResponderExcluiré muito grato esta parceria intelectual. Esta é a razão pela qual gosto de contar um pouco sobre meus fazeres.
Desde Itabaiana um afago a leitora de Maravilha
attico chassot
Querido Prof Chassot!
ResponderExcluirComo estás?
Há quanto tempo não consigo ler suas belas colocações...
Estou nos finalmente da dissertação, então o tempo e o trabalho me ocupam totalmente.
Fiquei sabendo que estará em Curitiba. É verdade? Se for me diga quando para eu possa participar desse momento.
Abraço gordo,
Neusa
Muito querida Neusa,
ResponderExcluiré bom ter as reaparecidas. Estarei em Curitiba dia 7 e 8 de outubro: de tarde falo no Departamento de Química da UFPR, Na noite de quinta visito os alunos da Maria Lúcia Leitora como tu deste blogue.
Penso que as datas que propões sejam viáveis, mesmo com a agenda deste fim de ano.
Um afago desde Itabaiana,
attico chassot
Olá querido professor Chassot!!!
ResponderExcluirComo estás????
Adorei conhecê-lo pessoalmente... Espero que a tua visita a nossa humilde cidade Itabaiana tenha sido gratificante!!! Assim como foi para nós a tua ilustre presença!!! Vou guardar com muito carinho as fotos e o meu livro autografado por tu!!!
Abraçosss....
Aline
Muito estimada Aline
ResponderExcluir~~ pena que não deixaste teu endereço para receber minha resposta ~~
Gostei muito da oportunidade de ter estado em Itabaiana. Foi bom ter participado do II ENESQUIM. Vocês me cumularam de carinhos, quando da sessão de autógrafos.
Obrigado por ter visitado este blogue.
Apareça de vez em vez,
Um afago do
attico chassot