Porto Alegre Ano 5 # 1512 |
Vou aderir ao senso comum: assim como 95% das pessoas, adoro viajar, mas gosto também, e muito, voltar. A sexta-feira já avançava no relógio, quando estava de novo casa. As duas etapas (Campo Grande/Curitiba/Porto Alegre) foram pontualissimas. Chovia na chegada. Era um clima antípoda ao muito quente e seco do Centro-Oeste desejoso de chuva. Desta vez é quase uma passada; nesta segunda-feira viajo para Aracaju, com atividades na capital de Sergipe e em Itabaiana. Mas acompanho a maioria, vibro com mais esta volta à Morada dos Afagos.
Essa edição traz algum relato de ontem ainda de Campo Grande marcadas pela participação da Gelsa e minha nas atividades de conclusão do IV Seminário Internacional: Fronteiras Étnico-Culturais e Fronteiras da Exclusão que nos envolvera desde a noite de segunda-feira. A primeira atividade formal, pois já no hotel no café da manhã e depois na van quando do transporte ao Campus da UCDB, o grupo de cerca de uma dezena de convidados vivia o clima do Seminário, começou às 8 h, com um espaço cultural.
A conferência inicial foi Fronteiras étnico-culturais e fronteiras da exclusão no contexto de escolas interculturais proferida pelo Dr. Hector Munõz (Departamento de filosofía de la UAM-Iztapalapa, México), tendo como debatedores: Dr. Ahyas Siss (UFRRJ) e Dr. Antonio Brand (UCDB).
O ponto seguinte foi o relato dos oito grupos de trabalho que desenvolveram atividades na terça e quarta feira:1- Escola e indígenas // 2 - Escola e identidade/diferença negra // 3 – Escola e movimentos sociais populares //4 - Escola e identidade /diferença cultural // 5 - Escola, identidade e gênero //6 - Práticas pedagógicas interculturais nas escolas e formação docente //7 - Políticas educacionais/gestão da escola/formação docente // 8 - Escola, saúde, sustentabilidade e Desenvolvimento Local.
Já na parte da tarde se iniciou a sessão de encerramento: A escola como espaço/tempo de negociação das identidades/diferenças: a apreciação dos observadores: Dr.Aloisio Monteiro (UFRRJ);Dr. Reinaldo Matias Fleuri (UFSC); e Dr. Jacques Gauthier (UNIJORGE), tendo como Coordenadora: Dra. Adir Casaro Nascimento (UCDB).
Nos destaques de encerramento, algo prosaico: uma referência a minha presença, por ter em alguns momentos estar com a camiseta do I Seminário, do qual participei em 2002. Houve ainda um almoço de encerramento do qual participamos.
Ainda ontem encontrei um espaço na programação para visitar, uma vez maisa Biblioteca Pe. Félix Zavattaro da Universidade Católica Dom Bosco teve seu início pelos idos de 1950, quando o Padre Félix Zavattaro a criou como Biblioteca Central Escolar. A Biblioteca já dispunha de 6.000 volumes, fato este considerado uma raridade para época. . Em 1993, ela foi criada e com isso a construção de uma nova Biblioteca no campus da UCDB. Foi inaugurada em 20 de abril de 1999, com nome de Biblioteca Pe. Félix Zavattaro, numa homenagem aquele que idealizou e que dedicou parte de sua vida à sua organização.
Deleitei-me na sessão de dicionários e enciclopédias, manuseando preciosidades. Encantei-me com algo que nem sabia existir: Dicionário monossilábico da língua portuguesa: só registra substantivos (inclusivo nomes próprios e sobrenomes) e adjetivos que tem uma única sílaba: o infinito de "ir" é monossilábico. Há versos monossilábicos e afirmações monossilábicas: sim, não. Há referências há línguas monossilábicas, línguas cujas raízes se compõem exclusivamente de monossílabos, como acontece com o chinês e o tibetano.
A propósito de biblioteca, vale um registro um paradoxo: as atividades de encerramento do VI Seminário, onde as discussões sobre Ciência e Cultura de negros e de indígenas tiveram destaque na oralidade foram no prédio da biblioteca, templo da tradição escrita.
Na parte final da tarde que culminou já noite no aeroporto, a Gelsa e eu tivemos como nossos anfitriões muito queridos a Rute Pavan e o José Lícinio Backes, nossos ex-alunos professores e pesquisadores destacados do Programa de Pós Graduação em Educação da UCDB. O casal nos comoveu com sua maneira querida como nos afagou.
Agora, retornado já estou quase indo para o Centro Universitário Metodista - IPA, onde esta manhã tenho seminário de História e Filosofia da Ciência no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão. À tarde recebo a jornalista Vera Nunes da revista NovOlhar, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana produz matéria: História do pensamento científico e do confronto entre ciência e teologia que me trará perguntas como: Qual o porquê do confronto entre a ciência e fé? Como começou esta separação? Grandes confrontos da história? Como foram (ou não resolvidos).O que a ciência busca hoje neste sentido? Como está este debate nos círculos acadêmicos/científicos? Quais são os grandes temas que ocupam a ciência e a teologia, hoje? Prevejo uma tarde rica.
Já embalando sonhos para o primeiro fim de semana primaveril, desejo uma muito boa sexta-feira. Amanhã é dia de dica de leitura. Leremos-nos, então.
Tenho amigos ai no Sul.. Tenho uma enorme vontade de conhecer a área. Hey sr. Attico! Já vi que o senhor costuma postar bemmmmm cedinho!!! Bom dia pra ti meu querido. Volto com calma para ler o artigo. www.introspectors.blogspot.com
ResponderExcluirGabriella querida,
ResponderExcluirseja bem vinda ao Sul. Uma mulher de letras como tu certamente já andou pelas terras de “O tempo e o vento’ levada por Érico Veríssimo. Minha rotina inclui postar o blogue cedo. Hoje não foi fácil, recém chegado de Campo Grande e antecedendo por uma jornada de aulas acerca de História e Filosofia da Ciência.
Agora já é shabath.
Um bom primeiro fim de semana de primavera,
attico chassot