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segunda-feira, 14 de maio de 2012

14.- SEM TEMPO PARA REMOER PROBLEMAS



Ano 6*** www.professorchassot.pro.br ***Edição 2112
As evocações de saudades das mães que já partiram e o acarinhamento às que puderam curtir a presença dos filhos foram a marca do domingo que se esvai. Agora é a segunda-feira -- fria, com temperaturas abaixo de 10 graus -- que se faz vestibular à inauguração da segunda quinzena de maio.
Para mim este dia é muito especial. Como na segunda-feira anterior, atendo a um muito atencioso convite de meu colega Prof. Dr. Norberto Garin e compareço à Universidade do Adulto Maior para uma fala na disciplina Fundamentos Antropológicos do Envelhecimento, da qual por quatro semestres fui titular no Centro Universitário Metodista do IPA.
Sonho reprisar as densas manifestações de afeto e troca de conhecimentos de nosso encontro anterior com um grupo fabuloso que ratifica pesquisa que li no caderno Vida de Zero Hora no último sábado. Com a mesma faço a tessitura desta edição [As fotos são ilustrativas, mas poderiam ser de aulas da Universidade do Adulto Maior, onde há aulas de hidroginástica e dança e foram adicionadas pelo editor]:
Pesquisa diz que idosos tendem a ser mais satisfeitos com a vida: Ativo e saudável, sem muito tempo para remoer problemas. Esse é o perfil do novo idoso, como aponta um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Wurzburg, na Alemanha, e de Luxemburgo. Depois de comparar a perspectiva de vida de jovens e idosos, os especialistas concluíram que, atualmente, os mais velhos apresentam mais satisfação com a vida e têm menos chances de sofrer depressão.
Até algumas décadas atrás, o envelhecimento era considerado sombrio, um tempo de declínio na vida. Era descrito apenas como a época em que os amigos ficam doentes e morrem, em que a pessoa tem movimentos limitados, mais problemas de saúde e um tempo de vida relativamente curto — descreve ao Correio Stefan Sütterlin, um dos autores da pesquisa, publicada recentemente no Journal of Aging Research.
Sütterlin diz que essa realidade ficou para trás. Para chegar a essa conclusão, ele e seus colegas analisaram um grupo de 300 pessoas (118 mulheres e 182 homens) entre 15 e 87 anos. Por meio de questionários, eles mediram com que frequência os participantes tinham pensamentos negativos, focando principalmente a reflexão ponderada e a preocupação cultivada – essa última sendo a chave para prever sintomas de depressão.
A análise dos dados mostrou que os participantes jovens são muito mais propensos a desenvolver depressão, muito provavelmente devido a pensamentos negativos e a algo que os psicólogos chamam de ruminação, forma de responder às angústias da vida em que a pessoa geralmente pensa que “nada vai dar certo”.
Os pensamentos negativos focam no passado, que adota crenças como “por que isso acontece comigo?”, diz Sütterlin. Segundo o pesquisador, os jovens podem mostrar satisfação com a vida também: a questão é que eles se sentem depressivos ou alegres com mais frequência e maior intensidade. Os mais velhos mostram, em geral, que sabem se controlar emocionalmente quando estão vivendo alguma dificuldade, e se recuperam mais rápido de algum problema.
Podemos apenas especular sobre os efeitos dos pensamentos saudáveis no estilo de vida do idoso. É possível que uma vida longa promova uma experiência que faz com que as pessoas fiquem mais resistentes aos desafios emocionais. É possível, também, que a genética tenha alguma influência, já que esses mecanismos de qualidade de vida trabalham a favor das pessoas mais velhas e suas famílias – afirma.

4 comentários:

  1. Caro Attico,
    acredito fielmente que pessoas com um grau intelectual mais elevado,obtenham mais chances de viver mais, com aumento constante na qualidade de sua vida e das pessoas a sua volta,em consequência não sobra tempo para ruminar as agruras da vida.
    Tenha uma ótima semana!

    Hendney Fernandes

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  2. Muito prezado Hendney,
    teu comentário parece ratificar experiências como a Universidade do Adulto Maior.
    Obrigado por seres um atento comentarista na madrugada.
    Aproveito para anunciar que o Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto que encomendaste para homenagear pessoa de tua admiração já foi postado na última quarta-feira.
    Uma boa fria segunda-feira.
    Com agradecimentos e admiração
    attico chassot

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  3. Caro Attico,
    a convivência com a Universidade do Adulto Maior, do IPA, tem ratificado a minha percepção de que a terceira idade é um tempo de satisfação; claro que isso depende, como tudo no existir, da construção que a gente faz. Esperando te encontrar mais tarde,

    um forte abraço,

    Garin

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  4. Caro Chassot,
    Sobre esse assunto me sinto capacitado a dar opinião, tenho 66 anos. Recém aposentado, não penso em "trabalhar" por remuneração, mas nem por isso penso em ficar inativo contemplando o vácuo. Continuo em atividade escrevendo, construindo e resolvendo enigmas e palavras cruzadas, lendo, pintando e navegando na internet. Pouca atividade física, é bem verdade, mas faço questão de dispensar o carro sempre que posso e costumo subir escadas ao invés de usar elevador. Não quero viver muito, quero apenas ser saudável enquanto aqui estiver. Abraços geriátricos, JAIR.

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