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quinta-feira, 24 de maio de 2012

24- CHICO BENTO APELA À PRESIDENTE DILMA



Ano 6*** SANTA MARIA ***Edição 2124
A breve estada em Santa Maria foi agradavelmente produtiva. Fui atenciosamente acolhido por docentes e discentes da UFSM. A professora Martha Bohrer Adaime — reitora em exercício — aguardava-me na rodoviária de Camobi. 15 minutos depois de desembarcar iniciava minha fala para um muito atento auditório de estudantes de nove cursos de graduação. Foi emocionante, quase duas horas depois, receber os aplausos de cerca de 200 participantes da 11ª Semana Acadêmica Integrada do Centro de Ciências Naturais e Exatas.
Após autografei vários exemplares de meus diferentes títulos. Para esta sessão, com muitas fotografias e acarinhamentos, foi preparado um artístico banner que relaciona as capas dos sete livros, com detalhes de cada obra.
Acompanhado da Jane, Luís, Marcia e Martha fomos jantar e um pouco antes da 01h de hoje os quatro colegas me despediam na Rodoviária para partir à Porto Alegre. Foi muito bom ter estado em Santa Maria. Na foto de Jane Dalla Corte da Assessoria de Comunicação do CCNE, estou com a Prof. Martha, diretora Centro de Ciências Naturais e Exatas, junto ao banner referido.


Este blogue em mais de uma oportunidade — mas de uma maneira muito especial no dia 09 de maio com a edição: 09.- UNAMOS-NOS AO " VETA PRESIDENTE DILMA" quando se fez coleta de assinaturas —aderiu à campanha pedindo que a Presidente Dilma vete o Código Florestal aprovado na Câmara dos deputados. Nesta mesma direção, se traz hoje entrevista que foi publicada na imprensa local ontem, que merece ser divulgada, pela objetividade que o tema é tratado.

“Com o Chico Bento, sou mais uma voz que chega a Brasília” Mauricio de Sousa tem uma farta equipe de desenhistas para produzir suas histórias em quadrinhos. Mas o apelo de Chico Bento à presidente Dilma Rousseff, divulgado terça-feira, Mauricio fez questão de desenhar de próprio punho. Aos 76 anos, o criador da Turma da Mônica atendeu ZH por telefone:
Zero Hora – Por que o senhor aderiu à campanha Veta, Dilma?
Mauricio de Sousa – Desde que criei o Chico Bento, 50 anos atrás, participo de um movimento permanente a favor de qualquer coisa que defenda a natureza, as florestas, os mangues, a água. No caso do Código Florestal, houve um avanço de ameaças. Não são apenas as florestas, as praias ou os mangues que serão prejudicados. Tudo isso está ameaçado por uma legislação cheia de remendos. Com o Chico Bento, sou mais uma voz que chega a Brasília.
ZH – Quais são os principais os problemas do texto aprovado na Câmara?
Mauricio – Um deles é terrível: é a liberação da atividade agrícola em áreas próximas aos rios. As praias são importantes para a reprodução das espécies marinhas. Nossas matas ciliares e nossos manguezais jamais poderiam ser ameaçados. Temos que deixar a natureza como veio nesses locais, até para o bem dos seres humanos.
ZH – O projeto proíbe a agricultura em uma distância de até 15 metros à margem de rios com até 10 metros de largura. Para rios mais largos, segundo o texto, os Estados devem criar suas próprias legislações.
Mauricio – Quinze metros é muito pouco. Sempre entendi que, à margem dos rios, deveria haver grandes superfícies arborizadas naturalmente. Muitas árvores teremos de replantar. Mas sempre achei que, para um rio, uma pequena moldura de vegetação é insuficiente. O Brasil tem terra para tudo o que as pessoas precisam. Não é necessário invadir essas áreas sagradas.
ZH – Os deputados retiraram o trecho que previa nas cidades uma área verde de 20 metros quadrados por habitante nas novas expansões urbanas. Isso compromete o novo código?
Mauricio – Lógico que sim, isso é um absurdo. Precisamos aumentar as áreas verdes, tão necessárias ao ser humano. Precisamos manter essa proteção, senão teremos desertos no futuro, além de fome e saudade da natureza. Não teremos o que mostrar aos nossos netos.

4 comentários:

  1. Attico amigo, boa noite!

    Bela manifestação do desenhista renomado que contribuiu para a alegria das manhãs de meus domingos, quando meu pai trazia um gibi do jornaleiro junto com o pão.

    Entristece-me contudo o descaso para com a arborização mínima das cidades atualmente, o mal trato para com os rios, etc...

    Muita paz!

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  2. Caro Chassot,
    que bom que pessoas de expressão como o Maurício de Sousa também aderiu a essa campanha tão necessária; as áreas verdes à margem dos rios é fundamental para que o rio corra livre e límpido.

    Um abraço,

    Garin

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  3. Caro Chassot,
    Solidário com Chico Bento de Mauricio de Souza quero repetir aqui o que publiquei a respeito dessa matéria em meu blogue: "Agora se discute se queremos ou não acabar com as florestas e arcar com as consequências dessa burrice. Me vejo obrigado a repetir aqui o que escrevi em “Florestas”: “A floresta não é apenas um aglomerado de plantas, não é a reunião casual de árvores, arbustos e outros vegetais; é um sistema tanto complexo como desconhecido que a ciência só agora está prestando atenção. Só quando as florestas deixam de existir por terem sido dizimadas pelos homens é que se torna imperioso observar o quanto elas significam. O exemplo mais cabal e contundente do significado das florestas ficou patente quando se descobriu a história dos rapa nui, povo que viveu na ilha da Páscoa e que, um belo dia, se extinguiu para sempre. Sabe-se que, a despeito dos rapa nui terem construído estátuas de cabeças gigantes com chapéu, (moais) as quais adornam a ilha até hoje e servem como atrativo turístico para o mundo, eles não atentaram para a preservação de suas florestas e tornaram-se vítimas de sua incúria. Há registros fósseis e arqueológicos que o povo rapa nui, numa fúria insana de construir estátuas, cabanas, artefatos e embarcações, acabou com todas as árvores existentes na ilha e isso prenunciou o fim da civilização e da coesão social culminando com a extinção das tribos e das pessoas”.
    Senhora Presidenta, VETA! se tivermos vocação para rapa nui, então acabemos com nossas florestas como eles o fizeram e decretemos nossa derrocada a partir da aprovação dessa legislação florestal que está tramitando, acabemos com a cláusula pétrea que protege a vida, assumamos que não temos interesse algum no nosso futuro, só nos interessa o aqui e agora, cambada de energúmenos imprestáveis!" Abraços ambientalistas, JAIR.

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  4. O conceito de área verde só não pode ser uma justificativa para esconder a população pobre que reside em alguns destes espaços.

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