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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

16.- Assestando óculos em paradigmas



Ano 6 ***            FREDERICO WESTPHALEN
        *** Edição 1961

Quando esta edição entrar em circulação, já estarei bastante avançado na minha viagem rumo a Frederico Westphalen, onde nesta sexta-feira estou em sala de aula, nos três turnos, com os mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Educação da URI. Volto, hoje após as aulas da noite.
Na tarde de ontem, ao atender uma convocação do coordenador do Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão, algo imprevisto. O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação anuncia a revisão da decisão de minha demissão, convidando-me para permanecer no Centro Universitário Metodista, do IPA, pelo menos em tempo parcial. Fiquei surpreso.
Nesta minha terceira viagem desde minha vinculação à URI, em 4 de novembro, experimento uma opção de viagem diferente. Ao invés de ir com o ônibus intermunicipal com termino em Iraí, viajo em um interestadual com destino a Foz do Iguaçu. Tenho que comprar uma passagem até a primeira rodoviária de Santa Catarina: Palmito. Três vantagens desta alternativa: o ônibus para em menos rodoviárias / por sair às 19h30min (ao invés das 22h40min) oferecem mais tempo para dormir ao chegar ao destino / custa cerca de 70% do preço).
Já era mais de duas horas de quinta feira quando cheguei na Morada dos Afagos desde Manaus. Os três voos atrasaram. No primeiro, de 3h20min, tive dois personagens singulares a meu lado: um menino de 12anos viajando desacompanhado; amedrontado pergunta-me se eu já andara de avião; manifesta apreensões com vomitar. Outro, um empresário com negócios em várias cidades brasileiras, que ao embarcar na segunda escala de sua viagem, fica sabendo da morte do pai, que festeja a beira-mar uma vitória do Santos no mundial de clubes; assim altera sua viagem para a ir retirar seu pai, de 68 anos, do IML. Os dois e eu estabelecemos excelente triálogo. Era o mistério dos encontros acidentais ocorrendo.
Entre outras atividades que desenvolvo nesta sexta-feira, no seminário Teorias do conhecimento e Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação vamos trabalhar o artigo: La moral sexual católica ¿está en crisis de paradigma? Un estudio desde la historia de las ciencias Cristián BARRIÁ de um médico psiquiatra, terapeuta de casais, ex-professor de Psicologia Comunitária, Universidad de Chile que foi publicado en Revista «Moralia», do Instituto Superior de Ciencias Morales, Madrid, XXXI, 120 (2008) 447-480.
Pelo resumo: [El artículo aplica a la reflexión moral católica sobre sexualidad los conceptos desarrollados por Tomas Kuhn para el estudio de la historia de las ciencias. Según Kuhn la aparición de hechos nuevos provoca la elaboración de un nuevo paradigma, que al contradecir al anterior provoca una crisis en la disciplina. En los años previos a 1968, surgieron hechos e ideas nuevas que llevaron a revisar el paradigma sobre sexualidad vigente durante siglos. Se esbozan los elementos de una crisis no resuelta de paradigmas entre los católicos, respecto a la sexualidad.] é possível inferir a riqueza que possa se esperar das discussões em um grupo de 18 mestrandos que pertencem a um amplo espectro profissional tão amplo que vai de um médico a um produtor/vendedor de hortaliças entre os quais há graduados em Filosofia, Pedagogia, Psicologia, História, Matemática, Artes Visuais, Serviço Social. Há professores do ensino fundamental, médio e superior.
Com os votos de uma muito frutuosa sexta-feira – esta minha já estou curtindo desde que a 18 de novembro tive os dois primeiros encontros – e prometo para amanhã uma dica sabatina de leitura. Até então.

2 comentários:

  1. Caro Chassot,

    vejo que o teu prosseguimento no IPA amplia as oportunidades da gente construir um trabalho colaborativo, como tem acontecido nos últimos tempos. Acho que as minhas orações para que tu continuasses entre nós foram ouvidas: já tenho elementos para crer!

    Percebo que tiveste uma 'missão pastoral' dupla no vôo de volta: a gente nunca sabe quando a oportunidade vai sentar ao lado da gente!

    Um abraço,

    Garin

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  2. Meu querido amigo Garin,
    agradeço a tua imensa torcida pela minha permanência no Centro Universitário Metodista, do IPA. Tu sabes que não pedi isto e nem esperava.
    Realmente, minha vibração maior acerca da reversão são as possibilidades de fazeres juntos tanto no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão como na Universidade do Adulto Maior.
    Com reconhecida gratidão, também pelas tuas preces

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