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domingo, 22 de maio de 2011

22. Um adeus sentido

Ano 5

Porto Alegre

Edição 1753

Estou de novo na minha Morada dos Afagos. Foi muito gostoso reencontrar a Gelsa depois de uma sexta-feira que muito produtiva na linda Floripa. O sábado do evento foi bem aproveitado; assisti as duas falas da manhã: “Tabela periódica interdisciplinar” com o Prof. José Carlos Gonçalves e “Química Nova na Escola e a sala de aula” – Marcelo Giordan Santos.

Ainda pela manhã dei uma entrevista para a Débora de Medeiros Linhares, jornalista responsável pelo Informativo Solução, do CRQ SC. Acerca desta entrevista, vale um registro homólogo ao que fiz ontem acerca da mestre de cerimônia que quebrou o protocolo. Eis o que escreveu o fotógrafo da Dimensão Comunicação e Marketing, que cobriu o evento, ao enviar-me a foto ao lado: Aproveito a oportunidade para agradecer e parabenizá-lo pela brilhante palestra, não somente trazendo enriquecimento aos nossos conhecimentos, mas também, por trazer a tona lembranças impares do tempo acadêmico. Guardarei prá sempre a sua frase com relação a importância que devemos dar aos mais velhos, quando disse: "Quando perdemos um velho é como uma biblioteca que se queima". O que posso desejar-lhe é que Deus lhe dê muita saúde e força para continuar (trans)formando pessoas. Abraços Edison Junior.

Minha participação no evento se encerrou com o almoço. Então e também em outros momentos da manhã foi bom receber o reconhecimento estimulante pela fala que fizera na noite anterior. Algo que me emocionou foi ver as minhas raízes catarinenses do tipo ‘o senhor foi meu professor na pós-graduação em... / assisti uma palestra sua em... e a segue uma litania: Blumenau, Joinville, Tubarão, Chapecó, São José, Florianópolis, Maravilha, Rio do Sul. São Lourenço do Oeste...

Na parte da tarde tive privilégio de por algum tempo estar com meus amigos Mônica Juergen – ver edição de ontem. Tínhamos muito a conversar. Já desde a reunião da Associação de História e Filosofia da Ciência do Conesul, em Florianópolis, em 2006 que não nos encontrávamos pessoalmente. Foram assunto filhos Alexander e Thomas que vivem um na Austrália e outro no Reino Unido e este, com o nascimento do Geofrey já brinda o Juergen e a Mônica com os dulçores do avonado, curtido pelo Skipe. Também os envolvimentos na produção das 2.145 páginas dos dois volumes da História da Química – que a Monica transforma manuscritos que se parecem a hieróglifos em originais primorosamente digitados –, foram comentados.

Eu que já recebera um exemplar do 2º volume na sexta-feira como homenagem do CRQ-SC recebi do casal um exemplar do 1º volume atualizado. Nossa confraternização – no sentido rigoroso do termo num café do Hercílio Luz, depois de uma hora de trajeto da Costa Brava ao aeroporto.

No aeroporto, foi bom também reencontrar a Anelise e o Antonio, meus colegas do Centro Universitário Metodista do IPA retornando de jornada acadêmica no oeste catarinense. No voo de sexta-feira como ontem tive saborosos papos com uma e outro.

Atualizei com fotos a edição de ontem. Esta fora desprovida de imagens, por problemas técnicos com o blogger.

Dentro da proposta de uma blogada dominical leve trago um texto que recebi. Não tenho informação de que seja seu ator. Mas por ser pitoresco. Quem assina é o TREMA. Ao texto, que por se constitui em uma aula de criatividade e bom humor, por sinal, com acentuada inteligência adito meus votos de um muito bom domingo.

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. O dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até
o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo de medo". Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nós nos veremos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história, adeus, o trema.
Adeus, Trema

16 comentários:

  1. Ola Meu Caro
    Vibro com tua jornada catarinense. Pelo visto estivestes revendo amigos e catalisando novas amizades, como um bom Mestre Escola. Gostei do texto de despedidas do cedilha. Tenha um bom domingo e tambem votos de uma semana plena. JB

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  3. Bom dia Professor.
    Perdão por não ter vindo ontem [sabe que adoro suas dicas de leitura, né?!]..é que o fim desta semana foi um pouco conturbada...perdi uma amiga de muitos anos, e muito querida..mas, quando Deus decide que é hora de ir pra junto d'Ele..não tem como discutir...mas a dor e a saudade me deixaram um pouco 'fora do ar'.
    Ontem fui acometida por umas notícias nos jornais daqui da cidade que me fizeram postar no QUIMILOKOS hoje um pouco 'revoltada', eu diria..Se o senhor puder passar por lá depois, me confortaria um pouco sua sensata opinião.
    Desejo um ótimo e abençoado domingo ao senhor e aos seus.
    p.s.: o link direto é:http://quimilokos.blogspot.com/2011/05/cada-um-no-seu-quadrado.html
    Um mol de abraços.

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  4. Ävë Chässöt,

    Ïnsïstïrëi nö trëmä ägüërrïdämëntë.

    Bëlä hömënägëm! VÏVÄ Ö TRËMÄ!

    Äbräçös,
    Güy.

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  5. Caro Chassot,
    Gostei que o REMA se vinga de nossa insensibilidade e "sai da vida para entrar na istória" como um Getúlio magoado nas não suicida. Valeu!

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  6. Caro Chassot,

    vejo que a tua estada em Floripa foi pródiga em encontros e eventos. Saliento a história bem humorado da saída do trema: valeu. Foi uma vingança bem bolada, diga-se de passagem.

    Um forte abraço para ti.

    Garin

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  7. Meu caro Jairo,
    madrugaste neste teu primeiro domingo pós-aniversário.
    Realmente foi uma jorna exitosa em terras catarinas.
    Não sei se foi um ato falho, mas te referes ao adeus da cedilha, ao invés do trema. Será que teremos um dia o adeus que prognosticas.
    Obrigado pelo comentário madrugador,
    attico chassot

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  8. Dear Teuvo Vehkalahti,
    thanks for using my blog to promote your photos. I visited your blog and photos are really wonderful.
    Congratulations from Brasil.
    attico chassot

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  9. Muito querida Thaiza,
    associo-me a tua dor pela perda de uma pessoa querida para ti.
    Vou visitar teu blogue ainda hoje. O Quimilokos tem chegado demais aqui com recados de outro blogue.
    Vale conhecer a dica de ontem e talvez até recomendar no teu blogue.
    Um afago quando o domingo declina e uma vez mais dizer que sinto pela tua dor
    attico chassot

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  10. Qüerïdo Güÿ,
    obrigado pela homenagem ao trëma.
    Lamento não termos a nossa quarta feira esta semana.
    Um afago com admiração
    attico chassot

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  11. Muito estimado Jaïr,
    obrigado pelo teu comentário desde Las Vegas.
    Tua blogada de hoje está supimpa,
    Com admiração
    attico chassot

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  12. Meu caro Garïn,
    realmente Floripa valeu.
    O singular é sentir-se alienígena naquela que uma vez foi minha paróquia: a Química.
    Lembro de quando vi, talvez há 53 anos passados, num monumento que há/havia na Redenção: “O mundo é a minha paróquia” J. Wesley. Sem ser pretencioso, devo dizer que a Ciência é minha paróquia.
    Com votos de uma bom saldo de domingo,
    attico chassot

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  13. hehe, mas o Trema, mesmo aposentado, continuará fazendo "um bico" nos sobrenomos, como o meu Müller.

    boa semana, Mestre!

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  14. Caro Chassot,

    volto ao teu blogue para dizer, com pesar, que o monumento que havia no Parque da Redenção de Porto Alegre, em homenagem a John Wesley, foi roubado pelos fundidores de bronze. Resta apenas a pedra que o suportava.

    Wesley pronunciou essa famosa frase quando a Igreja Anglicana fechou-lhe as portas para a sua pregaçao inovadora. Ele saiu pelos cemitérios, minas, praças e campos onde espalhou a sua forma de pensar o Evangelho.

    Hoje, tu e eu trabalhamos numa Instituição que nasceu e se desenvolveu sob a inspiração do "mundo é minha paróquia", assim como a Química é para ti.

    Um abraço no crepúsculo do penúltimo domingo de maio.

    Garin

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  15. Marília querida,
    achei genial possibilitares ao trema um bico no teu Müller, Porque não passas à Marïlia.
    Afagos do
    attico chassot

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  16. Muito caro Garin,
    obrigado pela preciosa informação: não sabia porque a predica wesleyana se ancorava na frase: “O mundo é minha Paróquia”; Lamentável é informação de que o monumento tenha sido desbronzeado.
    Devíamos lutar por sua restauração.
    Com estima

    attico chassot

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