Rio de Janeiro * Ano 5 # 1744 |
Uma sexta-feira 13, que deve ter tido seus aspectos mágicos um pouco deslustrados nesta quarta feira, quando os presságios não se cumpriram, mesmo que 20% da população de Roma tenha deixado a cidade, pois um sismólogo/astrólogo previu, há 30 anos, um terremoto que destruiria o Coliseu e a basílica de S. Pedro. Imaginem se ele houvesse feito esta previsão para a Espanha, que no dia indicado sofreu um terramoto muito significativo, que atingiu a cidade espanhola de Lorca provocando pelo menos 9 mortos e 293 feridos, bem como vários danos no patrimônio arquitetônico da cidade.
Esta manhã, a gostosa parceria de dividir o seminário de História e Filosofia da Ciência com o meu colega Garin ficou pela metade. Deixei alunos fui ao aeroporto, onde diversas tentativas de postagem foram frustradas. Cheguei no Rio de Janeiro às 13h. Fui acolhido pela professora Príscila Marques de Siqueira. Almoçamos num pitoresco restaurante da Ilha do Governador vendo garças mergulhar para pescar. Algo pitoresco: o garçom querendo saber a diferença de cartão crédito/débito. Há um bom assunto para blogar. Já era 15 h quando chegamos em um hotel no centro do Rio.
Às 16 sugo para Nilópolis onde à noite, com a fala ‘Das disciplinas à indisciplina: caminho inverso para leitura do ‘mundo real’ abro o ENCONTRO FLUMINENSE DE LICENCIATURAS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA que tem como tema central: Os Desafios da Formação Docente em Ciências e Matemática. A atividade é uma promoção do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio de Janeiro. Volto no primeiro voo na manhã de sábado. Assim a próxima blogada será de terras fluminenses.
Na quarta-feira, iniciei aqui a tríade ‘pingos & respingos’. Com a edição de hoje se completa o tríptico. Este iniciou obliteração de mulheres na foto da contemplação macabra de um assassinato e prosseguiu com a contemplação dos feitos inquisitoriais de dois Cisneros, separados por meio milênio, onde o nosso coetâneo brasileiro não conseguiu se atualizar. Aliás, a CNBB – ora em assembleia geral – ratificou suas convicções bíblicas.
TERCEIRO PINGO: Na semana passada, tivemos, no futebol brasileiro, uma quarta-feira de tetra-eliminação de brasileiros da Copa Libertadores da América. A sensação de vibrar com a derrota dos outros mereceu na sexta-feira, dia 6, uma refletida interrogação (im)pertinente, aqui. ¿Por que parece que nos alegramos mais com a derrota do rival do que nos entristecemos com derrota de nosso time?
Nestas eliminações a atitude que mais impressionou pela covardia e desfaçatez, aconteceu na partida entre Cruzeiro de Belo Horizonte e Once Caldas da Colômbia. Partindo de uma vantagem obtida em jogo fora de casa, o técnico Cuca do Cruzeiro, fazia favas contadas a classificação de sua equipe que jogava em casa. O time de melhor retrospecto na competição enfrentava a equipe de pior desempenho. Mas o que era certo se tornou um “maracanaço” (referência a derrota do Brasil pelo Uruguai na final da Copa do mundo de 1950). O melhor time da competição era derrotado pelo pior. Numa saída de bola ao final da partida, o técnico do Cruzeiro, sem qualquer motivação aparente e numa atitude covarde, levantou o cotovelo e atingiu a boca do atacante colombiano Rentería.
No dia seguinte, almoçando com meu colega Jairo, fomos recordados pelo Maurício Salvadori, proprietário do Restaurante Manifesto, que o técnico de hoje era o mesmo que, enquanto jogador do Grêmio em 1987, numa excursão à Europa esteve preso, por acusação de estupro, junto com outros jogadores, a uma menor de 13 anos em Berna, quando esta buscava autógrafos. O Jairo dá significativos detalhes em seu blogue –www.profjairobrasil.blogspot.com – na edição desta semana. A grande interrogação: como uma pessoa que está em cargo de direção técnica de um dos mais importantes clubes brasileiros não se regenera?
No terceiro pingo vou fazer um respingo diferente. A cada dia me surpreendo com a ‘utilidade’ do exímio professor Google. Ser ele um polímata, é sobejamente conhecido. Meus encantamentos são de sua utilidade. Ora direis o que tem isso a ver com o pingo de hoje. Decidi que não ferretear mais o Cuca. Eximo-me aqui de julgamentos. Mas ele tem a ver com o respingar.
Quando o Maurício do Manifesto recordou ao Jairo e a mim o episódio da Suíça tinha uma remota lembrança. Não tinha ideia sequer de ano ou qualquer outra informação. Catalisado pela curiosidade [Ouvi muito em minha infância: ‘menino não seja curioso!’ Hoje recomendo: ‘Seja curioso!’] perguntei ao ‘sabe-tudo’: ~~Cuca Suíça ~~. Recebi dezenas de informações, inclusive direcionamento a sítios do Grêmio, reprodução de revistas da época, até um vídeo do Fantástico de 09AGO1987 “Adolescente, de 14 anos, diz que foi estuprada pelos atletas. Clube garante que fará o que for necessário para inocentá-los”. Repito que não estou fazendo julgamentos (e para ser equânime há chamadas que desmentem o episódio e falam em armação) refiro meu encantamento pelo imenso acesso a material que nos é disponibilizado. Claro que também apareceram tentadoras receitas de cucas suíças.
Os editores de blogues, muito provavelmente deveriam conferir ao Prof. Google o titulo de coeditor,
ou até por justiça, editor associado. Há que convir que os robôs que auxiliam o colega editor são eficientes e rápidos. Já prometo, em dia qualquer, comentar algo de outro competente xará do professor. O dr. Google, médico muito capaz e também de plantão dia e noite.
Na alegria de termos tão fantásticos e prestativos auxiliares, onde o limite entre o humano/não humano se faz quase imperceptível, desejo a cada uma e cada um a melhor sexta-feira. Lemo-nos, talvez, ainda amanhã do Rio de Janeiro.
Caro Chassot,
ResponderExcluirpor aqui, na mesma sala que nos deixaste hoje pela manhã, e atrasado (também pelo inconveniente do Blogger) faço o meu comentário.
Conversando com um amigo meu, entendido em TI, me contou que o Google é o "motor" mais poderoso que se dispõe no mundo digital de hoje. Ele é capaz de penetrar as mais profundas entranhas da internet e buscar os mais antigos registros sobre qualquer assunto. Sabes que até esses inocentes (serão inocentes?) comentários que fazemos nos blogues que seguimos ficam registrados. Quando digitamos o nosso nome completo do Prof. Google, ele elenca tudo aquilo que escrevemos e disponibilizamos na internet. Além de poderos é indiscreto: sabe tudo de nossa vida digital.
Boa estado no Rio e feliz retorno!
Garin
http://norberto-garin.blogspot.com/
Caro Chassot,
ResponderExcluirO "apagão" do Blogger fez os blogueiros meus conhecidos apresentarem um início de pânico. Inclusive eu, por já ter tido um blogue perdido para sempre na blogsfera, senti certa insegurança. De qualquer modo, essa é uma sensação nova que só o universo internetico nos proporciona, portanto, nossos sentimentos receberam um "upgrade" desde ingressamos nessa modalidade de expressão. Abraços e um bom fim de semana, JAIR.
Caríssimo Garin,
ResponderExcluirobrigado pelo assumir de ontem. Lamento minhas perda. Realmente o Google é poderoso. Ontem, com a inoperância do Blogger vi de minha adição. Disse-me: “Controla-te, cara!”
Um abraço partindo para o aeroporto
attico chassot
Meu caro Jair ,
ResponderExcluiresse apagão do blogue gera dois alertas:
1º) um indicador de nossa adição aos blogues(recebi a lição como sinal vermelho);
2º) sem querer ser catastrofista (mas, sendo) em caso de um guerra, por exemplos os Estados unidos não poderia tirar a internet do espaço!
Obrigado pelos teus votos
attico chassot