Porto Alegre Ano 4 # 1453 |
Madrugada com temperatura de 8ºC e vários locais com temperaturas negativas no Rio Grande do Sul. Não foi sem razão que nesta semana que encerra o recesso julino, onde tenho sessões de orientação, tivemos ontem uma noite de lareira. Para hoje se anuncia mais um dia frio, mas com sol.
Ontem contei aqui, que na manhã de domingo em Brasília, com os meus colegas Maurivan Ramos (PUCRS), Aureli Caamaño e Fina Guitart (estes da Universidade de Barcelona) fiz uma jornada mística em dois tempos. No primeiro visitamos o imponente Templo da Boa Vontade – que ainda me envolve e com o qual teci a blogada de ontem – no segundo tempo, visitamos a majestosa Catedral de Brasília, assuntada no comentário de hoje.
Pode haver exagero na chamada de texto que encontrei enquanto buscava algo para aditar ao relato que desejavatecer para contar aos meus leitores o segundo tempo da manhã de domingo: "Brasília's Cathedral – The most beautiful church of modern style in the world.
Mas não há como não se encantar com aquela que é um marco na Arquitetura e Engenharia brasileiras. Realmente é uma estrutura singular e audaz que denota o gênio do seu arquiteto Oscar Niemeyer e o caráter inovador dos expertos do cálculo e construção do Brasil.
Talvez por primeiro devesse fazer um breve contraponto com Templo da LBV, visitado na mesma manhã. São concepções diferentes. Se precisasse apenas um par de adjetivos para uma e outra elegeria: solidez e leveza. Ou deixando esta dupla material, pensando em mentefatos: esotérico (o templo da LBV) e exotérico (a catedral). Talvez, outro óculo veria: aquele, místico e esta religiosa. Claro que são comparações pretensiosas, até porque é aventurar-se a definir obras monumentais com três pares de adjetivos.
A Catedral de Brasília foi construída no período de 1959 a 1970: é uma das obras mais
admiradas do arquiteto Oscar Niemeyer, com uma estrutura inovadora e ousada, que, à época, afirmou a competência e ousadia dos profissionais brasileiros no cenário mundial.
“Niemeyer procurou uma forma compacta e límpida, composta por 16 montantes de concreto que, ao invés de se unirem em teto, arco ou ogiva, convergindo para uma abóbada protetora e invertida, se opõem, ao contrário, num gesto violento de tensão, como o de duas mãos estendidas com os dedos abertos num espasmo de súplica. Outros a comparam com a coroa de espinhos de Cristo na Paixão. Representa algo inteiramente oposto à serenidade ascética do Gótico ou ao contentamento erótico do Barroco”.
Apresenta-se como um volume único, capaz de surgir com a mesma pureza, seja qual for o ângulo de visão, pela planta circular e a estrutura que se lança ao céu em uma série de elementos hiperbólicos. A arquitetura valoriza a forma escultórica, um marco visual reforçado pela escala monumental do sítio onde está implantada e pela homogeneidade do conjunto de edifícios da Esplanada dos Ministérios.
No topo, uma coroa serve de apoio para garantir a amarração e rigidez, permitindo a iluminação pelo alto. O interior da Catedral é todo revestido de mármore, somando, no total, 500 toneladas desse material.
Completando o conjunto, o campanário e o batistério, em forma ovóide. O interior
possui três esculturas de anjos, em duralumínio, suspensas por cabos de aço, no centro da nave. As dimensões das três peças são: 2,22m de comprimento e 100 kg, a menor; 3,40m de comprimento e 200 kg, a média; e 4,25m e 300 kg, a maior. Essas obras foram realizadas com a colaboração do escultor Dante Croce, em 1970. Na foto dois dos anjos que fotografei. Em outra foto, o Aureli me fotografou no mesmo cenário.
Os vitrais são de autoria da artista plástica Marianne Peretti. No total, ocupam uma área de 2.200m2, cada peça tendo 10m de base por 30m de altura, composto por 16 gomos de 140m2 em fibra de vidro nas cores azul, verde e branco.
No interior da Catedral há uma réplica da Pietá de Michelangelo exposta na Basílica de São Pedro em Roma. É a primeira cópia em 500 anos de existência micromilimetricamente igual a original. Chegou à Brasília em 21 de dezembro de 1989. Foi produzida pelo museu do Vaticano autorizado pelo Papa. É feita de mármore em pó e resina. Pesa 600 quilos e tem 1,74m de altura. Levou 3 anos para ser concluída. A estátua foi abençoada pelo Papa João Paulo II em junho de 1989. Estou na foto junto à estátua, fotografado pelo Maurivan. É preciso dizer que a mim sempre comove esse grupo escultórico – Maria com filho morto – seja no original que vi no Vaticano em 1989 ou esta réplica. Há um tempo usava uma imagem da Pietá fazendo o contraponto com foto das barbáries de guerra, onde aparecem as Pietás do século 21.
Inesquecível Chassot,
ResponderExcluirLendo seus comentários,me senti na catedral também e relembrei uma palestra tua acerca das pietás do século 21. A catedral é linda e exuberante, tanto por fora como por dentro.Todos os detalhes foram minunciosamente trabalhados. Ainda não conheço Brasília, mas faço planos de passar minhas férias por lá.
Abraços,
Querida Joélia,
ResponderExcluiré muito acertado tua avaliação acerca da Catedral de Brasília. Tomara que não tardem tuas férias na capital do país e conheças as minhas duas sugestões de ontem e de hoje.
Com sempre continuada estima,
um afago do
attico chassot
Querido professor, que rica esta escrita... encantada!!! Abraços, Vivian
ResponderExcluirQuerido professor, que riqueza de escrita... fiquei encantada!!! Um abraço, Vivian
ResponderExcluirMuito querida Colega Vivian,
ResponderExcluira catedral que é linda se fez autora de um texto que apreciaste. Encanta-me saber-te leitora (e seguidora) deste blogue,
Um afago agradecido
attico chassot
nao sou tua aluna e tenho onze anos, mas gostaria de saber mais sobre ti, pareces simpatico a adoro ler seus comentarios mas o da catedral é até melhor q o wikipedia, kkk~,bejs
ResponderExcluirps a parte que inicia explicando como vc é esta c se vc estivesse contando e no final como se fosse outra pessoa meu caro, p um coordenador esse erro é muito grave e eu parei de cometer na segunda serie entao corrija-o e seja feliz,como é a dinamarca ?