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quarta-feira, 14 de julho de 2010

14.- Florestas tropicais são maiores "máquinas" de absorver CO2

Porto Alegre Ano 4 # 1441

Mais uma manhã fria. Porto Alegre tem temperaturas em torno de 4ºC e em todo o Rio Grande do Sul as temperaturas são de um dígito e em algumas regiões as temperaturas são negativas.

Antes de trazer o que é manchete algo do meu diário de ontem, onde o frio não me afastou de ‘abrir’ a Academia Treinar às 7h. Ao meio dia tive a alegria de almoçar com Jairo, um dos mais presentes comentadores deste blogue. É muito bom, pelo menos uma vez ao mês matarmos saudades de bons tempos de orientação de mestrado.

No começo da noite participei na Capela Mary Sue Brown da Unidade Americano do culto para celebração em memória à vida do Doutor professor Atos Prinz Falkenbach

organizada pela Pastoral Escolar e Universitária do Centro Universitário Metodista, do IPA. Foi uma cerimônia comovente. Os pastores conduziram com muito singeleza o ato, possibilitando aos participantes a manifestação. Eu trouxe um excerto da oração do folheto preparado para a celebração, que me parecia uma síntese da vida que celebrávamos: “Colaborou para um mundo melhor, para que as pessoas sejam tratadas, incluídas, valorizada e amadas.” Reportei-me aquele dia 2 de julho, quando o Prof. José Clovis e o prof. Edgar, embasbacados, faziam a comunicação aos professores que estavam reunidos em seminário de pesquisa. Cada uma e cada um de nós poderiam ser o nome lamentado. Contei quanto me imaginei que mais naturalmente eu poderia ser o anunciado. Soube depois que mais de uma pessoa na recepção da notícia, por homofonia entre Atos e Attico, imaginou que o falecido era eu. Destaquei o quanto a morte do Atos traz frutos de uma maior solidariedade entre os colegas.

A noite com mais de 200 docentes participei da inauguração do Seminário ‘Pedagogia Universitária’ com o painel “Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão no Contexto das Políticas Atuais de Ensino Superior” apresentado pelo coordenador de Pesquisa e Pós-graduação, José Clóvis de Azevedo, pela coordenadora de Graduação, Liciane Rosseto, e pela coordenadora de Extensão e Ação Comunitária, Vera Maciel, e mediado pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação e Extensão e Ação Comunitária, Edgar Zanini Timm. Esta manhã e esta tarde prossegue o Seminário. Na parte da tarde sou responsável por uma das oficinas.

Mas, eis o assunto anunciado na manchete: Bioma responde por um terço da fotossíntese feita no planeta.

As florestas tropicais, como a Amazônia, são as máquinas de fotossíntese mais eficientes do planeta. Um novo estudo internacional mostra que elas absorvem um terço de todo o gás carbônico que é retirado da atmosfera pelas plantas a cada ano.
Pela primeira vez, cientistas calcularam a absorção global de CO2 pela vegetação terrestre: são 123 bilhões de toneladas do gás por ano.
"É o dobro da quantidade de CO2 que os oceanos absorvem", diz Christian Beer, do Instituto Max Planck para Bioquímica, na Alemanha. Ele é coautor do estudo, publicado na revista "Science".
Selvas tropicais respondem por 34% da captura. As savanas, por 26%, apesar de ocuparem o dobro da área.
Um outro estudo, publicado na mesma edição da "Science", mostrou que a temperatura influencia pouco na quantidade de carbono exalado pelas plantas quando elas respiram.
Havia temores de que o aquecimento global pudesse acelerar as taxas de respiração, fazendo com que florestas se convertessem de "ralos" em fontes do gás -agravando mais o problema.
Juntos, esses dados devem ajudar a melhorar os modelos climáticos, que dependem do conhecimento preciso do fluxo de carbono entre plantas, atmosfera, oceanos e fontes humanas do gás.
O trabalho de Beer também ressalta a importância das florestas secundárias na Amazônia como "ralos" para o CO2 em excesso despejado no ar por seres humanos.
Isso porque, apesar de absorverem muito carbono por fotossíntese, as florestas tropicais devolvem outro tanto ao ar quando respiram.
Florestas em regeneração, por outro lado, fixam muito mais carbono do que exalam.
O estudo usou dados de uma rede internacional, a Fluxnet, que reúne centenas de torres que servem como postos de observação pelo mundo, analisando os fluxos de CO2 na vegetação ao redor.
No Brasil há quase uma dezena de torres de fluxo, a maior parte delas instaladas na Amazônia.
"Mas ainda sabemos pouco, por exemplo, sobre pontos de transição abrupta ligados ao clima, como florestas em savanização", diz o biólogo Antonio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. "E ainda existem ambientes pouco mapeados, como pântanos e brejos."

Com votos de uma muito boa quarta-feira. Aos habitantes destas plagas surenhas uma boa curtição do frio. Até amanhã.

2 comentários:

  1. Querido Chassot,
    Espero que a oficina tenha sido brilhante!
    Parabéns para Maria Antonia.

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  2. Muito querida colega Joélia,
    obrigado por mais um querido comentário neste blogue e um convite a uma visitação de matar saudades neste sábado.
    Um afago carinhoso do
    attico chassot

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