Esse blogue é pelo terceiro ano consecutivo publicado de Chapecó, aonde cheguei às 5h, depois de sete horas viajando de ônibus. Esta importante cidade do Oeste de Santa Catarina é considerada a capital brasileira da agroindústria, com cerca de 200 mil habitantes. Está na região Oeste Catarinense, na inserção da bacia hidrográfica do Rio Uruguai, cujo curso define a divisa com o estado do Rio Grande do Sul. Foi fundada em 25 de agosto de 1917. A origem etimológica de seu nome provém do tupi Xapeco, que significa "lugar de onde se avista o caminho da plantação". Em 1943 passou a integrar o recém criado Território do Iguaçu, retornando ao estado de Santa Catarina em 1946, quando o território federal foi extinto pela nova constituição. Quando se fala em um novo estado do Iguaçu, Chapecó disputa ser a capital.
Estou aqui para duas palestras para professoras e professores a convite do Prof. José Alexandre de Toni, Diretor da Área de Ciências Exatas e Ambientais da UNOCHAPECÓ. A Universidade Comunitária Regional de Chapecó conta com mais de 8 mil alunos matriculados em 37 cursos de graduação, 40 cursos de especialização e 02 mestrados.
Retorno está noite, a partir das 23 h. Devo chegar à Porto Alegre às 6h. Às 12 h sigo para Brasília participar do XV Encontro de Debates de Ensino de Química.
Na tarde de ontem assisti no Centro Universitário Metodista - IPA a um Seminário sobre produção de revistas científicas institucionais. A palestra da Profª Dr. Sueli Ferreira, da USP me fez viajar. Sonhei/sonhamos com uma ‘Nova Alexandria. Agora a palavra chave é ‘interoperabilidade’. Todos nós somos desafiados a alimentar essa nova mega-biblioteca com nossas produções.
Não há como não viajar para a biblioteca de Alexandria – fundada por Ptolomeu I, chamado Soter (o Protetor) em 288 a.C –, foi organizada sob decisiva influência de Aristóteles, tendo como modelo o clássico gymnasium. O bibliotecário encarregado de sua direção era escolhido diretamente pelo rei a partir de uma lista de nomes proeminentes nas artes, ciências, Filosofia e Literatura e era um dos postos mais altos e honoríficos do reino. O primeiro bibliotecário foi Demétrio de Falera.
A Biblioteca possuía 10 grandes salas de investigação e leitura, vários jardins, horto,
zoológico, salas de dissecações e observatório astronômico. Era formada por dois edifícios o bruchium e o serapium (Serapis era o deus da fertilidade), nos quais se encontravam estantes, com nichos para guardar os papiros. Há informações de que chegou a reunir 700 mil rolos de papiro, o que equivaleria a aproximadamente a 100-125 mil livros impressos de hoje. Havia no corpo da Biblioteca habitações ocupadas por escribas que copiavam caprichosamente os manuscritos, cobrando segundo o número de linhas produzidas a cada dia. O trabalho dos copistas era então muito valorizado e havia aqueles especializados em línguas das mais distantes regiões da Terra. Ptolomeu III Eugertes (o Benfeitor), em função de necessidades de espaço, construiu uma segunda biblioteca, chamada a Biblioteca Filha, no templo de Serapis.
Os faraós Ptolomeus tiveram sempre especial atenção em enriquecer a Biblioteca, adquirindo trabalhos originais e valiosas coleções através de compras ou de cópias. Cada navio que atracava no porto de Alexandria era pesquisado e se fosse encontrado um livro, este era levado à Biblioteca para ser copiado, sendo que a cópia retornava ao proprietário, sendo seu nome inscrito em um registro, como proprietário do original, que permanecia na Biblioteca. O mesmo ocorria com qualquer viajante que chegasse à Biblioteca com manuscritos originais.
Depois de viajar para aquela Biblioteca que já está distante mais de 1,5 milênio,
regrido apenas um pouco e vou àquela que tive o privilégio de visitar em 23 de abril de 2002– dia internacional do livro. Afortunadamente a inauguração prevista para aquele dia, por problemas de conflitos no Oriente Médio, foi transferida para outubro do mesmo ano. Então, eu era um visitante quase solitário no magnífico prédio.
Não é fácil fazer uma descrição do imponente complexo arquitetônico, que tem uma área total de 84.405 m2. Destes são exclusivos para a biblioteca quase 37 mil m2; os demais se destinam a Centro Cultural, Museu de Ciências, Museu Arqueológico e Museu de Manuscritos – com mais oito mil documentos de grande valor –, laboratórios de restauração, um moderno Planetário construído pela França e outros serviços técnicos. Há uma grande sala de leitura, com cerca de 20 mil m2 distribuídos em 11 pavimentos de 33 m de altura, destes sete ao ar livre e quatro subterrâneos, todos dotados de ar condicionado e de uma alta tecnologia quanto à informática. Nesses 11 pavimentos, o acervo bibliográfico (hoje com 200 mil livros, mas com capacidade para 8 milhões) está distribuído por temas em função da classificação internacional. Cerca de 2 mil leitores podem usar simultaneamente as salas. Também é possível consultas pela internet (Para conhecer detalhes construtivos da Biblioteca atual visite www.bibalex.gov.eg).
E, então, em meio à criativa palestra da Professora Sueli me assalta uma preocupação. Lembrei dos tempos de futebol de moleque. Quando o piá, dono da bola, por não ter a posição no time que desejava, colocava a bola embaixo do braço e... terminava com o jogo. Não quero ser catastrofista; mas se a potencia dona da internet, resolver não mais brincar e...retirar a internet.
Chega de fazer hipótese de catástrofe. Sonhemos algo bom. Por exemplo, que todos tenhamos uma excelente terça-feira. Amanhã nos lemos em Porto Alegre. Até lá.
Querido Attico estoy preocupada porque no recibo respuesta tuya ni de Gelsa, ¿está todo bien?, besos, Esther Díaz
ResponderExcluirDeus do céu!
ResponderExcluirSem internet?!
o.0
O senhor quer me infartar, né?!
Rsssss!
O pior é que é algo que pode sim acontecer..
Mas sabe aquelas coisas que preferimos não pensar?!Estou nessa!
Já me sinto tão dependente dela que não consigo me ver sem.
Ótima terça ao senhor também, Professor.
Muy amable Esther,
ResponderExcluires justa tu preocupación. Discúlpame. He recibido tu tan atencioso mensaje, ayer a la noche casi saliendo de viaje. Estoy a te escribir no muy distante de la frontera de Santa Catarina con Argentina. Tu mensaje no merecería una respuesta breve. Por tal he dejado para responderte de acá. Mi respuesta es un sonoro: iSI!. Todavía en otro coreo te hago algo un poco distinto acerca de la temática de mi charla. Estoy muy feliz por podernos reeditar en Buenos Aires algo de los peripatéticos post-modernos del inicio de mayo en las tierras de Rio Grande del Sur.
Con muy expectativa y gracias por la invitación
attico chassot
Muito querida Thaiza,
ResponderExcluirpelo menos trouxe um mote catastrófica pra um conto de ficção: “O dia eue os estadunidenses resolveram não mais brincar de internet’.
Um afago contente por amanhã estar no ENEQ,
querido professor;
ResponderExcluirmais uma vez ratifico minha admiração por voce e sua história de vida.
GRANDE ABRAÇO E ATÉ QUALQUER DIA
CARLOS EDUARDO - UNOCHAPECÓ
Muito querido Carlos Eduardo,
ResponderExcluirteu comentário ta afetuoso me como.
Muito obrigado.
attico chassot