Porto Alegre Ano 4 # 1263 |
A uma blogada dominical cabe evocar o sábado. Isso é muito oportuno quando o dia transcorreu em um melífluo
avonar. Vivemos intensamente com o Antônio e a Maria Clara. Primeiro com ele fomos à casa do Clarissa e do Carlos buscar a Maria Clara. A alegria manifesta com a aproximação do encontro que já vinha curtindo desde ontem era indizível. Também a vibração da Maria Clara quando de nossa chegada foi muito linda. Primeiro fomos a um restaurante com os dois (foto 1 ) onde os dois portaram-se
com elegância. Após os dois curtiram muito um espaço de recreação junto ao restaurante onde a uma mini-cozinha (foto 2), supermercado, sala de desenhos (foto 3) e sala de
computadores. Foi bom encontramos nesse espaço uma ex-aluna do curso de Pedagogia da Unisinos, que competência orientava as crianças. Fomos depois a sessão infantil da Livraria Cultura onde aos dois se encantaram na consulta aos livros (foto 4), Já
passava das 16 quando retornamos a Morada dos Afagos onde o plano era que os dois dormissem, mas isso não aconteceu. Continuaram a divertir-se. Quando o Gabriel veio buscar o Antonio a Maria Clara com desvelo disse. “Antonio, me dá o teu pezinho para eu colocar a sandália!’. Parece que meu relato e as fotos permite inferir que tivemos gostosos momentos nessa sábado, onde ao entardecer o calor foi abrandado por generosa chuva. Ainda um comentário lateral: Não é trivial estar um restaurante, com comida farta, quanto o imaginário está povoado de dolorosas cenas daquele que é considerado o maior desastre da história da ONU,
Para adentrar no tema dominical evoco o final da terceira estrofe do 1º canto de Camões, nos Lusíadas considerado o maior épico da língua portuguesa: Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. Quando minha produção é pobre, escolho valores maiores. Meus leitores são testemunha que sou parcimonioso na trazida aqui de textos de terceiros. Se nesses dias me excedo, vou achar desculpas tais como assoberbamentos da última semana pré-férias.
Todavia essa desculpa é barata para justificar hoje, mais uma vez o oferecimento de um texto de uma das mais assíduas comentaristas deste blogue, uma das quatro leitores que ganhou o prêmio com um texto sem a letra A. Matilde Kalil, uma psicóloga equatoriana, que se envolve com pesquisa acerca do fortalecimento de marcas, publica uma reflexão semanal na página da empresa que dirige www.q-analysis.com. Ela já nos brindou 22 de novembro passado com Lilith y Eva.
Em seu último texto Matilde Kalil faz central a figura de Angelina Jolie (Los Angeles, 4 de junho de 1975) vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2000, conhecida principalmente pela suas atuações em diversos filmes como Sr. e Sra. Smith, quando contracenou ao lado de seu (mais tarde) marido, o ator Brad Pitt. Em junho de 2009, a revista Forbes colocou Angelina Jolie no 1º lugar da sua lista 100 Celebridades mais poderosas do mundo, destronando assim a anterior líder Oprah Winfrey.
Assim, aqui está um convite para conhecermos Angelina Jolie y St. John: Cuando el rostro pesa más que la marca
Em setembro de 2005 a mídia californiana anunciou que a super-estrela de Hollywood Angelina Jolie se tornara a modelo mais bem paga ao se converter no novo ícone da marca da St. John e conseguir um contrato de US$ 12 milhões.
A St. John é uma empresa estadunidense de moda exclusiva que vende roupas de alto luxo, com uma tradição desde 1962. Está posicionada em um estrato muito elevado, contando entre seus clientes nomes como Condoleezza Rice e Hillary Clinton.
Angelina reúne a elegância e sofisticação que requer a imagem da marca. A estratégia da empresa ao contratá-la representava uma tentativa de mudar a imagem da marca, apelando para uma geração mais jovem e, assim, aumentar as vendas, dada a sua popularidade. A empresa utilizou no passado figuras como Leonardo Di Caprio.
Em 2007 circulavam rumores sobre uma possível ruptura entre Angelina com a imagem da St. John, o que foi negado então.
No entanto, a notícia desta semana mais uma vez chamou a atenção para os marqueteiros: a St. John acaba de lançar uma nova campanha publicitária para a Primavera de 2010, estrelada pela modelo britânica Karen Elson.
A notável ausência foi Angelina Jolie. A St. John decidiu retirar da sua campanha publicitária Jolie, que deixará de ser sua porta-voz porque ela é muito famosa e "eclipsou a marca", como expressou o diretor executivo da empresa, Glenn McMahon.
Embora em votação on-line Angelina Jolie vs Karen Elson dê um favorecimento de dois para um em favor de Angelina, a decisão da empresa se fundamenta no desejo de recuperar a importância de sua marca frente de pessoas que funcionam como imagens públicas. Uma mensagem que tentam transmitir e uma visão moderna da St. John como a marca está evoluindo.
Para determinadas mídias, a decisão da St. John se deve também que um grupo de consumidores da marca não consegue se identificar Angelina, e não se "conecta" com ela; e essa falta de empatia, juntamente com o borramento que ocorre na imagem da empresa, seriam os motivos da substituição.
Desejando que o domingo seja muito bom, adito o convite de lermos amanhã aqui, depois de vermos que ser famosa (ou linda) de mais também pode trazer prejuízos.
Mestre Chassot, o texto da Matilde, acredito eu, faz com que pensemos mais sobre os padrões de estética e o pesoque isso tem no mundo atual. Em um mundo pós-moderno, onde informação é poder, a "imagem-informação" de Angelina Jolie acaba sendo muito mais forte do que a "marca-informação" que ela representava. Nesse jogo de informações conflitantes, mas que deveriam ser complementares, vemos que a "marca-informação" acaba tendo uma força maior, uma vez que cabia a ela manter ou anulara vinculação entre as duas informações oferecidas. Pena que o discurso originado não agradou.
ResponderExcluirParabéns pelo texto, Matilde.
ótimo dia.
Meu muito apreciado comentarista Marcos,
ResponderExcluiro paradoxo do texto da Matilde está no fato de Angelina Jolie aperfeiçoar mais aquilo pelo qual ela foi contratada (beleza e fama). Aliás, se ela diminuísse esses atributos teria o mesmo fim: perderia o contrato com a St. Johan. As grandes marcas não podem ser obliteradas. Essa é uma exigência.
As marcas querem apropriar-se de certas características (através) de seus ícones. É apenas uma apropriação simbólica, fantasmagórica, porque quando uma cliente compra um traje St. John ela não adquire nem a beleza, nem o estilo, nem a elegância de Angelina Jolie. Todavia gera na consumidora a ideia que 'poderia ser' como ela (e talvez até ganhar em sua vida um Brad Pitt, que tal?).
Faço cópia de teu comentário à autora do texto para que receba tua parabenização.
Um bom saldo de domingo ainda nos braços da vitória alcançada na sexta-feira,
attico chassot