ANO
8 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2544
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Esta
quarta-feira se anuncia gélida e úmida. Há previsão de neve para algumas
regiões do Rio Grande do Sul. Uma vez mais, há uma dissonância — algo bastante comum
— nos calendários planetário (este diz ser primavera) e o meteorológico (que reedita
dias invernosos). Esta semana, ao iniciar minhas aulas, constrangi-me no
formular votos de ‘feliz primavera’ aos meus estudantes.
Mas não é fugar
do frio que me faz voar esta manhã cerca de 4,5 mil quilômetros. Deixo Porto
Alegre às 6h30min e às 12h (= 13h BSB) devo estar chegando em Manaus, já com
atividades previstas para a parte da tarde. Amanhã pela manhã tenho uma fala na
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a tarde na Universidade do Estado do
Amazonas. Deixo Manaus na tarde de sexta-feira. O relógio já terá avançado no
sábado quando chegar a Porto Alegre.
A edição deste
blogue de 4 de setembro foi apoiada no livro que está sendo lançado na Inglaterra
The 20 big questions in Science, anunciado
pelo The Guardian# de Londres.
Permito-me
trazer, uma vez mais as vinte questões apresentadas novo livro que são
realmente instigantes:
1 De que é feito o universo?
2 Como a vida começou?
3 Será que estamos sozinhos no universo?
4 O que nos torna humanos?
5 O que é a consciência?
6 Por que sonhamos?
7 Porque existem coisas?
8 Existem outros universos?
9 Onde é que vamos colocar todo o
(dióxido de) carbono?
10 Como é que vamos conseguir mais
energia do sol?
11 O que há de tão estranho sobre números
primos?
12 Como é que vamos vencer as bactérias?
13 Podemos ter computadores cada vez mais
rápidos?
14 Será que algum dia se poderá curar o
câncer?
15 Quando poderei ter um robô como
mordomo?
16 O que há no fundo do oceano?
17 O que há no buraco negro?
18 Podemos viver para sempre?
19 Como é que vamos resolver o problema
da população?
20 É possível viajar no tempo?
Destas
questões já trouxe especulações acerca de duas: a número 18, na referida edição
de 4 de setembro. No dia 6, se comentou aqui acerca dos estranhos números
primos.
Nesta
segunda-feira, recordamos 74 anos da morte de quem lançou algumas pistas a
respostas da pergunta número seis: Por que sonhamos? E em homenagem a
Sigmund Freud, um dos homens mais importantes de nosso século 20, falecido a 23
de setembro de 1939, trago o comentário (em tradução livre) e ‘simplificada’ do
The Guardian a referida pergunta:
Passamos cerca
de um terço de nossas vidas dormindo. Considerando quanto tempo fazemos isto, poderia
se pensar que nós sabemos tudo sobre o sono (e os sonhos). Mas os cientistas
ainda estão à procura de uma explicação completa do porquê nós dormimos e
sonhamos. Os adeptos dos pontos de vista [de uma primeira interpretação] de
Sigmund Freud acreditavam que os sonhos eram expressões de desejos
insatisfeitos — muitas vezes sexual — enquanto outros se perguntam se os sonhos
não são nada mais que emissões aleatórias de um cérebro dormindo. Os estudos em
animais e os avanços nas imagens cerebrais nos levaram a um entendimento mais
complexo: sugere-se que sonhando poderíamos ativar ações na memória, como o
aprendizado e as emoções. Os ratos, por exemplo, parecem capazes de reproduzir em
vigília sonhos, onde realizam experimentos que os ajuda a resolver tarefas
complexas, como navegar labirintos.
Há muitas explicações
para buscar para desvendar o nosso sonhar.
Como bem exemplifica um comercial inteligentemente veiculado na mídia, "O mundo é movido por perguntas, e não por respostas"
ResponderExcluirAbraços
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirChassot,
ResponderExcluirContrário ao meu costume, quero fazer um comentário usando trechos do excelente livro “O umbigo de Adão” de Martin Gardner. “Há muito a reputação de Freud como cientista está definhando. ”A uma pergunta da revista Time em 1993, “Freud está morto?”, Paul Gray responde “Sim” e afirma que psiquiatras, filósofos e críticos hoje o consideram “O charlatão de Viena”. O escritor Vladimir Nabokov já o chamava assim quando Freud ainda vivia.
Freud considerava “A interpretação dos sonhos” sua obra máxima, mas hoje há consenso que ele era uma pessoa perturbada que via sexo em tudo em virtude da repressiva educação que sofreu e do ambiente que vivia.
“Esperava-se que Freud simplesmente admitisse que os sonhos podem refletir medos e também desejos, mas não – ele passou a vida lutando para descobrir maneiras de ver sonhos desagradáveis como realizações de desejos secretos”. Em outras palavras, Freud passou a vida procurando pelo em ovo – provavelmente pelos púbicos, já que absolutamente tudo se resumia em sexo para ele.
O ganhador de Prêmio Nobel em biologia, Peter Medawar, assim se referiu a Freud e sua obra: “Os psicanalistas continuarão a perpetrar assombrosos equívocos enquanto perseverarem em sua impudente convicção intelectualmente estropiante de gozar ‘privilegiado acesso à verdade’ “.
O escritor Tom Wolf: “O freudismo finalmente foi enterrado pelo stablishment acadêmico nos anos 1970. Por volta de 1979 a psicologia freudiana era tratada apenas como interessante nota histórica”. “A ‘neurose’, conceito central da patologia freudiana, é hoje considerada um historicismo risível na mesma ordem da ‘melancolia’ ou do ‘fleumatismo’ . O próprio Freud é considerado um charlatão excepcionalmente desprovido de senso de humor". Ademais, hoje a ciência está tendendo a provar que dormimos apenas para sonhar.
Abraços, JAIR.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirProjeções sexuais os sonhos são
Afirmava psicanalista charlatão
Freud, o perturbado
Estava equivocado
Sonhos saudáveis todos sonharão.
Mestre Chassot: velho ditado "sonhar não custa nada,não paga imposto".Olha que interessante, hoje quando acordei comentei aqui em casa que tinha sonhado.e no meu sonho recebia uma quantia de R$ 16.000.00, dizem que sonhar com dinheiro é felicidade no campo afetivo,sorte no jogo grande fase de bonança.Bom né mestre! segundo Freud, nós somos o que sonhamos,se é prá sonhar vamos sonhar grande. Um abraço Ley.
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