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domingo, 23 de outubro de 2011

23.- Uma sugestão dominical: 8ª Bienal Mercosul

Ano 6

PORTO ALEGRE

Edição 1907

Falar deste sábado, após três dias de 31º EDEQ em Rio Grande sabe a cansaço, menos pelas atividades, mas pelo retorno de ónibus que teve a viagem aumentada em tempo. Era 01h quando cheguei à rodoviária de Porto Alegre indormido.

Pela manhã fomos assistir a Maria Antônia apresenta sua pesquisa acerca de bullying. Foi gratificante termos ao Monteiro Lobato.

Ao por do sol estávamos num dos locais mais apropriados para dar ‘um até amanhã’ ao astro-rei: um dos armazéns do cais do porto.

Dedicamos quase duas horas ao A-5 para assistir instalações que fazem parte das ‘Geopoéticas’ que o curador geral da 8ª Bienal do Mercosul, José rova descreve assim:

A mostra central no Cais do Porto examina a criação de entidades transterritoriais e supraestatais que colocam em jogo a noção de nacionalidade. Essas construções político-econômicas contrastam com as noções de Nação estabelecidas há séculos na conformação dos países americanos após as lutas por independência. A exposição explora diferentes aspectos das ideias de Estado e Nação, suas retóricas visuais (mapas, bandeiras, escudos, hinos, passaportes, exércitos) e suas estratégias de autoafirmação e consolidação de identidade.

A ideia de cidadania está baseada etimologicamente nas noções romanas de civitas e urbanitas. Que tipo de cultura de pertencimento se dá em situações não urbanas? Onde reside a nacionalidade quando se carece de território físico? Algumas obras consideram o território rural como uma possibilidade para a utopia e o isolamento como uma condição positiva; outras analisam diversas estratégias de sustentabilidade e de coesão na ausência de território. Algumas dessas construções nacionais – que, em certos casos, possuem território mas carecem de autonomia política – estarão representadas no interior da exposição em “pavilhões” que denominamos ZAP – Zonas de Autonomia Poética.

Desde o mapa invertido de Torres García,a arte tem visitado a disciplina cartográfica para produzir mapas ativistas que não estão a serviço da dominação. A cartografia é um tema recorrente na prática curatorial recente, de modo que se torna inevitável quando se fala de território, pois nela confluem geografia, ideologia e política. A exposição reúne diversas formas de medir e representar o mundo, incluindo artistas que usam mapas para promover a mudança social, psicogeografias, rotas de derivas, mapas afetivos e diversas representações do mundo que contradizem as cartografias convencionais.

Com uma sugestão formulada, para aquelas e aqueles que moram em Porto Alegre. A todo o melhor domingo.

6 comentários:

  1. Caro Chassot,

    este ano ainda não fui visitar a exposição. É uma bienal que já está consolidada e traz um conceito diferente de exposição. Obrigado pela sugestão.

    Desejo-te um bom domingo!

    Garin

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  2. Bom dia professor,
    Obrigado pela dica.
    Semana que vem, eu irei com alguns alunos para a bienal e feira do livro. COmo não conseguimos "guias" terei que estudar um pouco e dar uma "orientação aos pupilos"...
    E do seu blog já tiro boas informações.
    Valeu e bom domingo

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  3. Ave Chassot,

    boa sugestão. Meus alunos visitaram na semana passada e gostaram bastante.
    Vale conferir a exposição do Torres García no Iberê Camargo também. Está muito boa.

    Abraço,
    Güy

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  4. Muito estimado colega Garin,
    tomara que nestas próximas três semanas a tua agenda comporte espaços para a 8ª Bienal. O Cais do Porto (A-5) e o Santander estão imperdíveis.
    Um bom saldo de domingo,
    attico chassot

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  5. Meu caro Edmar,
    que visita gostosa. Se fores ao A-5 do Cais do Porto procura o monitor Gutiérez (Guti). Ele é excelente. Neste armazém há algumas instalações que hão de encantar a ti e a teus alunos.
    Agradecido por voltares (como comentarista) a este blogue.
    Uma muito boa semana para despedir outubro,

    attico chassot

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  6. Muito estimado colega e amigo Güy,
    realmente a Bienal está imperdível. Aguardo a minha terceira vez. A primeira foi no Santander e a segunda no A-5
    Conheci a obra de Torres Garcia em Montevidéu. Desde então virei mapas.
    Uma boa semana,

    attico chassot

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