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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

22. Patrimônio intangível

22. Patrimônio intangível

Porto Alegre Ano 5 # 1571

Pois está começando a última semana inteira de novembro. A próxima segunda-feira será antevéspera de dezembro. O comércio já esta em ritmo de natal, com papais-noéis cujas risadas mais parecem arrotos.

Uma madrugada quente: mesmos que ditos meteorologistas, que nos brindam com previsões do tempo nas emissora de rádio, onde poderiam dispensar alguns comentários, digam dia de tempo bom, este não é, enquanto se prolonga a estiagem.

Esta minha segunda-feira deverá terminar em Cuiabá: o centro geodésico da América do Sul, nas coordenadas 15°35'56",80 de latitude sul e 56°06'05",55 de longitude oeste. Vou à capital de Mato Grosso para participar da 18ª edição do Seminário de Educação – SEMEDU 2010 – que começou na noite de ontem. Tenho uma fala no evento na manhã de quarta-feira, sendo que amanhã pela manhã, aproveitando minha estada na UFMT falo no Instituto de Química.

Esta tarde, logo depois de uma atividade de orientação e de aula na Universidade do Adulto Maior vou ao aeroporto para em dois voos: Porto Alegre/São Paulo Congonhas/Cuiabá, chegar a cidade conhecida por alguns como a mais quente do Brasil. Esta é minha penúltima viagem deste ano: no próximo sábado, viajo a Boa Vista em Roraima.

Para a blogada de hoje trago algo acerca de Patrimônio Cultural Intangível ou Patrimônio Cultural Imaterial. Este compreende as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus descendentes.

Apesar de tentar manter um senso de identidade e continuidade, este patrimônio é particularmente vulnerável uma vez que está em constante mutação e multiplicação de seus portadores. Por esta razão, a comunidade internacional adotou a Convenção para a Salvaguarda.

O assunto é pautado a partir de notícia em jornal da última sexta-feira: A acupuntura chinesa, o flamenco espanhol, a arte de domar falcões na Mongólia e a de produzir biscoitos de gengibre no norte da Croácia, além de outras 43 atividades tradicionais, ganharam nesta semana o status de patrimônio da humanidade da Unesco.


Desde a última quarta-feira, integram um seleto grupo de 232 monumentos "intangíveis" – ou seja, feitos não de pedra ou ferro, mas resultado de anos de transmissão de pai para filho.
Para fazer parte dessa seleção anual, os organizadores consideram as tradições culturais que contribuem para manter viva a história de um povo.

O Brasil, dessa vez, ficou de fora. Nenhum símbolo da nossa cultura foi escolhido.
No caso do flamenco, nascido na região de Andaluzia, no sudeste espanhol, a justificativa para a honraria é a de ser "uma dança apaixonante e conhecida por envolver todos os sentimentos humanos, da tristeza à alegria". Também estão lá manifestações gastronômicas como a "dieta mediterrânea", encontrada em países como Espanha, Grécia e Itália. São pratos feitos com azeitona, cereais, frutas frescas e vegetais, além da presença de uma quantidade moderada de peixe, acompanhados de um copo de vinho.

Há rituais exóticos, como a "procissão pulante" de Echternach (Luxemburgo), tradição milenar em que moradores percorrem as ruas saltitando ao som de uma banda. Outra manifestação agraciada, as "torres humanas", chamam a atenção nos festivais da Catalunha. São andares de pessoas, umas em cima das outras. Os de cima se equilibram nos ombros dos de baixo. Para evitar que tudo vá ao chão, os mais fortes ficam na base. A tradicional medicina chinesa, representada pelo milenar método da acupuntura, também está presente.

Adito a notícia: Em São João del-Rei, Minas Gerais, um exemplo de patrimônio cultural imaterial é o modo de tocar dos sinos, cuja "linguagem" é peculiar meio de comunicação e está sendo objeto de registro pelo IPHAN. Em Minas Gerais, por exemplo, a técnica artesanal de se de fazer o queijo minas (Queijo do Serro, especialmente) é importante registro de patrimônio intangível. Em Pirenópolis, Goiás, outro exemplo de patrimônio imaterial é a Festa do Divino de Pirenópolis, criada em 1819 e festejada até hoje. É na Festa do Divino que são apresentadas as Cavalhadas, represeentação da luta entre mouros e cristãos na Idade Média.

Uma boa segunda-feira e votos de uma produtiva semana. Um convite para nos lermos amanhã desde Cuiabá. Antecipo agradecimento pela companhia de cada uma e cada um de meus leitores.




2 comentários:

  1. Mestre Chassot,
    Seu blog é genial, pessoas como o senhor é que mantém as luzes do mundo acessas.
    Forte Abraço, Harrison

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  2. Muito estimado Harrison,
    os mistérios dos encontros são insondáveis.
    Foi bom o acaso ter-nos juntado no voo de ontem.
    Obrigado por teu tão gostoso comentário. O referi na blogada de hoje.
    Com admiração

    attico chassot

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