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O fim de semana de descanso se reduz a esse domingo em que comemoraremos o aniversário da Silvia, irmã da Gelsa. Antes vamos receber o médico Marlo Libel, um amigo que há muito trabalha na Organização Pan-Americana da Saúde em Washington.O meu sábado foi ainda em Florianópolis nas atividades que contei ontem aqui. Pela manhã assisti trabalhos dos estudantes das Licenciaturas dos campi de São José, Araranguá e Jaraguá do Sul do Instituto Federal de Santa Catarina IF-SC. Ao final coube-me uma fala. Na parte da tarde com a Profa. Dra. Ivanilda Higa da UFPR fazer considerações de avaliação acerca do I Seminário de Socialização, Avaliação e Planejamento das Práticas Pedagógicas na Licenciatura em Ciências da Natureza.
Antecedi minha fala com um agradecimento a fidalguia que fui alvo nos dois dias. Destaquei particularmente o envolvimento de muitos em buscar a solução ao problema surgido quanto meu notebook deixou de acessar o sistema operacional. Desde a manhã ficar sem computador complicou alguns de meus planos, só retomados em Porto Alegre. Por tal tive problemas na editoração desejada desta edição, como colocação das ilustrações nos locais desejados.
Neste blogada, por primeiro queria oferecer aos meus leitores um rescaldo da semana COP-15 aqui. Depois, na mesma dimensão contar algo de nossa comemoração natalina que tem como proposta um ‘abandono ao consumismo’.
Na segunda-feira me servi de análise do editor de Ciência da Folha de S. Paulo e entre nominar Copenhague de "Flopenhague" (de "flop", ou fiasco, em inglês) ou preferem "Hopenhague (de "hope", esperança) aderi à ‘Capital da esperança’. Na terça-feira o editorial, publicado no dia anterior por 56 jornais de 44 países. Na quarta-feira a blogada esteve centrada em 10 perguntas e respostas para entender a COP-15. No dia seguinte, quando estava em Santa Maria envolvido em discussões acadêmicas, mostrei o quanto as preocupações com o aumento da produção de gases que podem comprometer o Planeta é desestimulada por alguns. Na sexta-feira tendo como chamada ‘Se esquentar muito, o clima pode endoidar’ trouxe artigo de Marcelo Leite comentando o aumento da produção dos gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). Ontem, na mesma dimensão da semana, a dica de leitura foi a (re)apresentação do livro Ética ambiental.
A realização da COP-15 ao lado das ações macro (de nações, de mega-empresas) tem levado a ações individuais. Certamente temos em nossas reflexões as recomendações de Sir James Lovelock, que já nonagenário nos alerta que "Temos que ter em mente o assustador ritmo da mudança e nos darmos conta de quão pouco tempo resta para agir, e então cada comunidade e nação deve achar o melhor uso dos recursos que possui para sustentar a civilização o máximo de tempo que puderem" (fonte: http://www.ecolo.org/lovelock).
Essa recomendação ecoou no nosso grupo familiar. A sugestão primeira foi trazida pela Ana Lúcia, a qual eu resisti no início. Fui vencido pelo entusiasmo da Júlia. Seremos na nossa celebração do dia 24, vinte e uma pessoas. Isso significaria em tese, cada um presentear 20 pessoas isso é envolveria cerca de quatrocentos presentes. Adotamos, atendendo a propostas de alguns, acatadas pela maioria, o clássico amigo secreto. Assim os quatrocentos presentes serão reduzidos a 21, com um valor de entorno de 30 reais.
A Julia desde Paris modera um grupo criado em www.amigosecreto.com.br/ [A indicação deste sítio é trazida como sugestão] no qual se trocam bilhetinhos, que podem ser enviado inclusive de maneira secreta. Lateralmente vale relatar algo gostoso: a Júlia e o Benjamin estarão conosco nas festas de fim de ano.
Penso que se possa dizer que é muito pouco o que estamos fazendo. Há uma fábula, que se diz utilizada por Betinho como metáfora de solidariedade, que vale ser lembrada nesse domingo.
Diz a lenda que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, aves e insetos. Certo dia uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores. Os animais assustados diante da terrível ameaça de morrerem queimados, fugiam o mais rápido que podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como uma flecha indo veloz em direção ao foco do incêndio e dava um vôo quase rasante por uma das labaredas, em seguida voltava ligeiro em direção a um pequeno lago que ficava no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro, ele chamou a atenção de um elefante, que com suas orelhas imensas ouviu suas idas e vindas pelo caminho, e curioso para saber porquê o pequenino não procurava também afastar-se do perigo como todos os outros animais, pediu-lhe gentilmente que o escutasse, ao que ele prontamente atendeu, pairando no ar a pequena distância do gigantesco curioso.
– Meu amiguinho, notei que tem voado várias vezes ao local do incêndio, não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante?
– Tem razão senhor elefante, há mesmo um grande perigo em meio aquelas chamas, mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada vôo que fizer do lago até lá, estarei fazendo a minha parte para evitar que nossa mãe floresta seja destruída.
Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas.
Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia vitorioso dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se ao lago formando um imenso exército de combate ao fogo.
Quando a noite chegou, os animais da floresta exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas brasas e chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que duramente protegeram e contemplaram um luar como nunca antes haviam notado.
Conhecer, tomar consciência do problema é o primeiro passo para buscar uma solução.O que cada uma e cada um de nós pode fazer desde nossos lugares de atuação? De que maneira poderemos contribuir?
Votos de um muito bom domingo, marcado pelo desejo de deixar um Planeta habitável para os filhos de nossos filhos. Que o dia também seja marcado por realimentar baterias para vivermos a última semana completa, dita útil, de 2009. Até segunda-feira!
Muy querido Profesor Chassot, ¡Preciosa la fábula sobre el pequeño picaflor! Pienso que tiene toda la razón en remecer nuestra conciencia sobre cómo/qué podemos hacer para contribuir a mejorar la salud del planeta. Nos cabe a todos esta tarea. Aunque sean acciones pequeñas, dando pequeños pasos ~sostenidamente~ se llega igual lejos. Este año (también concientizados por los apagones de luz) decidimos no colocar luces en el árbol de Navidad ni encender ningún adorno que las tuviere, cambiamos focos tradicionales por focos ahorradores, abrimos la refrigeradora la menor cantidad de veces posible. Voy a "correr la voz" sobre la magnífica idea del amigo secreto: hay que parar estos gestos consumistas que innecesariamente desgastan. Lo importante de la Navidad se pierde en ellos. Que tenga un lindo domingo,
ResponderExcluirMestre Chassot, á fábula do beija-flor é algo que, recorrentemente, é utilizado para retratar a força de vontade. Ao meu ver, é uma metáfora simples, simbolizando que mesmo as mais pequenas criaturas podem ter uma força de vontade descomunal. É o caso do nosso heróico beija-flor. Tão bom seria se, assim como nessa fábula, todos resolvessem fazer a sua parte para eliminar o risco de aquecimento no nosso planeta. Mesmo que isso seja uma utopia, pelo menos, felizmente, existem entre nós os audazes beija-flores, que não se intimidam.
ResponderExcluirÓtimo dia.
Meu caro Marcos,
ResponderExcluirprimeiro vibro que esse comentário seja o primeiro postado com o notebook restabelecido. Mesmo sendo domingos Clarissa & Carlos / filha e genro queridos envidaram esforços com sua ‘Oficina do Notebook’ para que logo pudesse ter meu feitor de volta. Alegra-me que tenhas feito uma pertinente leitura da lenda do beija-flor.
Um bom saldo de domingo
attico chassot
Muy estimada Matilde,
ResponderExcluiruna de los nove lectores ecuatorianos que han honrado ese ‘nuevo’ blog. Me he encantado que se ha tomada como preciosa la fábula del pequeño ‘picaflor’ [lateralmente gracias por aumentar mi alfabetización en castellano, pues ignoraba el nombre de uno de los pajaritos que más me encanta]. Bien puedo imaginar cuanto para los guayaquileños con las restricciones de energía recién vividas han determinado nuevas maneras de celebrar la Navidad. Alégrame su intención de diseminar entre los suyos las propuestas de ‘amigo secreto’ para borrar un poco los rasgos consumistas.
Que tenga una muy fructuosa última semana útil de 2009 y por con anticipación mis mejores deseos por las fiestas de que marcan la llegada de 2010.
Mis agradecimientos por tu presencia aquí,
attico chassot