BLOG DO MESTRE CHASSOT

04.- Trocando de instituição

Ano 6

Em trânsito POA/FWP

Edição 1919

Esta sexta-feira para mim inicia e termina a bordo de ônibus indo a / vindo de Frederico Westphalen. Deixei Porto Alegre, às 22h45min. Nesta manhã, às 5h, depois de percorrer 450 km, chegar ao meu destino.

Frederico Westphalen é um município gaúcho na microrregião do Médio Alto Uruguai, com cerca de 30 mil habitantes, quase na Fronteira com Santa Catarina, próximo a Iraí (antiga: Águas do Mel). Principal centro comercial da região, na cidade o comércio representa a maior percentual de seu PIB.

A economia industrial em Frederico Westphalen se dá através de indústrias expressivas nas áreas de metalurgia, produtos em fibra de vidro, lapidação de pedras semipreciosas (o subsolo da região é repleto de jazidas de pedra ametista, uma pedra de coloração roxa mundialmente conhecida). Possui um dos maiores abatedouros de suínos do estado e também é forte seu potencial agroindustrial, com agroindústrias familiares, de pequeno porte.

Os primeiros migrantes chegaram em 1918, época em que aconteceu a abertura das primeiras picadas. Os primeiros carreteiros, sob o comando de um comerciante estabelecido na Boca da Picada (hoje Seberi), faziam o transporte de produtos manufaturados e da produção agrícola. Numa dessas viagens, um barril de aguardente caiu da carroça, danificando a tampa e, para não jogar fora a vasilha, eles tiveram a ideia de colocá-lo de boca para baixo sobre uma fonte, sob uma sombra, introduzindo uma taquara no orifício lateral. A localização do barril à beira da estrada, com água limpa e muita sombra, colaborou para o surgimento da expressão “vou descansar, comer e dormir no barril”. Assim o lugarejo foi crescendo na selva do Vale do Alto Uruguai, e passou a chamar-se simplesmente “Barril”, nome que permaneceu por anos. Mais tarde, foi fixado o nome de Vila Frederico Westphalen, homenageando o Engenheiro que muito se envolveu na colonização da região.

Pois é na antiga Barril, hoje próspera Frederico Westphalen que acrescento um capítulo novo na minha história de professor. Esta tarde ratifico minha vinculação com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). A URI é uma instituição comunitária localizada na região Noroeste do Rio Grande do Sul. Foi a primeira universidade multicampi instalada no Brasil.

Os campi são: Erechim (onde está a Reitoria), Frederico Westphalen (na foto), Santo Ângelo e Santiago. A URI possui uma editora (EdiURI) e duas estações de rádio próprias. Além do ensino superior, mantém 4 escolas de educação básica. O número total de alunos, incluindo os da educação básica, técnicos, graduandos e pós-graduandos, é de cerca de 20 mil alunos.

É na URI-FW que me integro formalmente hoje no Programa de Pós-Graduação em Educação, pois com o término deste período letivo, estarei deixando o Centro Universitário Metodista, do IPA depois 4,5 anos. É uma mudança sentida, mas importante por estar mais perto (mesmo que troque em termos de acesso seis minutos por seis horas) dos meus fazeres mais usuais em um Programa de Pós-Graduação em Educação algo que ainda não tem no IPA. Esta é a sétima instituição de ensino superior com a qual estabeleço vinculo empregatício.

Hoje pela manhã já me reúno, pela primeira vez, com duas orientandas: Bianca Alves Madruga e Camila Guidini Camargo. À tarde tenho reuniões acadêmicas e administrativas (para formalizar a contratação) e à noite tenho uma aula, cujo convite encerra esta blogada. Volto de ônibus depois da aula.