Porto Alegre Ano 4 # 1287 |
Nesta manhã, encerro no Inglês Soho o segundo conjunto de aulas de desenferrujamento no falar inglês que neste janeiro e fevereiro me propus. Esta segunda etapa de meu desafio (a primeira fora com Jonathan Hutchins) é com James Morgan, um jovem de Wales (do País de Gales) chegado há não muito ao Brasil. Não está sendo fácil me preparar pra as três semanas na Dinamarca, que se iniciam nesta segunda-feira que se avizinha. Estou bastante esperançado. Hoje faço um ensaio geral de uma de minhas falas na Universidade de Aalborg.
No último dia 2 contei aqui que assisti, depois de muitas indecisões, Avatar. Dizia, então, que não tinha como dizer algo muito significativo acerca desta superprodução. A palavra ‘fantástico’ talvez seja a mais expressiva. Disse que, não dá para não ver. Só a terceira dimensão já faz o espetáculo. Acredito que tenha aprendido amar mais as árvores no estando em Pandora, por cerca de três horas.
Lateralmente vale referir que neste fim de semana, a superprodução de James Cameron, conseguiu novos feitos também no Brasil. O filme rendeu mais R$ 2,7 milhões. O acúmulo de R$ 81,4 milhões fez com que Avatar se tornasse a maior bilheteria da história do cinema no país, superando A Era do Gelo 3, que tem renda de R$ 80 milhões e 9 milhões de ingressos vendidos. Além da cifra recordista, o longa também é o primeiro a ultrapassar os 3 milhões de ingressos vendidos em salas 3D.
Nesta segunda-feira, li no caderno “TecnoCiência’ de Zero Hora “O sonho dos biólogos em 3D” traduzido do jornal The New York Times. Nele Carol Kaesuk Yoon, PhD em Ecologia e Biologia Evolucionária; nele a cientista destaca que além da tecnologia inovadora, o filme Avatar apresenta uma instigante visão de fauna e flora alienígenas. Parece-me importante nesta quarta-feira brindar aqui meus leitores com o texto.
Quando um cientista assiste a um filme de Hollywood baseado em temas relacionados à ciência ou repleto de parafernálias tecnológicas, a reação mais comum é ficar aborrecido ou furioso com fatos mal compreendidos ou processos apresentados de forma incorreta. O que um pesquisador não espera é entrar em um estado de empolgação, levantar da cadeira no cinema e gritar: Sim! É exatamente assim! Por isso, é hora de todos os biólogos que ainda não o fizeram deixarem seus laboratórios, colocarem os óculos tridimensionais (3D) e assistirem ao blockbuster Avatar, de James Cameron.
Na verdade, qualquer um que ame a biologia ou mesmo quem, ao menos uma vez, tenha abraçado uma árvore deve fazer o mesmo. Isso porque, de alguma forma, a fábula tecnológica de Cameron sobre romance e guerra, alienígenas e armadas espaciais conseguiu fazer algo que nenhum outro filme jamais fez. A obra recriou o que é o coração da biologia: a maravilha de realmente ver um mundo vivo. E a grande beleza disso tudo é que não é preciso ser um acadêmico para apreciar a experiência.
Existem, claro, muitos filmes que descreveram a excitação dos cientistas durante uma descoberta (lembrem-se de Laura Dern em Jurassic Park, de 1993, alegremente enfiando sua mão em uma pilha de estrume de dinossauros). Além disso, de Guerra nas Estrelas (1977) a Senhor dos Anéis (2001), há uma longa lista de obras cinematográficas que exibiram nas telas exemplos de flora e fauna fantásticas.
Mas a diferença é que o filme de Cameron leva o público a ver os organismos vivos da estranha floresta tropical do planeta Pandora da forma como um biólogo os veria. A cada olhar, somos lembrados de seres que já conhecemos, embora colocados em uma perspectiva fantasticamente diferente que nos faz pensar : “parece um cavalo, mas é azul e tem seis patas” ou “esse bicho parece uma água-viva, mas flutua e brilha”. Se há uma cor que definitivamente não é um tom clássico da Terra e que é pouco associado a seres vivos, é o azul. E em Pandora o azul parece ser o tom predominante. Outra característica que não esperamos de criaturas vivas é luz. E, novamente, Pandora é cheia de seres que brilham vigorosamente.
Votos de uma muito boa quarta-feira. Amanhã, provavelmente, nos leremos de Santa Rosa. Viajo para a região missioneira hoje às 23h. Na tarde de amanhã tenho uma fala em Três de Maio. Assim a blogada de amanhã já está assuntada.
Mestre Chassot, ainda não tive a oportunidade de ir assistir "Avatar", mas pretendo fazê-lo em breve.
ResponderExcluirAo que parece, as estimativas de que essa fábula se torne para esta geração o que "Star Wars" foi nas décadas de 80 e 90 estão mais do que corretas. Conheço muitas pessoas que se disseram estupefatas ao assistir o filme, e elogiam tanto o enredo quanto os efeitos gráficos em 3D e a fotografia do filme.
Espero ter, também, a mesma boa impressão.
Ótimo dia.
Meu caro Marcos,
ResponderExcluiro enredo de Avatar não me comoveu. Inclusive tive dificuldades para entender certas tramas. Há muita violência desnecessária, que faz com que menores de 12 anos com razão sejam alijados do espetáculo.
Mas os efeitos especiais com 3D (e eu já assistira documentários com esse recurso) são fantásticos.
A vegetação é algo impressionante. Amo mais, agora, minhas árvores.
Certamente vais gostar muito.
Um muito obrigado e um bom dia,
attico chassot
Good Morning Attico,
ResponderExcluirToday I am in Concord, New Hampshire enjoying my Patty's family and many old friends. It's very cold in New England this time of year. The richness of frienships keeps us warm.
Let us know how you do in your English. From your progress in class we know you will do just fine.
Your Friends,
Jonathan & Patty
Concord, NH USA
Dear Jonathan & Patty,
ResponderExcluirthanks for kindly message from Concord.
I'm very happy with the happiness that you are taking this trip. It's nice when the warmth beats the cold environment. Glad you reunite many relatives and friends.
I'm on the RS border with Argentina. I just did a lecture for teachers under intense heat.
It was good to talk in Portuguese. Now my next speech will be in English in Denmark. Thanks for the fans.
With admiration greetings from
attico chassot
Sou até suspeita em falar sobre AVATAR.
ResponderExcluirSou fã de carteirinha das produções do Cameron.
Já havia me apaixonado pelo "Segredo do Abismo", e agora estou fascinada por AVATAR.
Sabe que uma das Professoras de Biologia, de uma das escolas que trabalho, está fazendo um trabalho fantástico com seus alunos sobre ele!?!
É digno de nota!
=]
Suave sexta, Professor!
Muito querida colega Thaiza,
ResponderExcluirconcordo contigo quanto ao filme, todavia acredito que se “Avatar’ não tivesse tanta violência ele poderia ser muito mais proveitosamente usado no ensino de Biologia na Escola de Educação Básica. Não é sem razão que a censura é 12 anos.
Apreciaria conhecer o trabalho de tua colega.
Obrigado pelo teu retorno aqui.
Saudades do
attico chassot