ANO
7
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SÃO LUIS GONZAGA,
Terra missioneira
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EDIÇÃO
2472
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Vencido o
primeiro dia do tríduo, nesta a quinta-feira ainda me encontro em São Luiz
Gonzaga, onde a agenda de ontem, de três falas foi cumprida como programada.
Pela manhã a
palestra “Das disciplinas à indisciplina”
para cerca de 350 professores do ensino médio de 25 escolas. À tarde, “O que é Ciência, afinal?” para cerca de
300 professores de 38 escolas. Em uma e outra atividade os participantes eram
de 11 municípios da região geo-educacional da 30º Coordenadoria Regional de
Educação, coordenada pelo Professor Ayrton Ávila da Cruz. Foi a 32º CRE — onde
almocei ontem — que suportou financeiramente meus deslocamentos e estádia,
nesta etapa.
À noite algo
que me emocionou. Depois de já ter falado em centenas de universidades
brasileiras (e mesmo algumas no exterior), pela primeira vez falei em uma
unidade da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, cuja fundação me
envolveu enquanto conselheiro do Conselho Estadual de Educação em 2000 e 2001. Falei
por duas horas para plateia formada por acadêmicos dos cursos de pedagogias e
de cursos da área das Ciências Agrárias
e autoridades; entre estas destaco a presença do prefeito, que foi dos que
liderou aquela centena de pessoas que aplaudiram de pé minha fala.
No começo
desta manhã viajo menos de 50 km e chego a cidade de Cerro Largo, que até 1954
era distrito de São Luiz Gonzaga.
Minhas
atividades desta quinta-feira atendem a convite da Universidade Federal da
Fronteira Sul, mais precisamente da Professora Judite Scherer Wenzel Coordenadora
do Curso de Graduação em Química Licenciatura - UFFS Campus Cerro Largo.
Na parte da
tarde faço a fala “Formando jardineiros para cuidar do Planeta” para
professores das redes municipal e estadual, mais particularmente de escolas vinculadas
ao PIBID. À noite as atividades centram-se no convite elaborado por alunos, que
está a direita [Problemas técnico impedem a adição do mesmo.
A UFFS é uma
das ‘lula-universidade’. Ela tem campi nos três estados do Sul: Realeza (PR),
Chapecó (SC) — onde já estive mais extensamente —e Erechim e Cerro Largo (RS).
Não é senso comum
entre os quase 15 mil habitantes de que a UFFS seja vetor de transformação na
cidade que tem uma história recente original:
No início do
século, a Companhia de Colonização Bauerverein, que tinha por objetivo abrir
novas fronteiras agrícolas no estado para o assentamento de colonos
descendentes de imigrantes alemães, decidiu vender lotes de terras na região
noroeste do Rio Grande do Sul.
Assim, sob o
comando do Padre Jesuíta Maximiliano Von Lassberg, lá chegaram as primeiras
famílias de colonos oriundas da região de Montenegro. A colonização oficial
ocorreu no dia 4 de outubro de 1902; estava fundada em terras férteis e
cobertas por mata virgem entre os rios Ijuí e Comandaí, a colônia Serro Azul,
hoje município de Cerro Largo. No início da colonização foi construído um
barracão para abrigar as famílias imigrantes até que pudessem ir morar no lote
adquirido.
O espírito
empreendedor, a obstinação e a dedicação ao trabalho, somadas à fertilidade da
terra provocaram um rápido progresso aos colonos. Tanto assim que, já no ano de
1915, Serro Azul foi elevada à categoria de vila, sede do 4º Distrito do então
município de São Luiz Gonzaga. Em 1942, por exigência do IBGE, a denominação de
Serro Azul foi alterado para a atual Cerro Largo.
Também na
década de 1940 houve a primeira movimentação pela emancipação. Mas, apesar da
prova plebiscitária, a iniciativa foi abortada por força política dos escalões
superiores do governo central. Os esforços em prol da independência
político-administrativa foram retomados no início dos anos 50, através da
Comissão de Emancipação. E, finalmente, em 15 de dezembro de 1954 foi assinado
pelo governador de estado o Decreto nº 2.519, criando o município de Cerro
Largo, cuja instalação oficial aconteceu em 28 de fevereiro de 1955.
Na década de
1960 desmembraram-se de Cerro Largo os atuais municípios de Roque Gonzales, São
Paulo das Missões e Porto Xavier; posteriormente São Pedro do Butiá e Salvador
das Missões.
O censo de
2000, realizado pelo IBGE, informa de que a população de Cerro Largo é de 12
663 habitantes, sendo que 9 340 encontram-se na zona urbana e 3 323 na zona
rural. Em 2002, o município comemorou 100 anos de fundação.
Limerique
ResponderExcluirChassot na missioneira região
A convite deitando boa falação
Distribuindo mensagem
E recebendo homenagem
Chassot conferente é campeão.
Estamos muito felizes e honrados com a sua presença em Cerro Largo, em especial na UFFS. O diálogo com Chassot sempre é muito positivo e contribui para a formação docente em especial.
ResponderExcluirAo nosso grande missioneiro Mestre Chassot: Desejo saúde e felicidade e coragem nessa tua grande caminhada, e te parabenizo na importância dos teus ensinamentos, tenho certeza que Cerro Largo agradece. Um forte abraço Ley.
ResponderExcluirPreconceitos a parte, a origem dos colonizadores, dos primeiros imigrantes é marco fundamental no desenvolvimento local, haja visto a miscelânea que é a cidade de São Paulo e a do Rio de Janeiro onde não houve etnia majoritária.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Ao Grande Mestre Chassot: Parabéns professor, que todo seu esforço seja recompensado com alegria , te desejo que não lhe falte forças para prosseguir nessa jornada. Abraços Ley
ResponderExcluirA história da região é prova documental do descaso do estado desde o império em ocupar o território. A imigração tentou resolver essa questão. A colonização europeia povoou o oeste mas contribuiu para suprimir os povos originários e caboclos. Em Serro Azul a educação foi a base que conduziu o desenvolvimento. A UERGS e a UFFS completam uma temática inexistente na região oeste acerca do ensino superior gratuito. Lamentavelmente a UERGS está abandonada pelo estado. De fato a história da região é fascinante e ao mesmo tempo deficitária em estudos que auxiliem na preservação da memória e divulgação turística regional. Seja sempre bem vindo professor.
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