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quinta-feira, 21 de maio de 2015

21.- TRADIÇÃO, AUTORIDADE, REVELAÇÃO


ANO
 9
EDIÇÃO
 3042

Abro esta edição com um comentário acerca de uma alteração de agenda. Anunciei na edição de terça-feira, que hoje estaria em Aracaju, para na Universidade Federal de Sergipe, no campus de São Cristóvão, participarde defesa de doutorado no Programa de Pós Graduação em Educação da UFSE. (Um funcionário d)o sistema de concessão de passagens da UFSE não foi competente na concessão de passagens em horários adequados para que eu pudesse comparecer a banca e retornar a tempo de atender compromisso em Porto Alegre, na tarde de sexta. Limitei-me ao envio de parecer. Por tal, também não a proferi palestra organizada por dois Programas de pós-graduação, que fora anunciada aqui.
Aproveito esta edição, para ampliar, a pedido de algumas pessoas que me ouviram referir em diferentes espaços, a carta Richard Dawkins escreveu para sua filha Juliet. Ele, na segunda, dia 25, falará em Porto Alegre na inauguração da edição 2015 do Fronteiras do Pensamento www.fronteiras.com
A carta: Boas e más razões para acreditar está na seção final “Oração para minha filha” do livro O Capelão do Diabo. (São Paulo, Companhia das Letras, 2005, 462p. ISBN 978-95-359-0654-7 p. 427-437). Nela Dawkins retoma de muitas maneiras os temas-chave do livro. Ela expressa uma esperança sincera de que as gerações futuras continuarão a compreender o mundo natural por meio da razão e fundamentando-se nas evidências. É, segundo Latha Menon, organizadora do livro, “um apelo apaixonado contra a tirania do sistema de crenças que entorpecem a mente” (p. 15).
Dawkins conta que escreveu a carta quando Juliet tinha 10 anos. Recorda que durante a maior parte da infância, infelizmente esteve poucos períodos junto dela, o que tornou difícil falar acerca de coisas importantes da vida. Diz “sempre fui escrupulosamente cuidadoso em evitar toda a forma de doutrinação infantil, pois considero que isso é responsável, no final das contas, por uma boa parte de males que há no mundo. [...] Eu tinha um forte desejo de que ela, assim como todas as crianças, pudesse tomar as próprias decisões livremente quando chegasse à idade de fazê-lo. Eu sempre quis encorajá-la a pensar, sem dizer a ela o que pensar” (p. 425).
A carta começa interrogando a filha se ela alguma vez já se perguntou como sabemos as coisas que sabemos. Então traz vários exemplos de coisas que sabemos em diferentes áreas do conhecimento. Depois diz, “agora que já lhe falei das evidências, que são uma boa razão para acreditarmos em alguma coisa, quero alertá-la contra três razões indevidas para acreditarmos no que quer que seja” (p.429). Então o renomado biólogo discute o que e como aprendemos com a Tradição, com a Autoridade e com a Revelação.
Há sumarentos exemplos na discussão destas três razões. Devo dizer que já usei esta carta na abertura de algumas falas e a mesma se converteu nem excelente catalisador a discussões.

2 comentários:

  1. Esse Richard é mesmo um grande escritor.
    Luvander

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  2. Mestre Chassot,
    o senhor um privilegiado por assistir Richard Dawkins e professores de Frederico Westphalen, Caiçara e Matinho privilegiados por ouvi - lo.
    Saúde sempre

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