ANO
9 |
EDIÇÃO
3042
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Abro esta edição com um comentário acerca
de uma alteração de agenda. Anunciei na edição de terça-feira, que hoje estaria
em Aracaju, para na Universidade Federal de Sergipe, no campus de São Cristóvão,
participarde defesa de doutorado no Programa de Pós Graduação em Educação da
UFSE. (Um funcionário d)o sistema de concessão de passagens da UFSE não
foi competente na concessão de passagens em horários adequados para que eu
pudesse comparecer a banca e retornar a tempo de atender compromisso em Porto
Alegre, na tarde de sexta. Limitei-me ao envio de parecer. Por tal, também não a
proferi palestra organizada por dois Programas de pós-graduação, que fora
anunciada aqui.
Aproveito
esta edição, para ampliar, a pedido de algumas pessoas que me ouviram referir
em diferentes espaços, a carta Richard Dawkins escreveu para sua filha Juliet. Ele, na
segunda, dia 25, falará em Porto Alegre na inauguração da edição 2015 do Fronteiras do Pensamento www.fronteiras.com
A carta: Boas e más razões para acreditar está na seção final “Oração para minha filha” do
livro O Capelão do Diabo. (São Paulo, Companhia das
Letras, 2005, 462p. ISBN 978-95-359-0654-7 p. 427-437). Nela Dawkins retoma de muitas maneiras os temas-chave do
livro. Ela expressa uma esperança sincera de que as gerações futuras continuarão
a compreender o mundo natural por meio da razão e fundamentando-se nas
evidências. É, segundo Latha Menon, organizadora do livro, “um apelo apaixonado
contra a tirania do sistema de crenças que entorpecem a mente” (p. 15).
Dawkins conta
que escreveu a carta quando Juliet tinha 10 anos. Recorda que durante a maior
parte da infância, infelizmente esteve poucos períodos junto dela, o que tornou
difícil falar acerca de coisas importantes da vida. Diz “sempre fui
escrupulosamente cuidadoso em evitar toda a forma de doutrinação infantil, pois
considero que isso é responsável, no final das contas, por uma boa parte de
males que há no mundo. [...] Eu tinha um forte desejo de que ela, assim como
todas as crianças, pudesse tomar as próprias decisões livremente quando
chegasse à idade de fazê-lo. Eu sempre quis encorajá-la a pensar, sem dizer a
ela o que pensar” (p. 425).
A carta começa interrogando a filha se ela alguma vez já se
perguntou como sabemos as coisas que sabemos. Então traz vários exemplos de coisas
que sabemos em diferentes áreas do conhecimento. Depois diz, “agora que já lhe
falei das evidências, que são uma boa razão para acreditarmos em alguma coisa,
quero alertá-la contra três razões indevidas para acreditarmos no que quer que
seja” (p.429). Então o renomado biólogo discute o que e como
aprendemos com a Tradição, com a Autoridade e com a Revelação.
Há sumarentos exemplos na discussão destas três razões. Devo dizer que já
usei esta carta na abertura de algumas falas e a mesma se converteu nem
excelente catalisador a discussões.
Esse Richard é mesmo um grande escritor.
ResponderExcluirLuvander
Mestre Chassot,
ResponderExcluiro senhor um privilegiado por assistir Richard Dawkins e professores de Frederico Westphalen, Caiçara e Matinho privilegiados por ouvi - lo.
Saúde sempre