ANO
9 |
EDIÇÃO
3028
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Não vou comentar disputas acerca de
primazias entre Ciência e Tecnologia. Desde que humanos fizeram aquela que,
talvez, foi a primeira ferramenta: uma
vara para alcançar o fruto no alto de uma árvore a cada dia se sucedem
novos descobertas para facilitar a nossa vida no Planeta. Há dias passados foi
noticiado (Folha de S. Paulo, 24MAR2015 p. C6) uma descoberta que merece nossa
expectativa para que se faça presente em nosso cotidiano.
Devo confessar, mesmo que não me
considere um sujeito comodista, anseio pela chegada desde desejado facilitador
de nosso dia-a-dia. Veja esta transcrição da imprensa. A ilustração é da mesma
matéria.
Tomando como ponto de partida a raiva que
as pessoas têm por aquele restinho de ketchup ou de xampu que sobra no fundo da
embalagem, uma empresa estadunidense criou uma tecnologia capaz de acabar com o
desperdício.
A nova técnica consiste em adicionar uma
nova camada à superfície interna do pote, que pode ser de uma embalagem de óleo
até a parte de dentro de um tubo de pasta de dente, por exemplo.
Tal camada é feita de forma que a
superfície do líquido interior do pote fique em contato com um material
hidrofóbico — ou seja, que repele a água e diversos outros tipos de líquido.
Dessa forma, praticamente qualquer
conteúdo simplesmente escorrega na superfície "ensaboada", não
grudando e evitando desperdício. Nem mesmo a tradicional cola branca escolar
gruda na superfície turbinada.
A empresa, batizada de LiquiGlide (algo
como líquido que escorrega, em tradução livre), divulgou em seu site uma série
de vídeos em que mostra líquidos de vários tipos escorrendo nas superfícies
tratadas.
David Smith e seu orientador Kripa
Varanasi, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT),
resolveram, em 2012, fundar a LiquiGlide depois de perceber a grande quantidade
de possíveis aplicações que o projeto de Smith poderia render.
Inicialmente a ideia era produzir um
revestimento de aplicações industriais, mas o uso em áreas como medicina,
alimentos e higiene acabou sendo um chamariz para grandes investidores.
Recentemente a empresa recebeu US$ 7
milhões para ampliar suas instalações e contratar cientistas "top de
linha" para seus quadros. Com o dinheiro, a empresa também pretende
garantir contratos comerciais e já se consolidar no mercado.
O produto ainda não está disponível no
mercado — a tecnologia ainda está em fase de demonstração. Os primeiros
produtos, segundo a empresa, serão uma pasta de dente, uma maionese e um creme
para o corpo.
Acerca do texto desta blogada "abençoada tecnologia" farei uma das coisas que Eduardo Galeano fez em toda sua vida : Pensar, Refletir...
ResponderExcluirO mundo acadêmico, a intelectualidade perde um dos pilares do pensamento latino americano. Estamos de Luto.
Acróstico sem noção
ResponderExcluirNos anais das descobertas simpáticas
Então surge como tecnologia de ponta
Matéria hidrofóbica de forma cosmética
Que terá aplicações de grande monta.
Uma vez revestido interior do recipiente
Este repele qualquer líquido que desliza
Assim não fica o restinho frio ou quente
Você o aproveita totalmente, economiza.
Ainda que uma futilidade poderá parecer
Certamente nem de longe se trata disso
As pessoas que usarem vão agradecer
Tal novo evento semelhante a um feitiço.
Uma vez vinda essa tecnológica melhora
Só nos resta pensar, como não veio antes
Semelhante avanço vindo nessa boa hora
Acode-nos, e todos nossos semelhantes.
Caro Chassot,
ResponderExcluirOlá! De fato, é uma grande perda a morte de Eduardo Galeano. Reporto-me de um texto desse pensador urugaio "¿Porque yo no he comprado un DVD?", e faço uma reflexão com o que você Chassot observou no salão do aeroporto. As pessoas estão cada vez mais reféns do surgimento das novas tecnologias.
Um abraço cordial!
E um ótimo final de semana professor Chassot!
Professor Dirceu Apº Borges
Corrigindo, o texto é: ¿Por qué todavía no me compré un DVD?"
ResponderExcluirProfessor Dirceu