Recife * Ano 5 # 1639
Cheguei a Recife às 14h (13 no horário de Brasília: o Norte e o Nordeste, não adotam o horário brasileiro de verão), numa viajem em duas etapas: Porto Alegre/ Belo Horizonte 2 horas e Belo horizonte/Recife 2,5 horas.
Era esperado atenciosamente pela Laura da Editora Moderna. Passamos primeiro pela imponente filial da Moderna de Recife que atende as regiões Norte e Nordeste. Após ser recebido pela Noêmia Gerente Regional, fui com a Laura à Praia da Boa Viagem para saborear um peixe ao molho de camarão.
Depois de acomodado no Hotel – onde meus problemas de conexão com o mundo são de duas dimensões: só consigo sinal de internet na recepção e o conector de energia não se adapta ao modelo de tomadas do hotel. Isto me faz quase desvalido.
Ao entardecer o meu colega e amigo Paulo Marcelo Pontes veio buscar-me para excelente circulada turística. O Paulo, que em março de 2008 catalisou minha última estada aqui pelo Instituto Sapiens, foi quem desencadeou o convite para este convite de hoje.
É privilégio tê-lo no ciceronear nas duas cidades, pois não apenas tem expertise em História e Filosofia da Ciência, mas também conhece a historia de Pernambuco, especialmente do domínio holandês. Fomos primeiro no Recife antigo, Marco Zero, Observatório astronômica, na Sinagoga Kahal Zur Israel – a primeira sinagoga das Amaricas. Vimos uma exposição de dois fotógrafos locais: Francisco Baccaro com ‘Substâncias’ e Kirumba com ‘Luz do sertão’; um e outro excelentes.
Terminamos nossa noite em Olinda que também é a cidade onde está o Colégio Santa Emília onde falo esta manhã, para desta seguir direto ao aeroporto. Em Olinda estivemos no Alto da Sé, onde esta a catedral com o jazigo de D. Helder Câmara. Estivemos onde em 1860, o astrônomo francês Emmanuel Liais descobriu, no Observatório do Alto da Sé – na foto estou à porta do mesmo –, o primeiro cometa relatado a partir de observações na América Latina e o único descoberto no Brasil, que recebeu a denominação de cometa Olinda. (Informação da Wikipédia editada por P.M. Pontes.
No jantar tivemos a companhia da Daniela e o cardápio foi dourado – um peixe oceânico - com pirão. Há era quase 22h – horário local – quando o Paulo e a Daniela trouxeram-me ao hotel.
Olinda dista 7 km de Recife e está na sua Região Metropolitana. Olinda tem quase 400 mil habitantes; Recife, de onde escrevo, tem mais de 1,5 milhão.
Com auxílio da Wikipédia trago aos meus leitores algo desta bonita cidade. Olinda é uma das mais bem preservadas cidades coloniais do Brasil. Foi a segunda cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1982. Um mito popular diz que o nome Olinda teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco: "Oh, linda situação para se construir uma vila!”
Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um perfil de difícil defesa. Diante disso, a sede foi transferida para o Recife.
Em 1630, Olinda foi tomada pelos holandeses que a incendiaram no ano seguinte; em 1654, os portugueses retomaram o poder e expulsaram os holandeses. Olinda volta a ser capital de Pernambuco, muito embora os governadores residissem no Recife. Por volta de 1800, com a fundação do Seminário Diocesano e, em 1828, do Curso Jurídico, transformou-se num burgo de estudantes. Tive oportunidade de ver o prédio da instituição pioneira da área do ensino de direito. Deixou de ser a Capital da Província em 1837, perdendo o título de capital para o Recife.
Olinda rivalizava com a metrópole portuguesa. Seus velhos sobrados tinham dobradiças de bronze, enquanto as igrejas, principalmente a Sé, ostentavam em suas portas principais dobradiças de prata e chaves fundidas em ouro.
Foi no Senado da Câmara de Olinda que, a 10 de novembro de 1710, o sargento mor Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em prol da independência nacional.
Os primeiros cursos jurídicos do Brasil, criados pelo Decreto Imperial de 11 de agosto de 1827, foram inaugurados solenemente no mosteiro de São Bento, a 15 de maio de 1828. Antes de sua transferência para o Recife, os Cursos Jurídicos funcionaram no prédio em que atualmente se encontra a prefeitura.
Em 2005, Olinda foi eleita a primeira Capital Brasileira da Cultura para o ano de 2006. Foi a primeira vez que o Brasil elegeu uma capital cultural. O projeto é uma iniciativa da organização Capital Brasileira da Cultura (CBC), com o apoio dos Ministérios da Cultura e do Turismo e da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). São símbolos culturais da cidade a comida típica tapioca e o farol de Olinda.
Com a trazida de um pouco de minha quinta-feira e desta sexta-feira onde dou a primeira palestra do ano, desejo a cada uma e cada um de meus leitores um dia muito bom. Minha expectativa é estar à noite em Porto Alegre e amanhã oferecer aqui uma dica de leitura.
Ai Mestre, que bom que o senhor está curtindo a cidade, Olinda é linda mesmo, você anda pelas ladeiras e sente que o tempo voltou, ao menos até que avistemos um carro ou uma moto quebrando o encanto!!!
ResponderExcluirE Recife com suas pontes, sinagoga e derivativos, sou bairrista, aproveite tudo!
Pandora querida,
ResponderExcluirque bom receber este votos de uma da Terra.
Obrigado pelos votos. Tua terra é linda
Um afago carinhoso do
attico chassot
Meu caro Chassot!
ResponderExcluirVejo que estás te deliciando com a passagem pela Olinda histórica. Quando falou do peixe com pirão, me deu uma vontade de arrumar a mala imediatamente e sair em férias, porque o calor aqui está desumano. Hoje, ao vasculhar alguns textos internéticos, me deparei no site do MMA com texto do Prof. Aloisio Ruscheinscky num Manual de Formaçao de Professores Ambientais. Belo texto produzido por ele. Gostei. Abraço - JB
Boa viagem Chassot!
ResponderExcluirAdorei a crônica de hoje.
Abraços,
Guy.
Attico,
ResponderExcluirmuito nos honrou tua visita e breve estadia conosco. Saiba que foram momentos preciosos esses em que estivemos juntos a falar de temas tão díspares, mas que por isso mesmo formam um conjunto tão suave e carregado de esperanças na construção de um mundo melhor.
Grande abraço.
Meu caro Jairo,
ResponderExcluirseria uma boa pedida tu viagem a linda Olinda. Cheguei aqui e constatei que está mais quente que Recife.
Enquanto fui colega do Aloisio Ruschensky sempre admirei sua produção.
Este texto não conheço.
Uma boa noite e a amizade do
attico chassot
Muito querido colega Guy,
ResponderExcluirsaber-te meu leitor em plagas distante, orgulha-me.
A amizade do
attico chassot
Meu caro Paulo Marcelo,
ResponderExcluiralimentado por teus acarinhamentos estou de volta à Porto Alegre.
Foi bom ter estado aí.
Obrigado por tudo.
Afagos para a Daniela e para o Eusébio, uma e outro muito parceiros.
Com gratidão,
attico chassot