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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

02.- SERENDIPITOSO, bis

ANO
 8
em fase de transição
EDIÇÃO
 2640

Os quatro dias que se inserem entre o feriado de ontem e a próxima segunda-feira, dia 06, são de difícil classificação. Parece que poderíamos considera-los hemiferiados. Defini para hoje e as 4 edições seguintes retomar a um tema que inaugurei, aqui, em 14 de dezembro e que se espraiou até dia 21, com uma exceção no dia 17.
A palavra chave de hoje é uma conhecida daquele que acompanharam aquelas blogadas dezembrinas: Serendipitoso (= Serendipidade). A manchete do dia 14 DEZ e de hoje são as mesmas: Serendipitoso, querendo significar, como foi mostrado então, o que é feliz ou agradável e é descoberto por acaso ou acontece de forma inesperada.
Dia 15DEZ vimos como um sábio grego descobriu que o ourives que o rei Hierão contratara o estava lesando e a serendipidade consagra a sua descoberta como o ‘princípio de Arquimedes’ mesmo que seu criador, surpreso, saísse nu pelas ruas gritando que achara a solução ao problema do rei que lhe fora proposto.
Dia 16DEZ conhecemos como o sonho de Friedrich August Kekulé von Stradonitz, mais conhecido por apenas Kekulé (1829 - 1896), resolve um problema estrutura do benzeno e se tem uma proposta que há quase 1,5 século mantém-se aceita: ‘o anel benzênico’.
Em 18DEZ, na retomada à série foi relatado algo muito serendípico: Fleming e descoberta da penicilina. A esta postagem o leitor Rossano Evaldt Steinmetz Ribeiro alerta em comentário para a contribuição, na mesma direção, mas sem acaso espetacular, do cientista francês Ernest Duchesne (1874 – 1912).
Em 19DEZ nas descobertas serendipitosas se conta como o carrapicho inspirou o Velcro® nome comercial derivado de velvet (veludo) e crochê.
Em 20DEZ se relata dentro da mesma dimensão serendípica a descoberta do uso do lítio no tratamento de psicoses.
Assim, com esta blogada se anuncia um plano serendipitoso. Devo esclarecer que mais uma viajada no livro Descobertas acidentais em Ciências [ROBERTS, Royston M, Campinas: Papirus, 1995 (2ed.) ISBN 85-308-0218-7] deixou-me indeciso na escolha. Talvez, uma proposta poderia ser: Amanhã: vamos ver porque o termo vacina tem a ver com ‘doença de vaca’. No sábado: como uma observação acidental do dr. Papanicolau, no entorno da metade do século passado, passou a salvar da morte milhões de mulheres no mundo inteiro. No domingo: o quanto o uso de dopamina no tratamento de Mal de Parkinson teve lances serendípicos. Na segunda-feira, dia 6: a proposta é lembrar o acaso em descobertas de Roentgen e Becquerel.
Volto a sinalizar que houve uma seleção difícil, e talvez me afaste da mesma. É uma pauta para bem começar os blogares de 2014.

4 comentários:

  1. Desde muito cedo apaixonei-me pela eletrônica, talvez em observar meu velho pai em uma fase de sua vida com seus reparos naqueles velhos televisores à válvula. Com o tempo fiz escola técnica e diversos outros cursos de aperfeiçoamento. Durante todos esses anos por diversas vezes deparei-me com situações onde a serendipidade se faz presente. Soluções encontradas como por acaso se apresentam solucionando outros problemas ou aperfeiçoando sistemas de maneira formidável. Agora no estudo do direito ainda sou neófito e não tenho capacidade de opinar sobre o tema, mas espero em breve ter essa prazerosa constatação.

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  2. Serendipidade
    Não existe mero acaso simplesmente
    Tudo que acontece é fruto do trabalho
    Se a busca dá resultado concludente
    Porque a pesquisa não utilizou atalho

    É serendipidade se você não procura
    Ou se encontrar a coisa fora do lugar
    Também se for resultado de aventura
    Num átimo que não estava a procurar

    Entretanto os grandes descobridores
    Atribuem descobertas à uma fatuidade
    Esquecem horas tardias e seus suores

    Que trazem benefícios à humanidade
    Madame Curie, morreu de tumores
    Que não levam nome de serendipidade.

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  3. Mestre chassot:: " O acaso só favorece a mente preparada " por isso que tu és Mestre. Um forte abraço ley

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