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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

31.— DUAS PÉROLAS HIEROSOLIMITANAS


ANO
 8
RAMALAH - Palestina

EDIÇÃO
 2669
Hoje o local de postagem tem duplo significado simbólico. Para esta sexta-feira, há muito temos planejado um tour alternativo, ainda incerto, por questões de fronteira, à Palestina.
Reconhecendo a Palestina já como um país, esta edição mesmo prepostada em Jerusalém é considerada como realizada de Ramalah, (futura) capital do estado palestino, considerando como se o blogue fosse nela postada.

A edição que encerra o primeiro mês do ano, imersa em relatos feriais, nesta Jerusalém que desde a tarde de quarta-feira nos encanta faz o registros de duas pérolas locais — o Museu do Holocausto e o Mercado — que ontem curtimos, como o sumo gostoso de uma de suas frutas mais gostosas — a romã — que temos sorvido aqui.
Museu do Holocausto Yad Vashem (em hebraico: יד ושם ou Yad VaShem, a "Autoridade de Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto") é o memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto. A origem do nome é um versículo bíblico: "E a eles darei a minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome (Yad Vashem) que não será arrancado." (Isaías 56:5.)
O novo Museu da História do Holocausto, aberto em março de 2005, foi construído numa estrutura de um prisma triangular. Tem 180 metros de comprimento, na forma de um espigão, que corta a montanha. As suas paredes ásperas são feitas de concreto, e cobre uma área superior a 4.200 metros quadrados, a maior parte dos quais subterrâneos.
As mostras estão organizadas cronologicamente, com os testemunhos e os artefatos acentuando as histórias individuais usadas para salientar a narrativa histórica ao longo do museu. O museu está projetado de forma que o visitante comece a visita num plano superior, prossiga para o ponto subterrâneo mais baixo no centro do museu, e depois lentamente suba em direção à saída. A saída da exposição principal termina num miradouro com uma espetacular vista das montanhas a Oeste de Jerusalém. O visitante sai de um corredor sombrio para a luz do sol direto (conforme a hora do dia e a situação atmosférica) que ontem quando saímos, depois de quase 4 horas, estava um começo de tarde esplendoroso.
Realmente nos emocionamos com tudo que vimos e ouvimos. Alargamos nossas histórias. Relemos os momentos de bestialidades nossos (enquanto humanos) no século 20.
Mercado de frutas e verduras (e de muitas coisas outras mais) Shuk Machané Yehuda (ou traduzindo ao português: Mercado Acampamento de Judá) foi a nossa segunda pérola de ontem. Há quem diga que se em Jerusalém houvesse três locais de visitação estes seriam: o Muro das Lamentações, a Torre de David e o mercado de Machane Yehuda. Os dois primeiros por representarem a natureza religiosa e histórica de Jerusalém — o lugar a partir do qual o povo judeu se desenvolveu. Mercado Machane Yehuda, no entanto, representa o passado, o contemporâneo e o futuro do coração de Jerusalém. O Machane Yehuda integra, de uma forma única, o velho e o novo. Tanto quanto um mercado movimentado ou um bairro, incorpora alimentos, bebidas, lojas, bares, restaurantes. O shuk ainda mantém suas características mais importantes: ele permanece autêntico, com todos os sabores e aromas, as cores e a secular interação dos vendedores com multidões.
O mercado Machane Yehuda é amplamente reconhecido como um símbolo da Jerusalém, e por uma boa razão: hierosolimitanos o veem como um lugar que os representa, os simboliza, e lhes dá uma identidade única em um contexto social israelense maior. Ele é apelidado de "Machneyuda", que também é o nome de um dos melhores restaurantes israelenses localizados no mercado. Mas este nome tem algo indizível com a linguagem. Ele está além das palavras, porque lembra os hierosolimitanos de si mesmos, suas infâncias, e a Jerusalém que amam. Mesmo que a cidade tão longeva tenha hoje muitos centros comerciais e de entretenimento, há algo sobre o mercado de Machane Yehuda que atrai as pessoas, mesmo sem uma lista de compras. Talvez seja a capacidade de simplesmente ser o que dizem os habitantes desta cidade ser: pessoas que amam a vida e que amam Jerusalém.
Foi que nós experimentamos um pouco no Machane Yehuda tarde de ontem, depois das emoções do Museu do Holocausto. Por isso talvez, aquela sopa de alho tenha feito bem não só ao corpo, mas também à alma na quinta-feira fria.

3 comentários:

  1. Alem das maravilhas descritas no relato do Mestre, uma das que, nesse momento, inebria o espÍrito é a referência a frio, elemento já a algum tempo sumido por aqui...

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  2. Ao Mestre Chassot: É o que sempre comentamos aqui em casa, comida é que dá dinheiro. O mercado Machané Yehuda é a pérola mais agitada da moderna Jerusalém.Ótima atração turística pela sua variedade de comidas e artigos.Então abuse das saladas bem temperadas com azeite. Ah; deixe a Gelsa fazer suas comprinhas no Mercado Rsrs... um abraço Ley.

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  3. MUSEU DO HOLOCAUSTO: Imagino a "emoção" deste casal ao se defrontarem com esta homenagem e parte de história (infame) que prova a capacidade do homem em se desumanizar. É de arrepiar...basta fechar os olhos, imaginar tudo e vai-se as palavras...

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