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segunda-feira, 17 de junho de 2013

17.-TERROR PSICOLÓGICO


ANO
7
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com livraria virtual
EDIÇÃO
2484

Quando, em 13 de maio, se anunciou uma nova periodização deste blogue — de diário à semanal —, com edições às quintas-feiras não se excluiu a possibilidade de edições extras. Nesta segunda-feira, mais uma vez, uma extra.
Ontem a Folha de S. Paulo publicou um artigo de Hélio Schwartsman, bacharel em filosofia, que escreve na versão impressa da Página A2 às terças, quartas, sextas, sábados e domingos. Os textos deste prestigiado jornalista em várias oportunidades foram compartilhados neste blogue.
Terror psicológico tem oportunidade quando uma vez mais se vê os excessos estadunidenses, hiper-neuróticos desde o trágico 11SETEMBRO2001. Vale lê-lo:
Terror psicológico: Quão real é a ameaça do terrorismo? A revista britânica "The Economist" e o blogueiro e matemático Nate Silver, guru das previsões eleitorais, sustentam que o temor é exagerado e não justificam as medidas de exceção tomadas pelo governo norte-americano, que incluem a espionagem em massa.
Concordo com eles. O argumento é estatístico. Nas contas de Ronald Bailey, editor da revista "Reason", após o 11 de Setembro, a chance anual de um americano ser morto num atentado terrorista dentro ou fora do país foi de uma em 20 milhões. A título de comparação, o risco de óbito em acidente de trânsito nos EUA é de um para 19 mil; o de afogar-se na banheira, um para 800 mil; e o de ser fritado por um raio, um para 5,5 milhões.
Estima-se que, desde 2001, os EUA tenham gasto US$ 1 trilhão em medidas e programas contra o terrorismo. Se a meta fosse salvar vidas, seria mais racional investir esse dinheiro (ou uma fração dele) em obras de segurança viária ou mesmo cobrindo a América de para-raios.
O problema com as pessoas é que elas não são racionais, especialmente quando se trata de medos. Esse é um mecanismo evolutivo que surgiu bem antes da razão e é muito mais eficaz do que ela. Somos, afinal, todos descendentes de indivíduos que, ao menor sinal de perigo, souberam fugir rapidamente. As mentes mais inquisitivas, que procuravam estimar objetivamente o grau da ameaça, não deixaram progênie.
É claro que as coisas mudaram do Pleistoceno para cá. Hoje, vivemos num ambiente muito mais controlado, no qual faria mais sentido calcular riscos do que reagir destrambelhadamente a perigos raros ou imaginados. Só que nossas mentes foram forjadas para operar na Idade da Pedra, não no mundo da estatística e das tabelas atuariais. O resultado é que estamos praticamente condenados a gastar recursos públicos de forma pouco sábia e a reagir com o fígado quando deveríamos usar a cabeça.

5 comentários:

  1. Limerique

    O medo de um cavalo de Troia
    Ou debaixo da cama uma jiboia
    Tornou os EUA espião
    De toda comunicação
    O que comanda lá é a paranoia.

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  2. Pois é, terror mesmo é chegar no mercado e ver tomate a cinco reais o quilo, ou chegar no ponto de ônibus e se deparar com aquelas latas de sardinha abarrotadas. E o pior, de noite todo mundo exausto, tendo a sorte de chegar vivo em casa e sem ser assaltado, ainda ter que aturar propaganda eleitoral mostrando um Brasil que nunca vimos, tudo lindo maravilhoso, isso é que é terror!

    abraços

    Antonio Jorge

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  3. Limerique

    Não interessa o que se propala
    Interessa a voz que não se cala
    Eles estão escutando
    O que vocês vão falando
    Portanto cuidado com sua fala.

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  4. Olá!!!!Ao saber desta medida senti-me instigada a ver e ratificar atitudes de respeito, de ética e de assumir reforma íntima; de voltar os olhos a si mesmo e vencer o medo de si... descobrir-se e contribuir de forma solidária para um mundo de paz!!!!!

    Forte abraço!!!!

    Sandra

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  5. Ao Mestre Chassot: "Os números não mentem" 28 bilhões o preço da Copa.Turismo 100% de dinheiro público,Telecomunicações 100% dinheiro público,Portos 100% dinheiro público, Segurança 100% dinheiro público Aeroportos 100% dinheiro público isso sim ´´é Terror, ou será que precisamos de um matemático "Nate Silver" para calcular. Um forte abraço Ley.

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