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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

17.-UMA NOTÍCIA CHAMADA ESPERANÇA



Ano 7*** PORTO ALEGRE Morada dos Afagos ***Edição 2029
Ontem, à hora que uma vez se dizia ser aquela que os ponteiros perfilados apontam para infinito (hoje os relógios digitais registram com menos poesia 18:00) descia pela última vez (este ano) o morro milenar do IPA rumo a minha casa. Nestes 6,5 anos de Centro Universitário Metodista IPA, estas descidas foram bons momentos de reflexões. Talvez, se farão saudades.
Então, pensava: Por que lemos jornais (ouvimos rádio / vemos televisão)? Por que estamos conectados ao mundo? Certamente não é para sofrermos, como ocorreu na sexta-feira com as notícias (ainda controvertidas) de Newton! Mas há notícias boas que nos confortam. Ontem, no caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo, li a notícia que transcrevo. Ela podia chamar-se ‘notícia-esperança’.
Usando apenas seus pensamentos, uma mulher tetraplégica conseguiu controlar um braço-robô com aquela que é considerada a prótese de mão mais avançada já desenvolvida e testada.
Segundo os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, o dispositivo permite um "grau de controle e liberdade de movimentos" que nunca havia sido atingido com esse tipo de prótese. Eles dizem que o aparelho tem amplitude e variedade de movimentos similares aos de uma mão natural.
O braço-robô foi testado por uma voluntária de 52 anos, que há 13 foi diagnosticada com degeneração espinocerebelar, que a fez perder os movimentos do pescoço para baixo.
Os cientistas fizeram uma cirurgia para a implantação de eletrodos conectados ao córtex motor, área ligada aos movimentos, da paciente. Depois de duas semanas, eles começaram uma espécie de fase de treinamento de estimulação para que ela pudesse operar a prótese.
O braço mecânico ficou próximo à cadeira de rodas da paciente. Mas, a rigor, ele poderia também estar fisicamente distante.
O treinamento durou 13 semanas, mas a voluntária já foi capaz de executar livremente movimentos em três dimensões já no segundo dia de testes com o braço-robô. Na décima terceira semana, ela já conseguia fazer tarefas bem mais complexas, como empilhar objetos.
"O grande diferencial desse trabalho é a variedade e a complexidade dos movimentos alcançados pela voluntária", avalia Daniel Rubio, fisiatra e diretor clínico da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, unidade Morumbi.
"A mão humana tem muitas complexidades. Conseguir afinar todas essas capacidades com os impulsos elétricos é o grande desafio".
Andrew Schwartz, professor da Universidade de Pittsburgh e autor principal do trabalho, publicado hoje na revista especializada "Lancet", destacou sua metodologia.
"A maioria das próteses controladas pela mente atingiram seus objetivos usando um algoritmo que envolve o trabalho de uma 'biblioteca' complexa de conexões entre o computador e o cérebro. No entanto, nós tentamos uma abordagem completamente diferente", explica.
"Usamos um algoritmo de computador baseado em um modelo que mimetiza de maneira muito próxima o jeito como um cérebro intacto controla o movimento do membro. O resultado é uma prótese de mão que pode ser movida de forma bem mais acurada e natural do que em esforços anteriores", conclui.
O tratamento ainda está em fase experimental, mas os cientistas já pensam na próxima etapa: eles querem que a prótese tenha alguma resposta sensorial, como ao calor ou ao frio.

3 comentários:

  1. Apesar de vivermos a era do capital, do lucro imediato, do quem ganha mais, existem esforços na ciência para minorar as dificuldades humanas.
    Porém mesmo assim ainda há um abismo muito grande entre estas inovações e a população carente. Pensar em um mundo mágico e justo ainda é utópico.
    De uns poucos anos pra cá convivemos com uma endemia de fungos, abafada convenientemente pelos nossos governantes. A Fundação Oswaldo Cruz pioneiramente partiu a frente do controle e passou a tratar a população carente com antifúngicos o que deu a população enferma uma sobrevida saudável. São farmácos caros totalmente inacessíveis ao povo. Frequentemente nossas autoridades do governo não provem de recursos a farmácia dessa instituição fazendo com que a população fiquem sem acesso ao medicamento vital, levando muitos a óbito.
    Essa é a triste realidade.

    Abraços

    Antonio Jorge

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  2. Caro Chassot,

    temos, aqui no Brasil, um importante centro nesta área, sediado em Natal e dirigido pelo Nicolelis.
    Inclusive existe um projeto interessante: fazer com que o chute inicial da Copa de 2014 seja dado por um tetraplégico. Aqui em Recife estudantes de escola pública estão produzindo exoesqueletos robóticos de baixo custo (menos de dois mil reais cada um), que permitem a locomoção de paralíticos.
    Certamente a tecnologia será uma ferramenta que nos auxiliará nestas tarefas, com o inconveniente de aumentar a profundidade do fosso entre a pobreza e quem domina a tecnologia.

    Grande abraço,

    Paulo Marcelo

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  3. Limerique

    Esse possível feliz casamento
    Da fria máquina com pensamento
    Dá a justa medida
    De como será a vida
    Onde a ciência é um portento.

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