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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

18* Algo acerca da Aalborg Universitet


Ålborg Ano 4 # 1295

Uma vez mais escrevo da Ålborg Universitet. A manhã aqui começou com uma agradável surpresa. Tenho – finalmente – conexão à internet em meu notebook; a primeira vez desde domingo. Ainda ontem à noite, a Gelsa e eu, enquanto aparecia ter sinal ativo tanto na rede a cabo como na sem fio, fizemos baldadas tentativas na busca de ligação à rede. E nada. Hoje, ligo meu notebook aqui, e ‘espontaneamente’ consigo conexão, no mesmo endereço que ontem tentei tantas vezes.

Uma vez mais, nesses dias senti o quanto cada vez mais somos dependentes daquela que, talvez, tenha sido o maior legado do final do século 20. Escrevermos, sem vermos ativado o sinal de conexão a www é algo quase desolador. Hoje dependemos da internet até para buscas em nosso computador. Ontem, por exemplo, elaborava um artigo e não dispor do Google desktop para buscar algo no disco rígido de meu computador pode ser caracterizado como o máximo de minha/nossa dependência. A essa limitação pode-se aditar a impossibilidade de acesso a dicionários, enciclopédias, bibliotecas e tudo mais. Sem internet somos um pouco como um náufrago em uma ilha deserta.

Em uma situação desta me reporto a alguns colegas, que por uma opção dispensam possibilidade de uso de certas tecnologias. Respeitável escolha. Mas a mim parece quase sentenciar-se a uma vida cultural vegetativa. É evidente que momentos como esses que recém vivi, oportunizam boas reflexões acerca do quanto devemos controlar nossa adição a essa parafernália tecnológica, mesmo que dessa use uma muito pequena fração.

Falar da neve é repetitivo. Mas a mirada das três fotos seguintes traduz um pouco paisagem que é me é constantemente oferecida aqui. As fotos representam uma cena muito comum por aqui: árvores desnudas e neve. Na outra a Paola e a Gelsa em um dos acessos do Department of Education, Learning and Philosophy e na terceira um ponto próxima a foto anterior.

Dentro dos registros acerca de minha estada escandinava trago hoje um breve comentário da originalidade da Universidade onde nestas três semanas sou acolhido como professor visitante. A Aalborg Universitet é uma universidade jovem, pois sua fundação ocorreu 1974, quando se tornou a quinta universidade da Dinamarca. Em 1995, a Faculdade de Engenharia Esbjerg passou a fazer parte da Universidade e no ano seguinte, foi criada a Faculdade de Arquitetura e Design. Em 2003, foi inaugurado o Campus em Copenhague (Copenhagen Institute of Technology). Em 2006 foi fundada a Escola de Medicina e em 2007 o Instituto Nacional de Investigação em Construção.

A Aalborg Universitet possui cinco faculdades: a Faculdade de Letras da Faculdade de Ciências Sociais, Faculdade de Engenharia da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Medicina.

A Aalborg Universitet difere de outras universidades dinamarquesas mais antigas e tradicionais por seu marcado enfoque na interdisciplinaridade, com programas Interfaculdades. Há um currículo experimental que consiste de um núcleo interdisciplinar e seguido de uma especialização posterior. Há uma estrutura pedagógica que consiste em projetos reais baseado na resolução de problemas de relevância educacional. Isso se tornou internacionalmente conhecido e reconhecido como a experiência de Aalborg ou o modelo de Aalborg. Com modelo baseado na formulação de problemas e sua organização baseada em projetos, tanto ensino semestral e o trabalho dos estudantes gira em torno de problemas reais e complexos. Os estudantes se interrogam sobre a resolução destes problemas e tentam encontrar respostas aplicando métodos científicos e trabalhando grupos.

Desejo que a quinta-feira seja maravilhosa ou, se tiver alguém de fala danesa que me lê: Jeg ønsker at torsdag er vidunderlig


6 comentários:

  1. Caro Chassot, que tua viagem possa ser a mais proveitosa possível.

    Sobre o modelo da Universidade, parece-me que existe algo nesse estilo no curso de Medicina da Universidade de Londrina. É uma proposta interessante que deve ser mais analisada.


    Abraços,

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  2. Chassot, meu caro! Tenho acompanhado tua jornada e da Gelsa pelo norte da Europa. Mas a temperatura parece não ser muito convidativa para o tour. Ao contrário, por aqui o calor prevalece, não com a intensidade dantes. Novidades, somente a permanencia do governador do DF (ex-senador pego na mentira), atrás das grades e uma denuncia da Rede Bandeirantes de que há um grupo pago pela administração de Brasilia, dando apoio ao corrupto em frente à sede da PF. Jornalistas e oposicionistas forma agredidos pelos paus mandados. E a Globo só algumas notas. De resto, nosso time se classificou para as semi-finais do gauchão noite passada (Gremio 4 x 2 Veranopolis). Sigo acompanhando-te e conhecendo Alborg. Desejo também que tua quinta-feira seja maravilhosa. Abraço do JB.

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  3. Meu caro Paulo Marcelo,
    primeiro obrigado por teu comentário. Conheço um pouco da proposta de um curso da UEL. Dá-te conta que aqui é a proposta transdisciplinar é de uma Universidade.
    Obrigado pelo construtivo teclar desta manhã.
    Não tenho teu endereço eletrônico para te enviar cópia deste meu comentário;
    Um abraço nevado para tua quente Olinda.
    attico chassot

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  4. Meu querido Jairo,
    obrigado por teus comentários e por tuas notícias. Essa de um governador estar na cadeia é o Maximo. O Brasil parece que vai toar jeito.
    Realmente aqui está frio. Hoje nevou muito (-3ºC) e para amanhã está previsto mais frio, fala-se que no fim de semana teremos -10º .
    Eu hoje à noite continuava sem internet na residência só na Universidade. Veja o que pode o Skipe, meu filho Bernardo, pela conexão da Gelsa me orientou uma reconfiguração no meu notebook e consegui agora conexão.
    Um abraço nevado de Ålborg para até a tua tórrida Canoas.
    attico chassot

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  5. Mestre Chassot, é impossível ler a palavra "interdisciplinar" sem lembrar de uma das suas mais célebres falas: "Das disciplinas à indisciplina: caminho ao inverso para a leitura do mundo real". Espero que tudo siga correndo bem nessa empreitada nórdica.

    Ótimo dia

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  6. Meu querido ex-discípulo Marcos,
    acertaste. Vejo muito presente aqui muitas teses que defendo.
    Obrigado por teu comentário,
    attico chassot

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