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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

31.— Ofertando tâmaras...

ANO
 11
Desde os Emirados Árabes Unidos
FÉRIAS 15/24
EDIÇÃO
 3262

Estamos, uma vez mais em Abu Dhabi. No desenho de nossas férias planejamos sete dias em Paris, intercalados de 15 dias no Golfo Persico. O prelúdio parisiense ocorreu de 14 a 18 de janeiro. Após este, viajamos para Doha. Assim, estivemos cinco dias no Qtar aos quais aditamos os oito dias de cruzeiro, que encerramos ontem em Dubai. Da maior cidade dos Emirados Árabes Unidos viemos a sua capital, Abu Dhabi, onde ficaremos até quarta-feira, quando retornaremos à Paris, para o posfácio da viagem, que se encerará na segunda-feira, com a viagem Paris/Lisboa/Porto Alegre.
Assim, mesmo que tenhamos estado em Abu Dhabi, com o cruzeiro no último sábado, na manhã de ontem, expandimos aqui nossa estada na região onde humanos venceram a rudez do deserto criando oásis feitos por cidades modernas— ou, mesmo futurísticas — que semearam nas areias e nas águas, onde fazem surgir ilhas artificiais que acolhem caravaneiros contemporâneos.
A distância entre as duas capitais dos dois mais importantes dos sete emirados é de 165 km que percorremos em sua maior parte em magnifica autoestrada, a qual só tem acesso automóveis, com três amplas pistas em cada direção. O senhor Muhamadh venceu o trecho em menos de duas horas com habilidade, talvez porque em alguns trechos usasse o ‘rosário islâmico’ para recitar algumas suras corânicas. A rodovia está assentada sobre o deserto e é margeada pelas onipresentes tamareiras com alguns povoados, sempre com as casas agrupadas em torno de uma mesquita.
A Wikipédia ensina que “a tamareira ou datileira (Phoenix dactylifera) é uma palmeira extensivamente cultivada pelos seus frutos comestíveis, as tâmaras [vale lembrar que em inglês tâmara é date]. Pelo fato de ser cultivada há milênios, a sua área natural de distribuição é desconhecida, mas seria originária dos oásis da zona desértica do norte de África [...]. É uma palmeira de média dimensão, de 15 a 25 m de altura, por vezes surgindo em touceira, com vários espiques (caule da palmeira) partilhando o mesmo sistema radicular, mas em geral crescendo isolada. As folhas são frondes pinadas, com até 3 m de comprimento, com pecíolo espinhoso e cerca de 150 folíolos. Cada folíolo tem cerca de 30 cm de comprimento e 2 cm de largura”.
Existem dezenas de variedades de tamareiras. Recolho de site português que as “tâmaras são uma boa fonte de potássio na dieta, assim como um ingrediente útil nas formulações hidratantes para os cosméticos.[...] é também um alimento que provém da palmeira tamareira, que em grego tem a designação de Phoenix. O nome que ainda hoje é dado ao fruto – Dactylifera – vem da palavra grega dactylos, que significa dedos. Em árabe, a palavra tâmara significa dedo de luz (douglat nour), devido à forma e à transparência luminosa dos frutos da tamareira. A par destas e de outras curiosidades que giram em torno deste fruto, o seu interesse reside fundamentalmente nas propriedades nutricionais e cosméticas e, por consequência, nos benefícios que traz para a saúde” http://lifestyle.sapo.pt/saude/saude-e-medicina.
Ontem à noite na janta, encantado com tudo que já ouvi nestes últimos dias tomei, pela primeira vez suco de tâmaras. Gostei muito. Lembro nesses dias as leituras de Karl May (1842—1912), um ficcionista alemão, onde um dos livros era ‘Laranjas e Tâmaras’ que narrava histórias de beduínos.
Desejo em um sonho fantástico, ofertar a cada uma e cada um dos leitores destas edições férias 2017, algumas tâmaras. E que façam bom proveito

2 comentários:

  1. Os Árabes transformaram parte de seus desertos em regiões habitáveis, já NÓS estamos conseguindo transformar ricas regiões de biodiversidade invejável em zonas inabitáveis e repletas de fossos sociais...Incrível, não??

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