ANO
11 |
FÉRIAS 03/24
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EDIÇÃO
3248
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Para mim, talvez, uma
das marcas mais significativas do estar em férias é o quanto os dias da semana
não têm as marcas dos ditos dias úteis e dos dias festivos. Quando estou em
férias, todos os dias para mim têm aquela sensação gostosa do entardecer de uma
sexta-feira. Então, somos embalados por encantadoras futurições que se fazem
promessas. Esse ser expectante me encanta. Algo semelhante à sabedoria popular
que ensina que “o melhor da festa é encerrar por ela”.
A nossa segunda-feira
foi em local que teve ter sido atração em quase todas as nossas estadas em
Paris nesses 28 anos: O Centre Georges
Pompidou, ou Centre Beaubourg como dizem os parisienses, sem dúvida nenhuma
é um dos museus mais incríveis da cidade.
Há quem diga que ele
é o Louvre da Arte Moderna. Não só pelo seu acervo enorme, um dos maiores do
mundo na categoria arte moderna e contemporânea, mas também pelo seu prédio supermoderno
que casa perfeitamente com as obras ali expostas, assim como o Louvre combina
magnificamente bem com as suas.
Com sua estrutura de
vidro e metal e condutos nas cores vermelha, verde e azul, o edifício do Centro
Pompidou foi objeto de polêmica em sua criação, sendo qualificado na época de
"refinaria" e "fábrica de gás". Hoje é tão emblemático da
paisagem parisiense quanto a Torre Eiffel.
Nesta segunda, mesmo
que ali passássemos algumas horas, reservamos a apenas duas exposições temporárias
entre muitas possibilidades dentre os acervo permanentes e temporários.
Suas obras são
metáforas que se apresentam como representações realistas, através da
justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o
torso feminino, o chapéu coco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros
mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.
Das muitas obras
importantes destaco duas, que há muito conhecia e eram das maiores atrações da
exposição: Ceci n’est pas une pipe e Ceci n’est pas une pomme e que reproduz
aqui. A minha escolha é Princípio da incerteza (reproduzida ao lado).
A segunda das exposições foi Cy Twombly (1928 — 2011) tido como um dos
maiores pintores estadunidenses do século 20. Ele diz de suas obras que ‘parecem
coisas de crianças, mas não são infantis. Na exposição há cerca 140 obras
(pinturas, esculturas, desenhos, fotografias) trazidas de coleções públicas e
privadas através do mundo.
Esta é uma pálida
amostra de uma de uma sumarenta e fria segunda-feira parisiense que me agrada
repartir com cada uma e cada um dos meus leitores. Convido a um reencontro
amanhã.
Dedico esta blogada a
Liba Knijnik que me ensina a valorizar museus.
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