ANO
10 |
EDIÇÃO
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Houve tempos de nossa infância e mesmo da pré-adolescência que a
noite de 24 de dezembro era a mais esperada do ano. À medida que os dias
passavam, no começo de um novo ano, parece que o natal ficava mais longe.
Depois dos finados, havia a impressão que o calendário quase parava. Hoje
parece que tudo passa tão rápido. Nossas agendas, então, eram tênues e os dias
custavam a passar. Hoje, são muito densas e quase sem nos darmos conta: “...
logo ali já é natal!” Sim, hoje é de novo 24 de dezembro.
Assim, escrevo também para desejar alegrias pela data aos que
creem e aos que não creem.
Aos primeiros, os votos são de alegria pelo poder da fé na
crença de um Deus que se encarna. Acredito que não deva haver mistério de fé
maior do que este: um Deus fazer-se homem.
Aos outros, — tenho sempre dúvidas acerca da existência real
destes — que possam curtir o recesso laboral catalisado pela maior data
religiosa do mundo ocidental. A alegria de se associar aos que creem sem discriminação é uma das
vitórias de nossos tempos.
Desejo,
também, muita alegria pelas festas que têm a magia de congregar, sem distinção,
crentes e não crentes.
Mais de uma vez já externei, com ressaibos de brincadeira/verdade,
que seria desejável que o ano terminasse em 30 de novembro e recomeçasse em 1º de
janeiro. Advogo a eliminação de dezembro com sua sucessão (quase internável) de
festas: amigo secreto (parece algo em extinção), natal em família, no serviço,
no condomínio, na escola dos netos, primeiro concerto, comemoração de
(aniversário) de formatura, intermináveis cerimonias formaturas na Educação infantil,
no ensino fundamental, no médio, na faculdade... tudo no hemi-dezembro.
Vivi uma celebração a qual me rendo encantado. Por tal faço desta
uma blogada muito especial. Tenho, de maneira explícita, evitado fazer
registros familiares, especialmente imagéticos. Há, dentre os meus queridos, aqueles
que invocam violação de segurança e privacidade em alguns de meus relatos.
Mesmo que discorde da tal postura, respeito-a. Não raro aderi a esta imposição
com dificuldade ou até com desagrado.
De maneira consentida, aqui e agora, violo — de leve — essa
diretriz. De alguns, imploro compreensão.
Desde o último dia da primavera de 2015 até o primeiro dia do
verão de 2015/6, a Gelsa e eu, acolhemos, fora de Porto Alegre (aqui sou
tentado dizer que o local é lindo e famoso; mas, não faço), nossas quatro
filhas e nossos dois filhos, genros e noras. Eles nos deram em um período de
mais de quinze anos quatro netas e seis netos. Esta é nossa pequena/grande
tribo, de 23 pessoas vindas de distintas geografias (Porto Alegre, Estrela, Florianópolis
e Paris). A foto é de uma gruta artificial com estalagmites e estalactites e
piscinas térmicas para hidromassagens.
Vivemos, então, uma muito rara oportunidade que só ocorre uma
vez ao ano. Havia por que eu quisesse compartir isso, nesta blogada que também
se destina a desejar alegria pelas festas a cada uma e cada um de meus leitores.
A magia do natal é, mais que nunca, ter a família reunida. Natal é sentimento de renovação...A simplicidade da profundeza da palavra nascimento/renascimento. Um Feliz Natal, querido Mestre e familiares.
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