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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

15- DO CHUÍ AO MONTE CABURAÍ


ANO
 10
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EDIÇÃO
 3113

Em minha viagem anterior, cheguei ao meu destino final 33 horas depois do previsto e em 4 dias tive seis voos, quatro viagens rodoviárias de mais de 4 horas cada e quatro voos cancelados.
Na última do ano, os deuses que cuidam de meus voos foram magnânimos. Deixei Porto Alegre nesta terça às 6h40min e às 11h20min (13h20min BSB) pousava em Boa Vista, RR. Fiz uma breve escala em Brasília, com troca de aeronave. Não sei se esta é quinta ou sexta vez que venho a Boa Vista. A priemira, a convite da UFRR e da Regional da SBQ foi em 01/12/2010. Desde aqui já visitei aldeamentos indígenas, estive na Guiana e na Venezuela. Até já tive como vizinho de apartamento um rei (o da Suécia) no mesmo hotel onde estou hoje.
Venho a convite da UERR. Aqui tenho uma palestra “A Ciência é masculina? É, sim senhora!” na noite de hoje e na quarta-feira: uma banca de mestrado pela manhã e duas qualificações à tarde. Pela manhã Aldecíria Magalhães apresenta sua dissertação no mestrado profissional de ensino de Ciências “Alfabetização científica no ensino de ciências: do saber cotidiano ao saber científico por meio da estratégia de experimentação”. O trabalho foi orientado pela Profa. Dra. Patrícia Macedo de Castro. Terei o privilégio de estar mais uma vez em uma atividade acadêmica com o Prof. Dr. Evandro Luiz Ghedin, que faz parte da banca.
À tarde Glauberson Silva Matos, orientado pelo Prof. Dr. Oscar Tintorer Delgado, submete a qualificação sua proposta: “A atividade de situação-problema na experimentação em ambientes virtuais como ferramentas de aprendizagem de óptica fundamentada na teoria de formação por etapas das ações mentais e de conceitos de Galperin, nos estudantes do 2º ano do Ensino Médio”.
Na segunda parte da tarde, Wemerson Batista Silva, orientando do prof. Ghedin, traz como proposta de dissertação “A mobilização da criatividade no ensino de conceitos científicos no Ensino de Ciências”.
Retorno a Porto Alegre na tarde de quinta, pois na sexta além de ter a última aula do semestre no seminário que compartilho com a Professora Marlis, minha orientanda Jackeline Jimenez Macedo, submete a qualificação no Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão a sua proposta: “AS MATAS CILIARES E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Elaboração de um livro destinado para a educação básica” serão interlocutores da Jackeline e meus os professores doutores Norberto da Cunha Garin e Valesca Veiga Cardoso Casali.
Uma justificativa ao título: Não é uma situação inusitada alguns brasileiros utilizarem a expressão do Oiapoque ao Chuí quando querem dizer do extremo norte ao extremo sul do Brasil, por que, foi considerado por muito tempo o ponto extremo norte do país como o Cabo Orange, localizado no Oiapoque, estado do Amapá, mas dados históricos revelam que em 1998, uma expedição oficial teria alcançado o monte pela primeira vez e confirmado ser o Monte Caburaí o verdadeiro ponto extremo Norte do Brasil. Assim, metaforicamente, esta manhã viajei do Chuí ao Monte Caburaí.
O Monte Caburaí que possui 1.456 metros de altitude é ponto mais extremo ao norte do Brasil e está cerca de 80 quilômetros de distância do famoso Monte Roraima. Ele está localizado no município de Uiramutã, dentro do Parque Nacional do Monte Roraima fazendo fronteira com a República Cooperativista da Guiana. Em 1930, o Marechal Cândido Rondon organizou uma expedição ao Monte Caburaí e chegou a afirmar que se tratava do extremo norte do Brasil, mas mesmo assim, aquelas terras permaneceram por muito tempo esquecidas.

Um comentário:

  1. Visualizando a imagem do Monte Caburaí fico a imaginar o quão o sistema terra, o sistema vida são gratos à manutenção de referida geografia.
    Que Dezembro, mestre?
    Grande abraço.

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