22, - Mais uma estreia

Porto Alegre * Ano 5 # 1664

Hoje à noite, com a primeira aula de Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa [ontem as aulas eram somente para turmas de calouros] inauguro oficialmente meu 101º semestre letivo. Talvez ficasse mais elegante dizer como era em 1961: 51º ano letivo.

Neste semestre minhas aulas na graduação serão nas manhãs de segundas-feiras (para curso de Música) e noites de terças-feiras (Cursos de Filosofia, Educação Física e Matemática). A disciplina Conhecimento, Linguagem e Ação Comunicativa terá sua primeira edição no Centro Universitário Metodista do IPA neste semestre. A ementa “aborda as diferentes escolas em teoria do conhecimento e filosofia da linguagem, discurso e comunicação. A teoria dos ‘atos de fala’ e os processos comunicativos orientados ao entendimento mútuo. A teoria da ação comunicativa e seus críticos. A linguagem como entendimento e condição de possibilidade da experiência educativa. Deliberação e processos democráticos de tomada de decisão. Comunicação, ética e práticas educacionais”. É mais uma estreia.

Um significativo registro, ainda do fim de semana. A Gelsa e eu assistimos:

O Discurso do Rei / Original: The King's Speech / Lançamento: 2010 / Origem: Inglaterra / Direção: Tom Hooper / Atores principais: Colin Firth, Helena Bonham Carter, Geoffrey Rush, Michael Gambon / Duração: 118 min / Gênero: drama / Censura: 12 anos.

Bertie (Colin Firth) sofria de um grave problema de gagueira desde a infância. Sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), a futura Rainha Mãe, consegue, as escondidas do marido um excêntrico terapeuta da fala, Lionel Logue (Geoffrey Rush). Depois de um começo difícil, os dois embarcam em um tratamento pouco ortodoxo e, passam formar, depois de muitas tensões um vínculo inquebrável.

Após a morte de seu pai, o rei George V (Michael Gambon) e à abdicação escandalosa do Rei Eduardo VIII (Guy Pearce) [reinou apenas de 20 janeiro a 11 dezembro de 1936], quase de repente Bertie é coroado como rei George VI do Império Britânico, que representava então, um terço do Planeta.

O país estava à beira de uma guerra contra a Alemanha nazista de Hitler e precisava desesperadamente de um líder. Com o apoio de Longue, da família, do governo e de Winston Churchill (Timothy Spall), o Rei consegue superar sua gagueira e proferir o seu mais importante discurso no rádio, inspirando o seu povo e os unindo para a iminente batalha contra os alemães na Segunda Guerra Mundial.

George VI, nascido Albert Frederick Arthur George (1895 - 1952), enquanto Duque de York, casou-se com Lady Elizabeth Bowes-Lyon em 1923 e os dois tiveram duas filhas: a atual Rainha Elizabeth II e a Princesa Margareth. Foi o terceiro membro da Casa de Windsor a assumir o trono do Reino Unido. Foi ainda o último Imperador da Índia até 1947. Foi rei entre 1936 e 1952, ano em que faleceu, sucedido pela filha Elizabeth, já no trono há 59 anos.

O Discurso do Rei, baseado na história real do rei George VI, é comovente pelo ingente esforço de Bertie e de Lionel, seu terapeuta na busca do príncipe e depois monarca para superar a gagueira. A esposa é talvez a figura mais importante e audaciosa. Um excelente e comovente esforço na superação de uma dificuldade removível, mas que impedia o pleno exercício do reinado.

Com uma sugestão de um bom filme, que parece muito especial, especialmente para aqueles de nós que tem na fala o principal instrumento de trabalho, votos de uma excelente terça-feira.