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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

11.- Agora, Brasil novamente

Rio de Janeiro* 9 * Ano 5 # 1653

Pois este é o último dia do ‘diário de um viajor’ que se fez novenário. Este rem narra vivências, como turistas em férias em Nova York nesta segunda edição de sete dias na capital do capitalismo. Como a primeira, a nona edição – já postada no Brasil – esta será de alguns fragmentos escrito em tempos diferentes.

10FEV2002 19:39 p.m. Aeroporto John Fitzgerald Kennedy. Já fizemos o check-in e nossas malas inspecionadas foram despachada até o Rio de Janeiro, Nós também passamos pela inspeção tirando cinto e sapato tendo malas e corpos escaneadas.

Nosso dia de despedida de Nova York foi de céu azul, mas muito frio: em torno de -3ºC. Pela manhã nos surpreendemos na Grand Central Terminal com uma mega divulgação de ovos com 17% menos colesterol. Eram distribuídos canapés a base de ovos no show para atender centenas de usuários da estação. Revoltou-me ao ver omeletes serem preparados com requinte e depois levados ao lixo.

Pela manhã fomos de metrô para sul. Fomos até o local que a 11 de setembro de 2001 foi o foco das atenções do mundo. Mesmo que tivéssemos visto, a rodo, as cenas de destruição do World Trade Center, estar ali e ver os imensos arranha-céus que ficaram incólumes, em volta, é algo que emociona. É impressionante o imenso canteiro de obras onde se quer repor um conjunto imenso de altas torres como a atestar o poderio estadunidense.

Visitei após a Trinity Church na Wall Street, tida como a mais primorosa catedral gótica das Américas. Ela é sede desde 1697 teve delegação do Rei Guilherme III como primeira diocese episcopaliana de Nova York. Esta construção de 1898 já é terceira, pois as duas primeiras foram destruídas uma por um incêndio em 1776 e outra a estrutura não suportou uma nevada em 1846. Em 1976 recebeu a visita da Rainha Elizabeth II, por ocasião do bicentenário da Independência estadunidense. Há uma placa alusiva a esta visita. Fiz uma visita pela parte interna e externa (caminhando então sobre a neve). Algo muito lindo são algumas portas de bronze com cenas bíblicas em alto relevo. Junto a igreja está um cemitério, com apenas as lápides emergindo da neve. Nesta igreja iniciou a Universidade de Columbia, em propriedade doada pela Trinity Church à universidade.

Da Wall Sreet retornamos ao hotel, terminamos a arrumação das malas e vizemos um pequeno lanche. Depositamos as malas na portaria do hotel e partimos para a última saída.

Fomos, por indicação da Marilyn – segundo ela, havia ali o que de mais criativo e original se podia ver nesta semana em Nova York. A Gelsa descreveu assim mais um segmento de nossa jornada no mundo das artes:

Fomos à Paula Cooper Gallery. A longa caminhada desde a estação de metrô mais próxima foi regiamente compensada. A obra The Clock, do artista Christian Marclay impressiona sob muitos ângulos. Trata-se de um trabalho, com a duração de 24 horas (exatamente isso, 24 horas!), no qual o artista justapôs algumas milhares de breves cenas de filmes (não legendadas e faladas em alemão, francês ou inglês) de diferentes épocas, extraídas de diferentes cenários, de distintas situações, compondo um filme que, como escreveu Linda Yablonsky, em seu artigo Artifacts: Tick, Tick, Tick, é um trabalho de arte conceitual que se constitui em uma obra prima de montagem, de inacreditável precisão e delirantemente encantadora. Em “tempo real”, assistimos o que era exibido no filme no horário da tarde em que estávamos na galeria. A maestria do artista fez com que as justaposições de cenas de filmes tão diversos (ora em cor, ora em preto e branco) adquirissem uma fluidez quanto às imagens, aos sons, criando novos sentidos para os espectadores. Continuamente os personagens se referiam ao horário, ou as cenas mostravam algum relógio que, minuto a minuto, correspondia ao que víamos em nossos relógios. Lamentamos profundamente ter de interromper esta emocionante experiência, mas era preciso viajar.

Do Chelsea Distict, onde estão várias galerias de arte, inclusive as Paula Cooper, passamos no hotel apenas para colher as malas e viemos de taxi ao aeroporto em uma viagem que por ser hora do rush, levou mais de uma hora. Agora aguardamos o embarque.

11FEV2002 07h30p.m NYC 04h30min no RIO a bordo de Boeing 367 Estamos a cerca de 3h do Rio de Janeiro. Voamos no Sul do Pará. Já a iluminação solar. Viajamos a 12,250 m de altura com velocidade de 835 km/h. A temperatura externa é de -50ºC. Antes do jantar – algo quase indigno deste nome – li alguns jornais e resolvi sodoku, algo difícil pelo tamanho dos quadrículos e iluminação precária. A Gelsa como na ida conseguiu para cada um de nós três assentos e assim podemos dormir com relativo conforto. Fiz duas boas dormidas de 2 + 3 horas. Agora aguardamos a chegada ao Rio, quando se completarão 10h30min de voo.

11FEV2002 13h30min Aeroporto Maestro Antônio Carlos Jobim do Galeão Estamos aguardando a partida para Porto Alegre. A chegada ao Rio foi pontual: 10h30min. Depois fazermos alfândega aqui tentamos, sem sucesso antecipar a partida à Porto Alegre. Não tivemos sucesso. Mas já temos notícias.

Meus votos de uma sexta-feira gostosa são tardios. Desejo a cada uma e cada um o melhor e a perspectiva de lermos amanhã da Morada dos Afagos.

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