10.- Bye, bye... big apple!

Nova York 8 * Thursday* Ano 5 # 1652

Já estamos em ritmo de adeus a Big Apple – a Grande Maçã; um apelido de Nova York, que se popularizou na década de 1970. Não se sabe ao certo sua origem.

Não há como deixar de lembrar, uma vez mais, o livro de Michel Onfray “Geografia da Viagem” que citei aqui no dia 2, quando anunciava esta viagem. O filosofo francês analisa que começamos a viajar, mesmo que a partida e também, como é o caso presente, já estamos um pouco em casa antes de terminar a viagem. Não é sem razão que esta noite sonhei pela primeira vez com os peixes de minha fonte.

O nosso último dia inteiro em Nova York foi o mais frio, com temperaturas em torno de menos 5ºC. Há ainda muitos caros imobilizados pela neve, mesmo que não tenha nevado desde que chegamos. Passamos Boa parte da quarta-feira no Museu Americano de História Natural (American Museum of Natural History). O AMHN – fundado em 1869 – é reconhecido pela sua vasta coleção de fósseis, incluindo de espécies de Dinossauros. Uma das grandes atrações do museu é uma coleção de esqueletos de dinossauro, com numerosos fósseis e artefatos espalhados por 42 salas de exibição. Um barossauro de aproximadamente 15 metros dá as boas vindas aos visitantes na entrada. O barossauro (Barosaurus lentus, em latim "lagarto pesado") foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu durante o período Jurássico, há 150 milhões de anos. Media em torno de 27 metros de comprimento e pesava cerca de 30 toneladas.

Assistimos a 4 exposições: 1) Brain: The Inside Story. 2) The Butterfly Conservatory: Tropical Butterflies Alive in Winter. 3) Journey to the Stars. 4) Sea Rex. Adito algo de cada uma delas, ajudado pela página do museu:

1) Brain é acerca do cérebro humano, mostrando-o como o resultado de milhões de anos de história evolutiva e o quanto este utiliza produtos químicos e sinais elétricos para interpretar informações, que determinam as tomadas de decisões e as aprendizagens em cada etapa da vida. Baseado em pesquisas de fronteira do século 21 a exposição oferece aos visitantes uma nova perspectiva e possibilidades de introspecção aos seus próprios cérebros por meio da arte criativa, como tomografia cerebral por imagem e exposições interativas para todas as idades. A exposição oferece aos visitantes as últimas descobertas da neurociência, destacando surpreendente capacidade do cérebro de se religar em resposta à experiência, deficiência, ou trauma, e apresenta novas tecnologias que os pesquisadores usam para estudar o cérebro e tratar doenças como Alzheimer e Parkinson. Mais detalhes em www.amnh/brain A Gelsa e eu nos lembramos muito do Moacyr Scliar – que está em coma há quase um mês.

2) The Butterfly Conservatory: Tropical Butterflies Alive in Winter é uma exposição anual favorita, visitada por milhões de crianças e adultos. Os visitantes podem se misturar com até 500 borboletas viva entre flores tropicais e linda vegetação. Em www.amnh.org/exhibitions/butterflies/ há um pqequeno filmete que mostra um pouco do que vimos.

3) Viagem às Estrelas é um novo e espetacular, narrado pela atriz Whoopi Goldberg apresenta imagens extraordinárias de telescópios no solo e no espaço e deslumbrante visualizações. É uma cativante experiência de cinema criada por astrofísicos e especialistas em produção de mídias, com a colaboração da National Aeronautics and Space Administration (NASA) e mais de 40 cientistas dos Estados Unidos e no exterior. Durante a exibição em uma monumental abóboda aflorou muito em mim a imagens de Giordano Bruno e Galileo, condenados por suas visões do Universo.

4) Sea Rex: Journey to a Prehistoric World. É uma produção em 3D da IMAX apresenta uma maravilhosa aventura da era dos dinossauros. No filme Julie, uma jovem mulher dos tempos atuais, muito imaginativa dialoga com naturalista francês Georges Cuvier (1769 — 1832), um dos mais importantes cientistas da primeira metade do século 19. Julie está num moderno aquário e ‘viaja’ para o Triássico, Jurássico e Cretáceo. Conhecemos então, um universo subaquático surpreendente habitado por criaturas maiores que dominavam os mares antes dos dinossauros conquistarem a terra. Mergulha-se 200 milhões de anos atrás para o T-Rex – o Rei do mar!

Antes, nos intervalos e depois destas quatro exibições nos encantamos com alguns das centenas de dioramas que colocam animais e humanos de diferentes épocas em cenários que evocam tempos remotos. Também visitamos algumas salas temáticas sobre a Lua e sobre o Planeta Terra. Nesta última o surpreendeu-me um filme sobre vulcanologia em que se pode ver a parte interna de uma cratera em erupção e também cientistas coletando lava ainda incandescente.

Em fim foi uma muito boa jornada, mesmo que um pouco salgada no preço. Pagamos 59 US$. Isto que conseguimos redução como seniores.

Nesta quinta-feira temos uma programação de despedida. Nossa partida esta prevista para as 21h25min (já 00h25min de sexta-feira, pelo horário de Brasília). A previsão de chegada ao Rio de Janeiro – de onde pretendo postar o blogue –10h35min. A viagem a Porto Alegre é às 15h45min.

Quando desejo aos meus leitores uma muito boa quinta-feira, agradeço aqueles que nestes dias foram companhia nesta viagem, de uma maneira especial aos que honraram este blogue com comentários. A edição de amanhã encerra o novenário de mais um diário de um viajor.