ANO
11 |
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em www.professorchassot.pro.br
Das disciplinas à
indisciplina
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EDIÇÃO
3229
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Meu querido amigo Jairo Vieira Brasil — que acaba de
atualizar a abertura deste blogue incluindo o Das disciplinas à
indisciplina na sua concepção inicial — é, dentre de meus
ex-orientandos, um colega que continua muito próximo no fazer Educação. De vez
em vez almoçamos juntos, nos lemos em nossos blogues e falamos de sala de aulas,
paixão que nos une.
Em cada um dos últimos novembros o Jairo tem me
presenteado um livro. São sempre livros que muito provavelmente não leria. No
ano passado comentei aqui seu sumarento presente de então: ‘Uma casa: uma breve história da vida
doméstica’ [BRYSON, Bill Título Original: At Home: A Short History of
Private Life, São Paulo: Companhia das Letras, 2011, 536 p. ISBN:
978-85-359-1947-9]. Foi um livro que li com deleite.
A surpresa deste ano foi muito apreciada: O médico doente de Drauzio
Varela. Neste
pequeno livro (são 129 p.), o conhecido cancerologista, talvez o maior
disseminador de saúde na mídia brasileira, não é acerca do doutor que cura, mas
sim a narrativa do paciente que, com imensos riscos, é curado. Uma aguda moléstia
(febre amarela, em alto grau) o faz com que ele troque de lado nos seus fazeres
cotidianos.
No livro (Rio de Janeiro: Companhia das Letras,
2007, ISBN 978-85-359-1149-7) o autor “entremeia percepções do médico às do paciente, em
meio à intensa viagem temporal entre presente e passado. Inicia sua narrativa
com o retorno à cidade de São Paulo, após uma expedição no Rio Negro, entre as
mais de cinquenta de que já participou, onde é desenvolvido um projeto de
pesquisa botânica, com o fim de produzir fitoterápicos, sob sua coordenação.
Segue a narrativa na forma de um diário em que relata minuciosamente os
sentidos e sentimentos trazidos pela doença, que, ao levar dias para ser diagnosticada,
causou intenso sofrimento. Já internado e em processo de investigação
diagnóstica, relata o suplício que é receber visitas de pessoas pouco próximas
e pergunta ao leitor: Existe constrangimento maior do que passar mal na
presença de pessoas com quem não temos
intimidade? Com isso, a família e ele restringem as visitas com a enfática afirmação da mulher: No seu estado, não tem cabimento ser obrigado a fazer
sala para visitantes” conta o médico Nelson Filice de Barros em resenha publicada em Ciênc. saúde coletiva vol.14 no.4 Rio de
Janeiro July/Aug. 2009
Parece muito significativo escrevermos sobre nossas
doenças. Ainda na edição de 09 de novembro deste blogue, contei de uma experiência
de ter câncer. Se a escritoterapia é
salutar, ler médicos, enquanto pacientes, dá a nós — que não somos da área —
percepções enriquecedoras. Agradeço ao Jairo o presente. Li O médico doente e recomendo. Vale a pena.
Meu sempre simpático e querido Mestre...
ResponderExcluirA aquisição de um presente nestes novembros, em que também me regozijo ter tua parceria todos os anos, confesso que me ponho apreensivo na tentativa de adivinhar tua preferencia. Mas então, assumo o risco de escolher tessituras que possam desviar das tuas rotinas cientificas e academicas. Fico feliz em ter conseguido atingir este objetivo.
Mais uma vez, abraço e gratificado em ter sido mote da edição desta semana.
JB
Meu querido professor quanto tempo!!
ResponderExcluirGosto demais de me deliciar com seus escritos, eles me remetem ao mundo e ao mesmo tempo a meu espaço, a situações vividas semelhantes.
Grande Abraço, saudades!!