ANO
11 |
Em
www.professorchassot.pro.br Livraria Virtual está
Das disciplinas à
indisciplina
|
EDIÇÃO
3228
|
Este
texto está muito marcado pela dor causada pela mortes ocorridas com a queda do
avião que levava a Chapecoense.
Neste mês de novembro, quase no ocaso, no dia 9, escrevi uma blogada “Estou,
mas não estou”. Estava em Barreiras, a convite do curso de Química da
Universidade Federal do Oeste da Bahia e não fui à universidade, pois esta
estava ocupada por estudantes. Fiz palestras, dei minicurso, autografei
livros... no complexo do Senai/Sesi de Barreiras. Assim a UFOB é realmente uma universidade que ‘fui, mas não fui’.
Na sexta-feira que passou, voltava de Manaus (na semana anterior fora a
Boa Vista em Roraima, de onde trouxe pingos
e respingos para a edição anterior) e na longa viagem avaliava as minhas
falas manauaras no Encontro Nacional de Estudantes de Ciências da
Natureza, na comemoração dos 50 anos do curso de Ciências Naturais da UFAM e
projetava falas que faria nesta semana em Belém, no VIII Seminário Nacional sobre
Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais. Não raro nos repetimos, mas
sempre ressaltam pontos que exigem reescritas. Isso era um bom assunto também
para os entre cochilos em mais uma das repetidas travessias de Norte a Sul.
Mas, ainda na sexta recebo comunicado que analisa que: “como é conhecimento de todos, o país vive
turbulências. Elas se manifestam tanto na vida econômica quanto na esfera política,
assumindo dimensões diversas a depender do ambiente do qual tratamos — se
nacional, estadual, ou municipal. A Universidade Federal do Pará participa
desse movimento de modo intenso. A comunidade universitária encontra-se
mobilizada atuando por meio de ocupações e paralizações que suspendem a rotina universitária
em prol das discussões que o momento impõe. Diante disso, as atividades
acadêmicas são, necessariamente, redimensionadas, em função do reordenamento de
espaços e de reorganização de pessoal com vistas a manutenção do movimento
político e da busca pelo alcance de seus objetivos”. E em face disso o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre
Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais (Núcleo Gera) considera ser impossível realizar os eventos acerca da Formação de Professores e Relações
Étnico-Raciais, previstos para o período de 30 de novembro a 2 de dezembro de
2016.
Restou-me escrever: “Lamento muito.
Havia muita expectativa. Mas se for para mostrar ao Temer e seus asseclas o que
eles estão fazendo com o Brasil, confortemo-nos mutuamente”.
Um pouco antes recebera notícia de inviabilidade de realização de
atividade que faria em dezembro no campus de Barra do Garça na UFMT. E as
viagens de dezembro se transformavam em inviagens.
Assim, ter estado, no segundo semestre deste ano em nove unidades da federação realizado
mais de trinta fala, confere-me, no último mês do ano, uma obsequiosa abstinência
de viagens e falas.
A frustração de não ir a Belém tinha outros ingrediente. Seria uma das
raras situações em que a Gelsa e eu íamos como convidados a um mesmo evento e
assim sonhávamos realizar um passeio a Ilha de Marajó. Os queridos amigos Conceição
Cabral e José Carneiro já haviam desenhado um turístico fim de semana. As inviagens, também por isso, se fizeram
mais amargas.
Admirado mestre
ResponderExcluirobrigada pelo blog ..nunca deixo de ler
com carinho
Elzira
Obrigado, à minha mais fiel leitora.
ResponderExcluirVivemos fatos típicos de fim de ano? Parece que tragédias gostam destas datas...apenas senso comum. Há maior tragédia a que atinge nossa democracia?
ResponderExcluirSinto falta das blogadas diárias...