ANO
11 |
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em www.professorchassot.pro.br
Das disciplinas à
indisciplina
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EDIÇÃO
3232
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Mesmo que ainda tenhamos uma quinzena deste ‘annus
horribillis’* de 2016, cabe aqui, ao registrar ter
realizado ontem a minha última palestra do ano, realizar um panorâmico balanço.
Ontem, voltei ao Campus do Vale da UFRGS e em uma atividade promovida pelo
#ocupaexatas, fiz a minha 65ª palestra deste ano. Não vivi as emoções que
registrei aqui na blogada do dia 7. A derrota no Senado no dia anterior, quando
da aprovação da PEC da miséria influía em nossos ânimos. Mas mesmo assim, por cerca
de 2 horas se fez contemplações de A
Ciência é masculina? É, sim senhora!
Neste ano, minhas palestras envolveram 39 viagens, a
10 estados (destes estados amazônicos). O número de atividades foi ligeiramente
inferior ao ano passado. A participação em bancas (não incluídas no número de
palestras) foi significativa menor este ano.
E, então, por que dar a este ano onde além da
produção de um livro, capítulos de livros, artigos e mais de uma centena de
edições do blogue (sempre com mais de 12 mil visualizações mensais) a classificação de ‘annus horribilis’? De meus 56 anos de magistério
este foi o pior. Na sexta-feira, dia 12 de fevereiro (as aulas começariam na
segunda-feira) fui inexplicavelmente demitido do Centro Universitário Metodista
do IPA sem qualquer justificativa plausível. Ter perdido o estar em sala de
aula (mesmo que compensado parcialmente com saborosos contatos com professores
e alunos nas palestras) ainda não foi assimilado por mim. Lamento.
Também na dimensão cidadã este foi um ano ferreteado
por acontecimentos lúgubres. Estes culminaram, na noite de 31 de agosto, com a
consubstanciação do golpe com a defenestração da Presidenta da República, substituída
por um governo golpista. Há, assim, porque muitos de nós queremos ver este ano
terminar.
* Embora pareça que expressão ‘Ano horrível’ foi usada em 1891 para
descrever 1870, o ano em que a igreja
católica romana definiu o dogma da infalibilidade papal, ela foi trazida à
proeminência pela rainha Elizabeth II, em um discurso em 24 novembro 1992, marcando
o 40º aniversário de seu reinado, quando ela descreveu 1992 como um ‘annus
horribilis’ por ter havido um grave incêndio no Castelo de Windsor e uma série
de desenlaces matrimoniais na casa real: o príncipe Andrews, se separou da
duquesa de York; a princesa Anna, se divorcia do capitão Mark Phillips; a
princesa de Gales escreveu sua autobiografia Diana: sua verdadeira história onde foram reveladas as desditas
matrimoniais, particularmente, o romance entre o príncipe de Gales e Camilla
Parker-Bowles e, ainda foram publicadas
fotos escandalosas da duquesa de York.
Mestre! Realmente, podemos falar em annus horribillis para 2016. Ainda temos emoções pela frente nos próximos 15 dias, mestre, podes acreditar!
ResponderExcluirAbração,
Guto