ANO
10 |
EDIÇÃO
3138
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Fevereiro, já em sua
segunda metade, é no hemisfério Sul, o mês de volta às aulas. Este fevereiro
bissexto de 2016 não é diferente. Da educação infantil à pós-graduação há uma
azáfama de novo ano letivo, marcada por novos materiais. Não sei se o ‘caderno novo’ ainda é ícone deste
recomeçar. Mas, já foi...
Proponho nesta e nas
duas próximas blogadas (dias 21 e 24) fazer edições temáticas acerca do binômio
escritaDleitura. Espero ter a adesão de minhas leitoras e meus leitores.
Para adquirimos qualquer
conhecimento precisamos de artefatos culturais que são postos a nossa
disposição. Uma ferramenta pode ou não ser adequada para determinada ação. É
mais adequado (des)parafusar com uma chave de fenda do que com um martelo. Mas
uma chave de fenda não é a mais adequada ferramenta para cortar uma folha de
papel. Talvez, nessa situação nossa tarefa seja facilitada com uma tesoura.
Em nossa civilização um
dos recursos mais usado para aprendermos é a leitura. Quando um ancestral nosso
fez uma fabulosa descoberta: usar uma vara para apanhar um fruto mais alto em
uma árvore ou quando um bebê, na altura de seu primeiro aniversário, começa a
caminhar, um ou outro não leram um manual. Talvez, a observação, nas duas situações, tenha sido fundamental. Mas, na
primeira situação ‘um manual de instrução’ quando composto por um desenho
rupestre onde apareça uma árvore com frutos ao alto, e junto desta uma vara
sendo empunhada por um ser humano poderia ter servido para transmitir um saber.
Hoje temos a Escola como
um aparelho cultural para fazermos aprendizagens. Há já uma gama de
conhecimentos que foram aprendidos por nossa civilização, muitos dos quais
usando a observação. Vamos à Escola para produzir conhecimentos, mas para não
reinventar a roda (seria maravilhosos se estudantes, em uma aula de Ciências,
reinventassem a roda!) aprendemos conhecimentos que foram produzidos antes.
Para tal, não raro, lemos acerca de conhecimentos já descobertos.
Trago uma questão muito
em voga: Por que, ainda, produzir livros
(em suporte papel)? E respondo: para
ler a escrita de conhecimentos já produzidos e, para então, produzir novos saberes.
No próximo domingo, dia
21, voltamos ao assunto. Referência acerca de nossa história dos objetos para
escrever será assunto. Conto com companhia de cada uma e cada um.
Olá Professor, bom dia! Iniciei o meu 1° ano letivo como Professor de Química e logo me deparei com o desafio de trabalhar na EJA aqui em Manaus-AM. Tenho me dedicado a trabalha com os estudantes (e comigo mesmo através também de um blog) o binômio leitura-escrita e o seu texto reforça minhas concepções. Aguardo ansioso a próxima postagem. Abraço!
ResponderExcluirSalve, Mauro!
ExcluirAlegra-me que o "tríduo volta às aulas" possa contribuir para tua estreia em teu primeiro ano letivo.
A admiração e disponibilidade parceira de quem começa seu 56o ano letivo, enquanto professor.
A estima do
attico chassot
Ave Magister
ResponderExcluirA escola "perinde ac cadaver" ainda triunfa numa era em que se deveria reinventar rodas e redescobrir fogos a cada instante. Ciência normal leva à estagnação. Somente quem desrespeita as regras chega a algum lugar.
Abraços anarquistas rupestres
Assim como a leitura é fundamental, penso que a INTERPRETAÇÃO se coloca como o grande desafio como um segundo passo internamente ao processo de leitura. Poucos que são fluentes neste quesito. Faz-se necessário interpretar no sentido de se buscar esclarecimento, o que leva à emancipação dos sujeitos (Adorno). Quanto ao suporte papel: Nada o substituirá. Grande abraço, mestre.
ResponderExcluirOla mestre boa tarde, Eu prefiro ler livros impressos por me dar mais atenção na leitura e também gosto muito de ler livros virtuais e ler jornais porque muitas vezes um celular Smartphone ou notebook são fundamentais para a sociedade tô ate acostumada com a leitura digital entretanto eu prefiro impresso, me ajuda mais .
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