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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

06.- Uma história de como (se) fazer professor(es)



ANO
 14
AGENDA 2019
www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3417

Na primeira semana de agosto, participei na Unisinos, Câmpus Porto Alegre, do 17º Simpósio de Educação Química, organizado pela Associação Brasileira de Química. Fui distinguido com o convite para fazer a fala de abertura e me foi outorgado, pelo Coordenador Nacional de Educação da ABQ, Prof. Dr. Jorge Messeder, do IFRJ, Câmpus Nilópolis, o título de Presidente de Honra do 17º Simpequi. Então foi lançado o livro destacado a seguir, de autoria do Prof. Dr. Marcus Ribeiro, coordenador estadual de Educação da ABQ, que me distinguiu com o convite de escrever um prelúdio para integrar ao seu livro.
RIBEIRO, M. E. M. COMUNIDADES DE PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES a compreensão do interesse dos estudantes por aulas de Química. 1. ed. Joinville: Clube de editores, 2019. v. 1. 295p.
Sempre me acho distinguido quando sou convidado a escrever o prelúdio de um livro. A esta distinção se adita – permito-me lateralmente dizer que uso este verbo em duas acepções distintas: adicionar e tornar (alguém) feliz, ditoso – uma imensa responsabilidade: escreve-se por último aquilo que será lido por primeiro e mais devemos com a apresentação capturar o leitor. Logo, há a imensa responsabilidade de seduzir o leitor, através de um texto preambular. Vivo, assim, neste prefaciar ônus e bônus.
Agora, a generosidade acadêmica do Marcus – sim essa virtude não precisa ser exótica à academia – quis que eu fizesse a apresentação de livro que ele produziu no amealhar duas dimensões que já anunciei no título desta blogada: ele conta como se fez professor e depois descreve como ele faz professores. Nestas duas dimensões do COMUNIDADES DE PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: a compreensão do interesse dos estudantes por aulas de Química me espraio um pouco.
Acerca da primeira das dimensões o ‘fazer-se’ professor do Marcus vou faltar com a modéstia: há apenas um livro de minha autoria nas referências bibliográficas no livro em prefácio: Para que(m) é útil o ensino? A edição mais atualizada deste livro, que é extrato de minha tese de doutoramento, está no selo Educação Química da editora Unijui, que editou a terceira e quarta edições.
Um único texto meu, dentre mais de 200 títulos de livros e artigos que estão listados no meu banco de auto-bibliografias é referido no livro do Marcus, mais de uma dúzia de vezes configurando-se num dos suportes que o representante da Pesquisa do campus Novo Hamburgo junto ao Comitê Gestor de Pesquisa do IFSul credita para definir o seu fazer-se professor. Assim, não é sem razão que anunciei que na dimensão ‘fazer-se’ professor faltaria com a modéstia, pois realmente tive meu ego inflado.
Para uma conexão entre as duas dimensões: fazer-se professor e fazer professores ilustro com aquilo que está em alguns do subcapítulos do capítulo 4, onde o Marcus mostra como continua se fazendo professor: Capítulo 4 – O que aprendi nessa investigação: 4.1 Os encontros da Comunidade de Prática; 4.2 O que aprendi com os estudantes; 4.3 O que aprendi com professores participantes da Comunidade de Prática; 4.4 O conhecimento apropriado pelos professores com a participação na Comunidade de Prática
Agora algo acerca da segunda dimensão: o fazer professores. Ela está plasmada no título: COMUNIDADES DE PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: a compreensão do interesse dos estudantes por aulas de Química. As ‘Comunidades de práticas’ são mentefatos culturais que o Marcus apresenta e usa com muita competência.
Assim no subcapítulo 2.3, por mais de 20 páginas o Marcus nos revela as Comunidades de Prática aos leitores, mesmo que neófitos. Neste mesmo excerto conhecemos a estrutura de uma Comunidade de Prática e aprendemos como se portam os participantes do grupo periférico e como ocorre a aprendizagem por meio de uma Comunidade de Prática. Há subcapítulo — o 4.1 — que descreve os encontros de uma Comunidade de Prática para, quase como uma sobremesa, conhecermos como se dá a mediação em uma Comunidade de Prática. Na verdade a sobremesa mesmo está num anexo, de mais de 25 páginas que traz uma sumarenta ‘Síntese das reuniões da Comunidade de Prática’.
Ainda, uma última recomendação: vale apena conviver numa ‘Comunidade de Prática!’ experimente e verás.


Um comentário:

  1. Prof. Chassot, quanta honra em receber seu texto de prefácio e pela distinção aqui realizada. Um forte abraço.

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