ANO
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EDIÇÃO
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Chegou março. E no Brasil ele começa inserido no maior feriado não feriado, pois a terça-feira
de carnaval, legalmente não é feriado. Mesmo que neste janeiro e fevereiro já
tenhamos trabalhado bastante, há um senso comum tolo que diz que no Brasil, o ano começa de verdade na primeira
segunda-feira depois do carnaval (este ano dia11/03).
Há que convir que os dois meses já vividos no ano
já renderam muito e há algo que não podemos nos queixar do novo governo da República:
ele catalisa quase todos os dias um surto de piadas que divertem.
O bobo da corte é, mais uma vez, General Ministro
da Educação, que se diz professor. Ele mandou nesta segunda-feira (25/02) para
todas as escolas do País um e-mail pedindo que as crianças sejam perfiladas
para cantar o hino nacional e que o momento seja gravado em vídeo e enviado
para o governo. O e-mail pede ainda que seja lida para elas uma carta do
ministro Ricardo Vélez Rodríguez, que termina com o slogan da campanha de Jair
Bolsonaro: “Brasil acima de tudo. Deus
acima de todos.”
Será que os Generais-ministros não têm um soldado
ou cabo para assessorá-los a não fazer tantas babaquices? Talvez seriam menos
incompetentes.
Na quarta-feira, dia 27, a convite de meu ex-orientando
Jairo Brasil, falei no seminário inaugural aos professores da UNIPACS, em
Esteio. Dizia que estava inaugurando o meu 59º ano letivo e não começara, jamais,
um novo ano marcado pela desesperança. Até para vencer o desestímulo que grassa
entre os educadores desafiei-os a este ano estimularem a seus alunos a serem
curiosos. Fiz também uma recomendação: se preocuparem com a transmissão de menos
conteúdo.
Mas preciso fazer um registro muito significativo:
iniciei nesta semana a orientação da doutoranda Uiara Mendes Ferraz de Pinho, da
Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, professora do IFAC em
Xapuri, no Acre; a Uiara soma-se à Patrícia Rosinke, Professora da UFMT em Sinop,
MT como a minha 5ª doutoranda da REAMEC. Também iniciei a orientação a minhas
duas primeiras mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e
Matemática da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará Jhéssica Elayne
Gomes da Cruz Piano e Leilane Andressa Bicho de Oliveira.
Estes fazeres são um bálsamo em tempos que
desmandos nos tornam estéreis intelectualmente. Isto é salutar.
Mas esse novo governo não faz apenas a riqueza do
país da piada pronta. Há maculas que mais se prestam a prantos. Vale ler esta
desta semana, com ajuda do Ponto*:
“Era da Infâmia. O general Alfredo
Stroessner foi o ditador do Paraguai entre 1954 e 1989. Durante estes 35 anos,
na mais longa ditadura da América do Sul, são registrados 150 mil presos
políticos e três mil mortos. Corrupção, tráfico, contrabando, acolhida a
refugiados nazistas e até mesmo um infame "harém" de meninas para a
prática de pedofilia constam na lista de acusações contra o ditador. Muitas
meninas morreram, de acordo com as denúncias. Na última terça (27/02),
Bolsonaro e o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez estiveram juntos para a
nomeação de dirigentes na Usina de Itaipu, momento no qual o presidente
brasileiro fez elogios a Stroessner: "um homem com visão, um
estadista", prestando homenagem ao "nosso general", assim como
já expressou admiração por Ustra, Pinochet e outros facínoras. Bolsonaro se
elegeu prometendo uma "nova era" no Brasil. A cada semana que passa,
fica claro que a nova era é uma era infame. A mídia brasileira registrou e
criticou a fala de Bolsonaro, é verdade, mas num país bem resolvido com sua
própria ditadura essa ignomínia seria tratada como escândalo. Na verdade, neste
Brasil hipotético Bolsonaro não seria eleito”.
*Ponto é uma newsletter
semanal editada pelo jornalBrasil de Fato.
Para recebe-la escreva para o e-mail: newsletter@ponto.jor.br
Meu caro Chassot, mestre e amigo. Foi uma noite inesquecível, como já ocorreu em outras oportunidades em que tive o enorme prazer de estar contigo. Tua fala sempre é prenhe de inúmeros conhecimentos e de resgates da Ciência que bem sabes apresentar. Tenho a certeza de que meus colegas se encantaram com a tua didática e com os conselhos trazidos pela tua experiência. Tomara possamos conviver em outras oportunidades momentos como esse.
ResponderExcluirGrande abraço e um Março de alegria e felicidades.
Mesmo diante do cenário... quero desejar as boas vindas a Uiara!!! Colega reamequiana, ampliando os horizontes na nova jornada...
ResponderExcluirObrigada Patricia e ao mestre Chassot pelas boas vindas. Estou muito feliz em saber que poderei vivenciar tantas experiências durante esse período no doutorado, ainda mais com pessoas tão especiais como vocês.
ExcluirMeu bom amigo, Chassot! Adriana e eu temos conversado, muito! Passamos por aquele período de susto, como assombro, e nos debruçamos nas bestialidades da Gestão no Brasil. Por força dos resultados oficiais, devo dizer, da Gestão do Brasil. Importa é que o resultado é o mesmo: vergonhoso! Hoje, enquanto almoçávamos, refletíamos: o novo mapa familiar e outro, aquele de amigos, já estão em nosso cotidiano. As falsidades, mentiras, empurrões e retiradas (se não pegar, retira), também. E agora, sobra a vergonha pelas pessoas queridas que ainda defendem aquilo que ninguém merece. Ainda bem que não se trata de merecimento, porque se o fosse, forçoso seria acreditar em castigo, e como se diz em nossa região rural, "dos brabo"! Talvez não seja assunto para almoço, é bem verdade. Mas, é aí que entra o riso: depois de cada notícia contemplada, começamos a desenvolver a salutar experiência aristotélica: rir. Então, meu amigo, com um abraço risonho. vamos nos aproximar dos que são apoio, construindo um novo mapa de relações e vínculos. Desta Sorocaba chuvosa, aquele abraço de riso!
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