ANO
12 |
EDIÇÃO COMEMORATIVA 13º aniversário
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
3362
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No próximo dia 30
este blogue completa 13 anos. A primeira edição foi em 30/07/2005. Desde esta
data até 30/11/2009 o endereço era achassot.blog.uol.com.br isto é o Blog de
Attico Chassot era um UOL Blog. No dia 01/12/2009 a bandeira passou a ser o blogspot.
Destes 13 anos em
oito esse blogue foi diário. Hoje não consigo imaginar como conseguia fazer
blogadas diárias. Nos quatro anos seguintes houve no mínimo de duas a três
edições semanais. Mais recentemente as edições passaram ter periodicidade
semanais, coincidindo a edição com o final da tarde de sexta-feira ou no início
do Shabath.
As cerca de 3.360
edições poderiam ser pensadas em algo como 40 livros de cerca 250 páginas. Uma
produção assim disponibilizada para mais de uma centena de leitores diariamente
só é viável em suporte digitais.
Há um ano escrevia: Aniversários marcam a nossa completação — num período de 365,25
dias — de uma volta de nosso Planeta ao redor do Sol, são usualmente
festejados. Mas também são próprios para balanços e tomada de decisões. Festejamentos
não cabem. Os tempos temerosos são lutuosos. Vivamos o direito dado pelo impostor. Este breve excerto da edição do 12º aniversário pode
ser trazido aqui como um réquiem à Educação, à Cultura e, também, à Economia.
Os tempos temeroso
se agudizaram ainda mais. O golpe está ainda mais despudorado.
Neste 13º aniversário é o aniversariante que
deseja dar o presente. Mesmo que de uma maneira explicita não advogue, meus
blogares querem ser um estímulo à curiosidade e é a ela agora se tece loas.
Há um ano assisti
Amoz Os, escritor israelense nascido em 1939 na palestra “Meus livros, meu
país, minha política” com a qual encantou o auditório e que foi ovacionado ao
defender a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina,
mesmo que isso lhe granjeie o reconhecimento de ‘espião no seu próprio país’.
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O destaque que trago
nesta edição de aniversário é a adesão que vi expressa a algo que tem sido
chamamento em minhas falas. A exigência de sermos curiosos. Hoje, a curiosidade
se faz muito mais fácil em termos respostas a nossos interrogantes.
Amós Oz defende que
a curiosidade deveria ser considerada como uma
virtude moral. Assim como ela é a força propulsora de sua literatura –
fazendo com que se coloque sempre no lugar do outro e enxergando novas perspectivas
— ela faz com que o ser humano se torne melhor. “Eu acredito também na bênção
da curiosidade em tempos de conflitos políticos, religiosos, ideológicos e
pessoais. Não porque a curiosidade possa sarar tudo, mas porque a curiosidade,
não menos do que o humor, é um antídoto poderoso ao fanatismo”, destacou.
Colho esse excerto
imerso em evocações que alguns de nós ouvimos na infância e mesmo na
adolescência: “Menina, não seja curiosa!” ou “Menino, não seja curioso!”
O escritor e comentarista
deste blogue Élcio Mário Pinto, de Sorocaba, a propósito escreveu: “Aos que acreditam, cabe: ‘Senhor, não permita que
em mim, a curiosidade se finde. Não permite que o meu descanso seja a distância
do querer aprender, saber e descobrir. Não me deixe, tão sossegado e
apaziguado, que não mais me interesse por encontrar as razões, as causas e os
motivos do que acontece’. Aos que optam por outras vias de existência, cabe o
entendimento de que, sem curiosidade, estar não passa de ser sem razão de
existir. O que sobra de mim se perder a curiosidade ou se a tirarem de mim?
Se, pela tortura,
pelo engodo, pelas mentiras e por todas as maldades daqueles que querem me
convencer de que os bonzinhos são os que saqueiam nosso país ou pelas
informações, intencionalmente, escondidas, sem a curiosidade para entender o
que fazemos e o que fazem de nós pelo que fazemos ou deixamos de fazê-lo, não
importa. Importa é que sem a santa curiosidade dos crentes ou o desejo profundo
do entendimento, impedidos ou mortos, não há existência digna para a criatura
humana.
Por isso, sonho e defendo que em cada
querência, em cada casa e em cada canto, a curiosidade sobreviva e grite
liberdade, contra o golpe que, ainda, resiste. Maldito seja!
Sejamos curiosos e críticos à própria curiosidade. Pois parece que aquelas curiosisdades ovacionadas no mundo do entretenimento industrial, midiático e virtual, pouco ao quase nada contribuem para tornar a casa grande mais humana. Estou sendo radical? Talvez. É que penso que o "casamento" entre a curiosidade e a perspectiva da solidariedade na convivência humana e científica faz bem a todos. Grande abraço, mestre. Desejo comemorar muitos aniversários deste espaço de sapiência. Vanderlei
ResponderExcluirEstava eu a me deliciar com a postagem do nobre Chassot, homem das Letras, da Terra e da Pesquisa, quando me deparei com a citação de um escrito feito pelo desejo de compartilhar os sentimentos de inconformismo e curiosidade para melhor entender o que acontece em nosso Brasil. Ao contrário do cansaço que compartilhamos, o funesto Golpe - maldito seja! - não descansa, o que me fez pensar no filme "O advogado do diabo", quando o "dito-cujo" também não descansava. Seria só uma semelhança? Longe disso, é a mais pura identidade da intrínseca maldade alimentada por pessoas que sabem, com exatidão, o que fazer para enganar nossa gente. Se os líderes são conscientes, os ingênuos das panelas não o são. Obrigado, Áttico, caríssimo amigo, pela citação das palavras e dos sentimentos que compartilhamos. Somo-me ao Vanderlei, na comemoração de "(...) muitos aniversários deste espaço de sapiência." São mais do que palavras, são vivências verdadeiras traduzidas em letras que consigo levam o desejo sincero de espalhar sementes de esperança pela santíssima e boa CURIOSIDADE, afastando o fanatismo, a ignorância e até a ingenuidade, para que não manipulados, nossos irmãos e irmãs também saibam dizer NÃO! Abraços a todos que por aqui passam. É assim que somos mais fortes!!!
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