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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

15.- Mais um pouco de Lisboa.


ANO
 12
FÉRIAS 2018
Www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
3341



Esta é a quarta edição da série ‘férias em Lisboa 2018’ que circula na quinta-feira, dia 15 de fevereiro. Dos sete dias, que desde a sexta-feira, a Gelsa e eu fruímos na capital portuguesa, nesta edição conto da terça-feira, 13, e da quarta-feira, 14 de fevereiro.
Aqui não há carnaval. Somente funcionários de repartições públicas têm feriado beneficiados pela tolerância de ponto, equivalente ao ponto facultativo no Brasil, uma maneira quase hipócrita de (não)conceder feriado.
Existem listagem das 10, ou 20 ou 30 estações de metrô mais bonitas do mundo. Conheço poucas das elencadas em uma ou outra dessas listas. Lisboa tem uma de suas estações nas listas das 20. Fomos conhecê-la na terça-feira, mas antes de apresentá-la um preâmbulo, relacionado com as lindas estações do Metro de Moscou, que tivemos o privilégio de conhecer: são verdadeiros palácios, cada uma delas conta um pouco da história da Rússia, homenageando personalidades do país. Isso acontece porque o metrô foi um dos principais projetos arquitetônicos da URSS (o que explica a quantidade de símbolos comunistas e mosaicos com cenas do período soviético). A afirmação, que parece ser atribuída a Stalin: “Os ricos já tiveram palácios de mais, agora é vez de os trabalhadores tê-los” foi realizada.
Com estas evocações, na terça-feira fomos conhecer a chamativa estação das Olaias, de Lisboa, projetada pelo arquiteto Tomás Taveira, considerada na Europa como uma das melhores do continente (na foto)  Há que reconhecer que nos decepcionou entre outras que conhecemos,
Ainda na terça-feira, acolhemos a sugestão enviada pelo colega e amigo  Vinicius Catão, da Universidade Federal de Viçosa, leitor deste blogue, que nos recomendou o restaurante João do Grão como excelente local para saborear bacalhau assado na brasa, um dos mais típicos pratos da gastronomia portuguesa. A sugestão não poderia ser melhor. Valeu e ratificamos (merchandising free).
O dia de São Valentim — dia dos namorados no Hemisfério Norte — roubou a cena da Quarta-feira de Cinzas, da qual não ouvimos menção, foi sumarenta no nosso fazer turismo.
O destaque vai para a visitação de dois museus em Belém, próximo ao monumento aos descobridores.
#1 Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia MAAT, que celebra o 1º aniversário de
sua inauguração, vale visitar só pela beleza arrojada de seu prédio junto à imponente ponte 25 de Abril, sobre o Tejo. As fotos dão uma pálida ideia de sua arrojada arquiteetura.
No MAAT vimos duas exposições:
1.1: TENSÃO & CONFLITO. ARTE EM VÍDEO APÓS 2008.
Como indicado na apresentação da exibição, "nos últimos 10 anos, o vídeo revelou-se um recurso cada vez mais incontornável para a arte nos oferecer uma expressão única das tensões e inquietações que marcam a sociedade atual. A aptidão deste suporte para a criação e circulação de imagens, vozes e histórias tornaram-no uma ferramenta fundamental para os artistas contemporâneos analisarem os impactos socioeconómicos dos acontecimentos do quotidiano. Tensão & Conflito. Arte em vídeo após 2008 foca-se precisamente numa excecional seleção de representações artísticas que, com rara eloquência, recorreram ao vídeo para registar os impactos e as consequências da crise financeira global de 2008". Entre duas dezenas de artistas que tiveram seus projetos selecionados, nosso destaque é para a produção do vídeo do dinamarquês de Aalborg: Nikolaj Bendix Skyum Larsen.
O MAAT, em uma admirável síntese gélsica, é o protótipo do que serão os museus do século 21.
1.2 PERCEPÇÕES QUE ALTERAM A REALIDADE onde Bil Fontana, traz em tempo real, com sons e imagens, para dentro da Galeria Oval do MAAT, o que está acontecendo na Ponte 25 de Abril. É algo inenarrável aqui.
#2 Museu de Arte Popular de Lisboa oportunizou assistirmos Escher — a maior exposição do gênio holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972). Este gravador, artista, pintor, intelectual e matemático cujas obras marcaram e desafiam por décadas nossa cultura, mesmo que já há anos conhecêssemos suas maravilhosas, esta exposição uma revelação singular.
Depois destas estadas maravilhosas nos dois museus fizemos uma comemoração do Dia de São Valentim no Mercado do Campo de Ourique. 
Agora, quando aqui já é quinta-feira, convido meus leitores para uma edição no sábado, já em retorno ao Brasil.

2 comentários:

  1. A Arte ainda é um recurso que possibilita um olhar contra hegemônico da sociedade. Um refúgio para o real. A "Paraíso do Tuiuti" que o diga. Estação de Trem com dignidade para o trabalhador: significa uma esperança de justiça. Abraços.

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  2. Amigo Áttico! Qual foi o motivo da decepção?

    " (...) fomos conhecer a chamativa estação das Olaias, de Lisboa, projetada pelo arquiteto Tomás Taveira, considerada na Europa como uma das melhores do continente (na foto) Há que reconhecer que nos decepcionou entre outras que conhecemos (...)"

    Quanto à tua apresentação de "Percepções que alteram a realidade", não pude evitar em pensar como se pode alterar a percepção quando a realidade é, escancaradamente, denunciadora, abusiva, agressiva e mentirosa. Eis o que vivemos com o Vampiro Presidente, aquele, da Tuiuti. Creio que uma boa linha de resposta deva começar por este vocábulo: INTERESSES.

    Mais uma vez, grato pelo espaço de desabafo! Élcio.

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